Nem todo homem gosta da instituição do casamento. Nem todo homem é adepto do 'crescei e multiplicai'.

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Lobo solitário ou alcateia

Costa Dvorezky - Red Wall

Uma raridade achar um homem adepto da Androphilia (Jack Malebranche) aqui no Brasil. Os que conheço são pouquíssimos, e alguns são bem esquivos... devem ter razão de sobra para isso, afinal não somos uma terra de plena liberdade no quesito moralidade. De uns anos para cá é mais fácil um homem brasileiro andróphilo se tornar um homem programado (casamento e procriação) ou um adepto do gayismo, do que seguir corajosamente seu real caminho.
Jack Donovan escreveu que, para nossa segurança, não devemos viver só (lobo solitário) e que devemos procurar nossa gang (alcateia). Isto deve ser fácil nos EUA com plenas liberdades democráticas, não aqui no Brasil.
Muito raro encontrar um homem brasileiro que escreva coisas sobre homens que fujam do estereótipo e dos padrões morais e sociais impostos. Desde 2019 leio um blog de um cara, morador de área rural, que corretamente se mantem no anonimato e escreve muito bem. Que fique bem claro: ele não é adepto da Androphilia, é heterossexual e muito bem resolvido. Seguem algumas frases, transcritas de seu blog, que servem para todo homem libertário.


- “A solidão voluntária é um poder que poucos homens suportam, não é para qualquer um.”

- “A verdade deles não é a sua verdade. O que pensam sobre você não define quem você é.”

- “Nunca é tarde demais, nem você é tão velho para se tornar algo melhor.”

- “O que não te desafia, não te torna num homem.”

- “Antes eu me perguntava se eles gostavam de mim, hoje me pergunto se eu é quem gosto deles.”

- Há algumas coisas que você só consegue aprender dentro da tempestade.

- “O silêncio fala muito e não comete erros.”

- “Nós não herdamos essa terra dos nossos ancestrais. Nós pegamos emprestado dos nossos filhos. Devemos devolvê-la inteira.”

- “E é na sela que eu vou perder meus pensamentos e achar a minha alma.”

- “Eu acordei. Eu tenho uma casa acolhedora. Eu tenho água corrente. Eu tenho comida para encher minha barriga. Eu tenho roupas pra vestir. A vida é boa, eu sou um abençoado. Eu sou grato.”

- “Eu parei de lutar contra meus demônios internos. Agora estamos do mesmo lado.”

- “Se todo mundo gosta de você, você tem um sério problema.”

- “Eu fiz muitas mudanças em minha vida, e não me arrependo de nenhuma delas. Se você não ouviu mais falar de mim, provavelmente você é uma dessas mudanças.”

- “Seja o exemplo que você gostaria de ter tido.”

“A realidade é a base pra todos os grandes mitos da humanidade.”

“De vez em quando, é necessário isolar-se entre montanhas profundas e vales ocultos para restaurar seu vínculo com a fonte da vida. Expire e deixe-se voar até os confins do universo; inspire e traga o cosmos de volta para dentro.”

- “O termo lobo solitário é muito mal entendido por aí, pois vivemos em vitrines onde todos estão tentando ser legais, ou tentando ser suficientes e aceitos. Não é atoa que programadores e psicólogos são profissões promissoras. Autenticidade está em falta e eu prefiro ser um maldito lobo solitário, do que uma ovelhinha tentando se encaixar em um rebanho.”

- "As palavras podem ferir, podem curar ou podem te acordar. Cabe a você entender cada palavra dita, e absorver da melhor forma. Fugir da realidade resultará sempre em algo pior, mesmo que demore. Encare a realidade como ela é, e verá um mundo de possibilidades se abrindo diante dos seus olhos.”

- “Mantenha sua pólvora seca e seu cantil cheio. Esteja preparado para os momentos ruins e saiba aproveitar os bons. Valorize quem te valoriza e honre quem esteve e está ao seu lado quando você mais precisou. Mantenha seu corpo e sua mente treinados, esteja sempre pronto para aprender, estude. Acostume-se a caminhar sozinho se necessário, porém valorize quem caminha com você. Cultive sua fé, seja forte, evite olhar para trás com apego, mas valorize cada experiência de sua história. Procure se divertir durante a guerra e saboreie suas batalhas, por mais difíceis que sejam, elas estarão entre os tesouros mais valiosos de suas lembranças.”

- “Meu nome não é somente meu, ele é herdado de meus ancestrais, devo devolvê-lo em glória. Minha honra não é somente minha, ela é emprestada dos meus descendentes, devo entregá-la intacta. Nosso sangue não é somente nosso, ele é um presente para gerações ainda não nascidas. Devemos carregá-lo com responsabilidade.”

- “A vida consiste em uma série de escolhas em cada passo que você dá. Você escolhe quem quer ser, a aparência que quer ter, como caminhar, o que comer, e o tipo de pessoa quer se tornar. Eu vivi minha vida baseadas em uma escolha determinante: Quem eu quero ser? Com essa pergunta em mente, me livrei de pudores limitantes, me livrei de âncoras e, principalmente, fui me livrando de pessoas com o passar dos anos. Aos poucos (e ainda de maneira não terminada) fui e vou me tornando o homem que busco ser. A criatura que busco ser. Não, na minha vida não há mais lugar pra qualquer coisa que não me faz andar pra frente. Não há mais passos pra trás, não há mais meio termo. Ou é, ou deixa de ser. É simples. E isso vale pra qualquer coisa, sejam sonhos, vontades, desejos, bens materiais, pessoas. E quando você se desprende das amarras que você mesmo coloca em sua vida. Aí, meu amigo, nem as leis da física podem te fazer ficar parado no chão.”

Jack Vettriano - The Weight, 2010

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Não tentem nos classificar

Alexander Dudin - Soldier’s Bath

Classificar homens, como nós, é pura perda de tempo. Nossos adeptos possuem fortes opiniões e convicções pessoais diversas uns dos outros, mas todos se respeitam e são extremamente discretos.
Não somos procriadores (adeptos do crescei e multiplicai), mas homens que apreciam a companhia, a convivência, o respeito e o sexo entre homens.
Fazemos parte daquela tribo masculina que sobrevive desde a Antiguidade, a despeito das eternas regras morais castradoras que tentam nos impor e nos censurar. Não somos homens programados e domáveis, por isto muitos de nós se tornam lobos solitários por absoluta falta de opção. Temos orgulho de nossa masculinidade, e não concordamos em absoluto com a visão vitimista / enfraquecedora / efeminizante do movimento gay (ou gayismo) criado nos EUA.
Temos um livro guia que nos livrou das garras e da arapuca do gayismo. Esta reveladora obra de Jack Malebranche / Donovan nos tirou do limbo, reforçou nossa real identidade, foi responsável pela mudança de nossas atitudes e visões de vida:
Androphilia: A Manifesto. Rejecting the Gay Identity, Reclaiming Masculinity.
Jack Malebranche / Donovan.
Baltimore, Md: Scapegoat Publishing, 2006.

"Jack Malebranche é um homem que prefere a companhia e relações sexuais com outros homens, na medida em que compartilha um vínculo de longo prazo sexual e pessoal. No entanto, ele rejeita enfaticamente o rótulo de gay, porque na cultura atual o conceito de gay mistura-se aos conceitos de efeminização, abandono da masculinidade, irresponsabilidade, e de eterna falsa vítima.
"O movimento Gay nos diz que os homossexuais devem se unir para lutar contra o bullying nas escolas. Incentiva os jovens a sair do armário e entrar nos guetos dos grupos de apoio gay, onde eles poderão se tornar fluente em seus dogmas. O Movimento Gay insiste que os gays são vítimas de opressão heterossexual, e imagina que todo mundo está contra eles".
Malebranche prefere substituir a palavra androphilia por gay para descrever a si mesmo, pois é um defensor ardoroso dos aspectos positivos da virilidade e da cultura masculina.
‘Androphilia, a Manifesto’ não ataca ou critica aqueles homens (homossexuais ou heterossexuais), que querem imitar as qualidades do efeminado. O cerne da questão não é que os homens devam ser forçados a ser viril, mas sim que a maioria deles simplesmente são viris, e não devem ser pressionados pela cultura gay para desprezar ou rejeitar a sua masculinidade.
A sexualidade de um homem também não deve definir automaticamente: seus hobbies, sua política, seus interesses, quem pode ou não ser seus amigos.
Os leitores, independentemente do sexo ou de sua orientação sexual, podem concordar ou não com tudo que esta obra tem a dizer. Mas, Androphilia é inestimável pela sua mensagem de ser auto suficiente e fiel a si mesmo, pela sua discussão franca sobre se casamento gay (propondo parcerias domésticas, que são mais propensas a serem aceitas em oposição às medidas radicais). Livro altamente recomendado."

“A palavra gay nunca desvendou a homossexualidade. Gay é uma subcultura, uma ofensa, um conjunto de gestos, uma gíria, um olhar, uma postura, um desfile, uma bandeira do arco-íris, um gênero de filme, um gosto pela música, um penteado, um grupo de marketing, um adesivo, uma agenda política e ponto de vista filosófico. Gay é um personagem pré embalado, um estilo de vida superficial. Uma personalidade superficial, um estilo de vida. É uma identidade sexual que não tem quase nada a ver com sexualidade.
Androphilia é uma rejeição à sobrecarregada identidade gay. Um retorno a uma discussão sobre a homossexualidade nos termos do desejo: sexual cru, apolítico e a valorização da masculinidade sexualizada experimentada pelos homens. A sensibilidade gay é uma calúnia castradora, uma celebração ao juvenilismo, um estigma aplicado aos homens que se envolveram em atos homossexuais.
Gays e bichas radicais ao desafiar o ‘status quo’ e se apropriando do estigma de efeminação, estarão apenas em conformidade com as expectativas estabelecidas há muito tempo. Homens que amam homens foram paradoxalmente elencados como os inimigos da masculinidade e como escravos para o sonho de uma feminista, um ‘gênero neutro.’
Androphilia é um manifesto cheio de ideias verdadeiramente perigosas: a de que os homens podem ter sexo com homens, mantendo a sua masculinidade. Androphilia é para aqueles homens que realmente nunca compraram o que a comunidade gay estava vendendo. É um desafio deixar o mundo gay completamente para trás e voltar a participar do mundo dos homens, sem pedir desculpas. E o mais importante, como os homens."  Jack Donovan.

"Jack Malebranche utiliza o termo Androfilia para descrever a sua própria experiência sexual, em oposição a uma linha mais afeminada sobre o relacionamento homem/homem, sendo este termo criado pelo autor um sinônimo de ‘amor entre os homens’. Desta forma a livro teve críticas divididas e reações de opostos na comunidade gay e heterossexual. Para o autor o conceito gay deve ser rejeitado e a masculinidade deve ser aceite e encarada de igual modo - homem é homem, independentemente do seu parceiro sexual. Desta feita na sua obra é enfatizada a masculinidade, pelo que não é um livro de e para homossexuais, mas para machos, sendo referido que os homens que se sentem limitados pelo rótulo gay e pelo que ele acarreta devem procurar amizade com heterossexuais e explorar o seu modo de vida mais tradicional. A amizade entre homens é forte e desde terna idade e a androfilia não é mais do que acrescentar a componente sexual a esses laços - há quem o queira fazer ou não - tal como em outros casos há que respeitar a opção de cada um.
Na sua demanda contra o estereótipo o autor define androfilia como um ideal religioso, ou um idealismo, algo que é natural, separando claramente a questão homossexual da gay (efeminados que querem ser mulheres e comportam-se como tal). É também abordada a questão do casamento homossexual, sendo referido que as condições e ideais por detrás deste conceito não se enquadram nas relações entre homens.
No seu livro, Malebranche deu nome, estrutura e direção a um sentimento crescente entre os homossexuais e bissexuais homens, o homem deve comportar-se como tal e não é por gostar de outros homens que deixa de gostar de futebol... bem pelo contrário!
Uma visão diferente sobre a temática da homossexualidade, cunhada por alguém que tem também uma visão diferente do mundo."

Jack Donovan respondendo à uma pergunta de Brett McKay (The Art of Manliness):
"Eu acho que ter relacionamentos com outros homens é uma parte rica de nossas vidas que estamos perdendo. Homens se entendem de uma maneira, que homens e mulheres não conseguem. Por vários motivos, muitos caras que se tornam solitários acabam se relacionando com mulher. Ela passa a ser a pessoa mais importante de sua vida, seu melhor e único amigo. Assim, a masculinidade dele é definida por ela."


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Antiga união afetiva entre os piratas do Caribe: Matelotage

Pierre Loti (1850-1923) - Sailors

Peloponeso Laconia (peloponeso.laconia@gmail.com), um antigo e incansável colaborador nosso, foi quem deu a ideia desta postagem. Este intrigante assunto, muito censurado na história, estava na fila há muitos anos para ser analisado. Peloponeso, adepto das antigas alianças e tradições viris, forneceu as ferramentas corretas de pesquisa. 
Transcrevo pequeno texto, como aperitivo, desde assunto que tem rendido muitas pesquisas por parte de homens interessados no assunto.

Matelotage: o casamento do mesmo sexo entre os piratas.
“No século XVII os piratas formavam uma comunidade exclusivamente masculina; vivendo às margens da lei, longe das mulheres e famílias, sujeitos às intempéries, acidentes, doenças e morte violenta, eles desenvolveram suas próprias regras de sobrevivência. Uma das mais famosas foi o 'matelotage', uma união do mesmo sexo, que, particularmente na ilha de Tortuga, no Caribe, era bastante semelhante ao casamento. Na mesma época em que na Europa e suas colônias a homossexualidade era reprimida, hostilizada e estigmatizada sob o rótulo 'sodomia', na sociedade dos piratas (uma sociedade 'desviante' e 'fora da lei') a relação afetiva e sexual entre dois homens não causava escândalo e pareceu razoável. Como em uma cerimônia de casamento convencional, os homens envolvidos em matelotage trocavam alianças de ouro e juravam entre si que sua união seria eterna. A união era reconhecida pelos demais piratas e dava alguns direitos patrimoniais aos companheiros; em caso de morte de um deles o outro herdava seus bens (o que incluía o espólio de saques). Eles se comprometiam a dividir tudo, inclusive as propriedades. Sabe-se que esse rito de união não era forçado, e não raro era adotado por homens de mesma idade (diferentemente dos ritos da pederastia), e nem sempre implicava em coabitação sexual. John Swann e o Capitão Robert Culliford são exemplo de dois piratas que segundo os registros da época viveram juntos publicamente uma relação homoerótica; Swann era chamado de 'o consorte' (cônjuge ou companheiro) de Culliford. Eles se conheceram quando ficaram presos durante quatro anos em Mangalore, na Índia; após a fuga eles se refugiaram na ilha de Santa Maria, próxima de Madagascar, e foi lá que se uniram no rito de matelotage. Alguns matelotage eram monogâmicos, mas em outros os companheiros dividiam os amantes ou a esposa de um deles (a união dos piratas Louis Le Golif e Pulverin era deste tipo).” 
- Turley, Hans (1999). Rum, Sodomy, and the Lash: Piracy, Sexuality, and Masculine Identity.
- Transcrito da página do Facebook: 

Links diversos sobre Matelotage:

Matelotage

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Serafim de Sarov: monge taumaturgo precursor da ecologia


"Beba a água da nascente onde os cavalos bebem, o cavalo nunca beberá água ruim.
Coloque sua cama onde o gato dorme.
Coma a fruta que foi tocada por um verme.
Audaciosamente escolha o cogumelo em que os insetos pousam.
Plante a árvore onde a toupeira cava.
Construa sua casa onde a cobra se aquieta para aquecer.
Cave sua fonte onde os pássaros se escondem do calor.
Vá dormir e acorde ao mesmo tempo com os pássaros, você colherá grãos todos os dias.
Coma mais verde. Você terá pernas fortes e um coração resistente, como os seres da floresta.
Nade com frequência e você se sentirá na terra como um peixe na água.
Olhe para o céu o mais frequentemente possível e seus pensamentos se tornarão leves e claros.
Fique quieto, fale pouco. O silêncio virá em seu coração e seu espírito estará calmo e cheio de paz."
Serafim de Sarov.

Serafim, cujo nome era Prokhor Issidórovitch Mashnin, nasceu em Kursk-1759 e morreu em Sarov-1833 no Império Russo.
Foi um monge cristão e taumaturgo muito respeitado e venerado na Rússia. Em 1903 foi canonizado pela Igreja Ortodoxa Russa como São Serafim de Sarov. Suas relíquias estão conservadas no Convento Diveiévski - Sarov, Níjni Novgorod, Rússia.
Apesar de ser santo apenas na igreja russa, ele também é respeitado nas igrejas: ortodoxas, católicas orientais e romana (Vaticano).

                                                           Serafim de Sarov 1759-1833

sábado, 3 de outubro de 2020

Mais lenha na fogueira: A More Complete Beast - Becoming a Barbarian - A Sky Without Eagles


Jack Donovan já transcendeu muita coisa em sua vida. Foram etapas bem vividas e superadas; seu livro “Androphilia: A Manifesto. Rejecting the Gay Identity, Reclaiming Masculinity” é um exemplo disso. Ele tem mente aberta e pés bem fincados no século 21, bom preparo intelectual sem traços de exibicionismo e pedantismo acadêmicos. Possui um fino humor requintado, agradavelmente debochado e não irônico, tudo na medida certa: é um cara para poucos e raros. 
Seguem algumas frases pinçadas de 3 livros do autor, infelizmente não editados em português. Mais lenha na fogueira, meus senhores: artilharia pesada, não sobra para ninguém e nem para mim (fui atingido)!

Jack Donovan - A More Complete Beast, 2018:
- Existem homens que gastam seu tempo treinando seus músculos, como metáfora de sua masculinidade. Como acreditar que eles sejam capazes de intervir num cenário extremo, ou de serem heróis? Isto, em grande parte, é uma fantasia vendida a eles pelas indústrias de entretenimento. Homens que trabalham enfurnados num escritório, o tempo todo defronte a uma tela de computador, grudados num ‘smartphone’; aqueles que gastam seu tempo livre assistindo televisão ou jogando ‘vídeogames’; estes jamais lutarão contra homens que tenham experiências com violência. Eles não salvarão o mundo, suas namoradas e nem eles próprios.
- Atualmente a masculinidade não é mais necessária, ela é um martelo buscando um prego numa casa já construída. Mas a arte também não é mais necessária, assim como a música. Ninguém precisa de arte ou música para sobreviver. Boa comida não é mais necessária. Nenhum desses castelos, catedrais, pirâmides ou maravilhas do mundo, que os homens cruzam oceanos para conhecer, são mais necessários… estritamente falando. Os seres humanos podem sobreviver em prisões e barracos de papelão, comer mingau de pedra, enquanto executam tarefas repetitivas e sem sentido em silêncio e sem alegria.
- Quando alguém argumentar que a masculinidade não é mais necessária, este alguém quer dizer que a sua masculinidade o incomoda e que é uma ameaça em seu caminho. Então você conscientemente terá 2 caminhos a seguir: limitar o seu potencial másculo para dar alegria e satisfação a este alguém, ou se negar a isto. Caso ceda, você merecerá uma pequena vida de desonra e subserviência.
- A masculinidade deve ser incentivada e treinada com muito esforço. Isso também se aplica a qualquer potencialidade humana como aprender uma língua, tocar um instrumento, resolver equações matemáticas. Ninguém chama de farsante um dançarino, pintor, atleta ou cantor porque levaram anos de prática disciplinada num ambiente apropriado. Para se tornar o que eles são, eles desenvolveram plenamente seu potencial. Não se deve ignorar esses talentos.
- No passado, os homens que governaram o mundo encomendaram grandes obras de arte e estátuas públicas de bronze e mármore de honrados heróis de guerra, como exemplos da virtude masculina. Os guerreiros de hoje são apenas lembrados como vítimas da guerra. Assim são considerados simpáticos por uma sociedade em que a vitimização é a marca da pureza moral e a vitória é moralmente suspeita.
- Regras morais, normas sociais e tabus não são criadas por algum sábio ou por costumes. Elas são as respostas da frenética massa e suas queixas de discriminação, opressão e ofensa.
- Homens adultos, ousados, capazes e viris, frequentemente são aterrorizados por ridículas acusações de parcialidades ou impropriedades elencadas por: estudantes profissionais, vagabundos indignados, lésbicas / gays / transexuais bipolares e histéricos, obesos mórbidos. No espaço de alguns anos, a nobre moral foi trocada pela moralidade vil e ignóbil de grupos desequilibrados e estridentes.
- A maioria das pessoas medianas se permitirá em ser preguiçosa, especialmente se todos em seu redor assim for também. Irá defender seu direito de ser preguiçosa e repelir qualquer oportunidade de melhorar a si mesmo. No mundo como ele é, e não como desejamos, este tipo de gente é considerado normal.
- A feiura é a nova beleza. A fraqueza é a nova força. A sobrevivência emocional é a nova coragem. Mulheres são aplaudidas, não importa o que elas façam, e a masculinidade é denunciada de forma institucional. Adolescentes são tratados como se fossem sobrenaturalmente sábios. Pessoas mais experientes são ignoradas ou descartadas como se fossem lixo. Os heróis da história agora são os vilões e portanto glorificados.

Jack Donovan - Becoming a Barbarian, 2016:
- A masculinidade é trágica. A masculinidade é uma luta, ao longo da vida, contra a natureza de outros homens para demonstrar virilidade e provar a sua dignidade aos olhos de outros homens. A masculinidade é um desafio à honra que só termina com um desafio, onde a única garantia da vitória será a de que, eventualmente, até mesmo o melhor homem poderá perder.
- Há séculos, por questões de religião e honra nacional, os povos europeus deixaram de lado as suas semelhanças e lutaram entre si até a morte. O mesmo tem acontecido com os povos da Ásia, África e América Central.
- Dizer que você se preocupa mais com um grupo de pessoas do que com outro é um pecado moral no mundo moderno. É considerado bárbaro e não civilizado.
- Um menino se tornará um homem forte, competente, confiante em suas habilidades, se superar seus medos. Assim ganhará o respeito e admiração de outros machos.
- Todo menino nasce amaldiçoado, pois será julgado e comparado com os outros meninos. Logo perceberá que o caminho e o destino dos homens será o da concorrência e que uma luta poderá ser manipulada. A virilidade não é um destino, mas algo a ser defendido.
 - Apesar dos subterfúgios e do rolo compressor do Globalismo, Multiculturalismo e da Diversidade, a realidade é que nas próximas gerações qualquer Cultura Viva se dissolverá em um Patrimônio Cultural Inócuo. E quem não concordar será levado como prisioneiro, algo adequado ao ‘Império do Nada’.
- Ninguém respeita um homem que está sempre se desculpando e recuando. Ninguém respeita um homem que está sempre pedindo permissão. Ninguém respeita um homem que não se defende ou que não luta por seus próprios interesses. Ninguém quer torcer por um time que para de jogar para ganhar. A maioria das pessoas concorda que homens que não jogam para ganhar, merecem perder.
- Não há mais inimigos verdadeiros, apenas potenciais mentes e corações aflitos de pessoas pacíficas que estão sendo privadas de direito natural de usufruir: de sua decoração e conforto, do ‘fast food’, da pornografia de alta definição. Não há mais estátuas de heróis, pois os verdadeiros vilões são mais reconhecidos.
- Um velho provérbio grego diz: “Um povo desenvolvido sabe que as pessoas idosas que plantam árvores, talvez nunca se sentarão em suas sombras”. Se você não gosta do que está acontecendo ao seu redor, com a sua cultura, com homens e mulheres… então está na hora de agir.
- Homens de toda parte anseiam pelo colapso desta atual fase da civilização, que como inevitável consequência de sua concepção os desvalorizam e os castram. Fantasias apocalípticas são uma preocupação particular do sexo masculino. É senso comum que mais e mais homens estão se concentrando e se preparando em mudar o mundo, pois o atual não precisa e não quer que eles sejam fortes, corajosos e preparados.
- O homem individualista moderno é egoísta e egocêntrico. Geralmente fala somente daquilo que todos dizem, pois não tem repertório próprio. Opera dentro do conforto de sua alta estima e das normas sociais de seu núcleo. Ele não é confiável, é um parasita, deve ser evitado e desprezado.

Jack Donovan - A Sky Without Eagles, 2014:
- Os Estados burgueses do 1º mundo sem mais fronteiras para explorar, não podendo contar com os modernos homens efeminados, já não podem produzir novas culturas de honra.
- O código básico de honra para homens, a castidade para as mulheres, ainda são identificadas na cultura popular que tanto tem feito para apagar tais dogmas. Se você duvida disto, tente chamar um homem de covarde ou uma mulher de vagabunda.
- Se os homens não devem dizer às mulheres como elas devem se comportar, então que direito tem as mulheres de exigir que os homens devam atender aos seus interesses? Quem são elas para dizer aos homens quais são os conceitos de masculinidade? Por que os homens devem aceitar a sua autoridade? Que diabos as mulheres sabem sobre o significado de ser homem?
- Eu treino pela honra. Eu treino porque em algum lugar no meu DNA há uma memória de um mundo mais feroz, um mundo onde os homens poderiam tornar-se o que são e alcançar o melhor estado de suas naturezas. Eu não treino para impressionar a maioria dos homens modernos. Eu treino o suficiente e bastante para ser digno de meus antepassados bárbaros, e também para ser digno da companhia dos homens que compartilham isto. Eu treino porque imagino o desgosto e o desprezo que nossos antepassados teriam caso nos vissem se alinhando com os homens modernos das ruas. Eu treino para ter um embaraço a menos em minha memória e vida. Eu treino porque a maioria dos modernos homens desonra todos os outros que vieram antes deles. Eu treino como se nossos homens do passado estivessem nos assistindo e nos julgando. Eu treino porque é melhor imaginar-me como um soldado em treinamento, num exército espiritual de uma guerra que pode nunca vir, do que ser negligente e dar de ombros para um futuro distópico.
- Antes de nossa ‘Era da Presunção’, o mundo inteiro se mantinha vivo de outra maneira. A tarefa do homem era desafiar e dominar o mundo, ousar e lutar contra sua fúria indomável.


Becoming A Barbarian - A Sky Without Eagles - A More Complete Beast

sábado, 1 de agosto de 2020

Nem todo homem gosta de 'brincar de casinha' e nem é adepto do 'crescei e multiplicai'


Anatoly Treskin (1905-1986) - Bathing the Horses, 1940

Homens infelizes são maioria no Brasil. Desgostosos e abreviando suas vidas, eles descontam as mágoas de suas patéticas vidas no exagero da comida e da bebida. É comum tornarem-se violentos e desequilibrados, descontando covardemente sua raiva em mulheres / crianças / adolescentes indefesos.
Homens a partir da fase adulta, caso não tenham ainda se 'encaminhado na vida' conforme os padrões impostos pelo mundo laico e religioso brasileiro, são cercados pelos amigos / colegas / família para que namorem / noivem / casem / procriem. Coitados dos caras que infringirem tais normas: além de serem tachados de “gays”, dificilmente se desenvolverão em suas profissões e raramente serão aceitos em seu meio social / profissional. Em pleno século 21, grande parte de empresas brasileiras (públicas ou privadas) não confia muito em homens que não possuam famílias constituídas e estruturadas. Talvez, casados com filhos, seja mais fácil domá-los já que em princípio são provedores de seus núcleos domésticos e dependentes vitais dos seus empregos.
Muitos homens, sem escolhas, acabam destruindo suas vidas já que o “mainstream” não entende algo básico:

“Nem todo homem é adepto do 'crescei e multiplicai', assim como nem todo homem gosta d 'brincar de casinha'.”
“Alguns homens gostam de viver somente com homens, e outros gostam de viver entre homens.”

Não é nada fácil romper esta norma imposta. Mas vale a pena seguir seus instintos e os caminhos reais de sua vida com saúde e equilíbrio!

1912 - Die Jugend (1896-1940) - revista de arte da vanguarda alemã

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Frases para Homens Libertários


Emile Dupuis  (1877-1956)

“Os espartanos não perguntam quantos são os inimigos, mas onde eles estão.” 
Plutarco, provérbios dos espartanos.

"A monarquia degenera em tirania, a aristocracia em oligarquia, a democracia em anarquia e esta causa a volta da monarquia."
"Um homem que deseja ser bom, sempre bom, se perderá em meio a tantos homens que não o são."
Nicolau Maquiavel (Florença, 1469-1527).

“O sábio deve afastar-de dos desejos impetuosos, cheios de violência e angústia; evitar as paixões eróticas ou políticas, que serão fontes de dor.”
Epicuro (Samos, 341 aC - Atenas, 271 aC).

“É preferível fazer uma algo maçante com estilo, do que fazer algo perigoso sem ele. Fazer algo perigoso com estilo é o que eu chamo de arte.”
Charles Bukowski (1920-94).

"Um homem que vive plenamente está preparado para morre em qualquer idade".
Mark Twin (1835-1910).

"Quanto menos alguém entende, mais quer discordar."
Galileu Galilei (1564-1642).

"Não gosto da direita porque ela é de direita, e não gosto da esquerda porque ela é de direita."
Millôr Fernandes (1923-2012).

“O patriota se orgulha de seu país pelo que faz. O nacionalista se orgulha de seu país, não importa o que faça. A primeira atitude cria um sentimento de responsabilidade, mas a segunda cria um sentimento de arrogância cega que leva à guerra.”
Sydney J. Harris (1917-1986).

"As formas de guerra mudaram. Há uma guerra em curso e estamos enfiados nela até o pescoço, como quando eu era criança e vivia meus dias sob bombardeios."
Umberto Eco (1932-2016) - jornal O Estado de São Paulo (2015).

“Idade Média, ano de 1204: Não é necessário ter estado num lugar para saber tudo a seu respeito, senão os marinheiros seriam mais sábios que os teólogos.”
Umberto Eco (1932-2016) - livro Baudolino (2001).

“Tenho a teoria de que devemos perseguir o ‘politicamente saudável’, que tenha humor e irreverência, sem grosserias. O ‘politicamente incorreto’ de antes podia ser engraçado, mas soava preconceituoso e mal-educado. O ‘politicamente correto’ é normalmente bem-educado, mas quase sempre chato.”
Washington Olivetto (publicitário brasileiro) - revista Veja (2018).

“Gayismo + Juvenilismo + Hiperconsumismo = Enfraquecimento do homem que faz sexo com homem.
Sequelas = Efeminização + Androgenia + Chiliques + Dependência de Drogas.”
Fraterno Viril  - fraternoviril.blogspot.com

quarta-feira, 1 de abril de 2020

Celebração da Desinformação



– Determinados homens passaram, arbitrariamente, a classificar pessoas que fogem de sua mais elementar e tosca compreensão... algo pouco masculino e próximo da fofoca e da intriga. Eles fazem parte desta massa vulgar / desinformada / mau-caráter que invadiu nossos meios de comunicação. Diz um velho ditado: “Não confiem em homens que revelam segredos de outros”.
E o que pensariam determinados leitores do livro ‘O Código dos Homens’ / ‘The Way of Men’, se conhecessem a vida e a obra completa do autor Jack Donovan (JD)? Acredito que não tenham a mínima noção de quem ele seja, pois curiosamente este livro tem sido indicado em links voltados a homens: extremistas / neonazistas / religiosos cristãos fundamentalistas / ignorantes.
Num difícil momento de minha vida, JD foi fundamental e terapêutico graças à sua pioneira obra: ‘Androphilia, a Manifesto: rejecting the gay identity, reclaiming masculinity’ (Jack Malebranche - Scapegoat Publishing, 2007).
Malebranche foi o pseudônimo inicial de Jack, que depois assumiu o sobrenome Donovan. ‘Androphilia’ não é mais editado, pois JD resolveu que já havia transcendido esta fase de sexualidade masculina. Um exemplar antigo deste livro vale uma fortuna na web e virou item de colecionador. Imagino como esta pioneira obra chocaria seus recentes / heterogêneos / caretas leitores do “O Código...”. E me pergunto: quando estes desavisados leitores acordarão para a realidade?
JD é um atual estudioso do paganismo nórdico e germânico. No passado, como Malebranche, ele foi satanista e teve a titulação de ‘Reverendo da Igreja de Satanás - EUA’. Recomendo a leitura da saborosa e bem humorada entrevista que JM deu à uma publicação satanista de Portugal, em 2008: 
Em 2009, de forma muito educada e cordial (sua natureza), ele renunciou à esta seita conforme carta dirigida publicamente: 

Jack Donovan é um homem que: combate o 'gayismo' de forma cortês, celebra e propõe a união e o fortalecimento dos homens e entre homens. Ele é um cavalheiro da velha estirpe que, cordialmente e calmamente, responde a todos os seus críticos que não é nacionalista branco, neo nazista, antidemocrático... que não persegue ninguém, etc... mas de nada adianta!
Ele é profundamente odiado / perseguido / criticado por determinados grupos, que se acham progressistas e vanguardistas (mas não são):
- fundamentalistas gays, desequilibrados e grosseiros, que só faltam queimá-lo em praça pública como num Auto de Fé Ibérico (Santa Inquisição).
- extremistas de esquerda, que se proclamam: defensores e proprietários do movimento LGBT+ e outras ditas 'minorias'.
- feministas ciclotímicas / bipolares.
- extremistas de direita, reféns de dogmas morais / religiosos ultrapassados e desrespeitosos.
- Infelizmente estes críticos imbecis / lobotomizados não leram e não tem capacidade de compreender a brilhante defesa de JD, ao comentar suas reais posturas e convicções:
- Eu e muitos homens sabemos que JD não é um homem fácil para os parâmetros burgueses, como a equivocada classe média o classifica: de direita / esquerda / centro / anarquista / apolítico / ateu / satanista / gay ou não. Entendam: ele não é um homem conservador no sentido tradicional da palavra, mas sim um revolucionário libertário.
- ‘Androphilia’ é uma obra definitiva e atemporal. 
- ‘O Código dos Homens’ é um legado exclusivamente masculino para o século 21. Um guia de sobrevivência, uma alegoria / licença poética que deve ser adequada a cultura de cada um.
- O novo site de Jack Donovan está bem mais discreto com artigos interessantes e diversificados.
Masculine Philosophy:  https://www.jack-donovan.com/sowilo/
- A propósito: "sowilo" é a runa das conquistas e de boas promessas (cultura nórdica pagã).

Androphilia - Jack Malebranche

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Gilgamesh e Enkidu: parceiros inseparáveis na Mesopotâmia


Enkidu e Gilgamesh

A “Epopéia de Gilgamesh” chegou até nós graças às descobertas dos competentes arqueólogos europeus do século XIX. Considerada a mais antiga obra literária documentada, ela foi  escrita pelos sumérios em caracteres cuneiformes - tabuletas de argila (2º milênio aC). A civilização da Suméria (4500 aC - 1900 aC) foi a mais antiga da Mesopotâmia. 
Gilgamesh, opressor e arrogante, foi um lendário rei de Uruk - Mesopotâmia. Mas, surgiu o mítico Enkidu para enfrentá-lo e acabar com seu despotismo. Após violento embate físico entre os dois - ambos muito fortes - quis o destino que eles se tornassem inseparáveis. Foram amigos íntimos, de vida e de aventuras, até a trágica morte de Enkidu que deixou Gilgamesh desolado e sem eixo. Saga parecida com a de Alexandre Magno e seu parceiro Heféstion, morto precocemente. 
Relações de camaradagem íntima e viril eram comuns entre guerreiros da Antiguidade até os soldados das 1ª e 2ª Guerras Mundiais / Coréia / Vietnam, sem o atual moralismo e a conotação de: gayismo / enfraquecimento viril / feminização do homem. O grau de intimidade entre eles dizia respeito somente aos próprios e a ninguém mais... o resto é especulação e intriga.

Recomendo a postagem "Tolkien e sua fraternidade masculina":  

domingo, 1 de dezembro de 2019

Postura e Convicções de Jack Donovan


A tet a tet, 1977 - Boris Alexandrovich Talberg, 1930-84

Jack Donovan (JD) é um educado cavalheiro da boa e velha estirpe masculina. Deixa um vasto trabalho como legado, um guia de sobrevivência de uso exclusivo aos Homens, que deve ser adequado à cultura de cada um. Devemos ignorar as críticas contra JD vinda de gente:
- grosseira e completamente alheia ao universo viril, que se mete onde não é chamada;
- que obviamente nunca leu a extensa obra do autor. E que, de forma cínica e sem pudor, plagia críticas norte-americanas na web... que vergonha!

JD escreveu, recentemente, uma definitiva defesa sobre sua postura de vida e convicções políticas. Não haveria necessidade disto, mas a interpretação de textos anda em declínio... e a oligofrenia da população (fenômeno mundial) está em alta:
“Eu acredito que homens e mulheres sejam diferentes. Meu trabalho é unicamente sobre Homens e me orgulho de ter ajudado milhares (se não dezenas de milhares) deles em todo o mundo e a melhorar suas vidas. Se algumas mulheres consideram meu trabalho valioso, isso é bom. 
Eu não pertenço a nenhum partido político, geralmente não sigo noticiários e tento evitar comentar sobre o que todos dizem. Atualmente não sou membro de nenhuma organização, exceto a 'American Automobile Association'.
Acredito em liberdade, liberdade de expressão, direito de portar armas, livre associação e autodeterminação. Estes costumavam ser os valores liberais e são absolutamente norte-americanos. Acredito que a preservação, original e integral, da Declaração dos Direitos é algo que a maioria do povo norte-americano deva e possa proteger.

Thw Wolves of Vinland
Eu estive associado à organização pagã folclórica da Virgínia, conhecida como Os Lobos de Vinland, durante os anos de 2014-18 e me demiti no final de 2018.
Eu considerava os Lobos uma organização privada tribal e religiosa. As ideologias políticas e filosóficas de seus membros individuais pareciam variar bastante quando eu era membro. Não tenho mais contato com os Lobos e não posso comentar suas visões coletivas atualmente, porque simplesmente as desconheço. Apoio a capacidade dos grupos de se formar livremente e experimentar todos os tipos de religiões e estilos de organização. Embora eu não me considere mais um defensor desse grupo especificamente, quero viver em um mundo onde eles tenham o direito de existir e fazer suas próprias coisas. Eu aprendi muito com os Lobos. Não me arrependo de ter me juntado aos Lobos de Vinland, mas também estou muito feliz por ter saído.

Operation Werewolf - OPWW
Operação Werewolf é uma empresa / movimento criado por Paul Waggener e sempre foi de sua propriedade e operado por ele. Ajudei-o a promover sua empresa ocasionalmente quando éramos amigos, mas nunca fui um participante ativo.
Muitos membros do OPWW também são leitores do meu trabalho, e alguns deles são ótimos profissionais que têm uma ampla variedade de visualizações. Como eu, a maioria deles gosta de levantar pesos, ouvir black metal, dar socos um no outro e fazer rituais pagãos na floresta - e isso tudo me deixa satisfeito.
O fato de alguns autores me terem identificado como o líder do OPWW (e às vezes do The Wolves, que nunca foi verdade) mostra o quão desleixada são suas pesquisas. Se eles erraram, você provavelmente deve se perguntar o que mais eles erraram e também questionar a competência e a integridade deles. Eu acho que você reconhecerá, na maioria dos casos, que são ativistas políticos radicais que dirão qualquer coisa que sirva à sua agenda - não os 'buscadores da verdade' ou 'cidadãos preocupados' que pretendem ser.

White Nationalism & The Alternative Right - Nacionalismo Branco e a Direita Alternativa
Às vezes sou chamado de nacionalista branco e isso é calúnia. Nunca me considerei um nacionalista branco e nunca afirmei publicamente ser um. Sempre acreditei na importância da liberdade de expressão e da livre troca de idéias - especialmente idéias impopulares. Se você não consegue lidar com a ideia de que em algum lugar, alguém tem uma idéia com a qual você não concorda - e você quer silenciá-la ou controlá-la - você é um pequeno tirano e, na minha opinião, um ser humano terrível.
Comecei a escrever sobre masculinidade para o alternativeright.com em 2011, quando recebeu vários dissidentes políticos e ideológicos que ocupavam uma ampla gama de posições tabus, reunidos na tradição de Henry Louis Mencken. Nesse momento, o que se tornou o 'Alt-Right' não era explicitamente nacionalista branco. Com o tempo isso mudou e após o incidente de Charlottesville (durante o qual eu estava em um show de rock no Oregon), eu cortei todos os laços com aqueles ativistas naquele movimento e revoguei a permissão que eu havia dado a eles para republicar meu trabalho. Eu sempre disse e escrevi que a 'supremacia branca' era estúpida e sempre acreditei que o nacionalismo branco não faz absolutamente nenhum sentido na América. Não escrevo e não escrevi material que deprecie outras raças. De fato, dadas minhas experiências diretas com os nacionalistas brancos, eu prefero ter uma conversa real com um homem negro que tenha senso de humor do que ouvir mais um nerd pastoso divagar sobre 'os judeus'. Embora nem todos os nacionalistas brancos estejam errados em relação a tudo, esse movimento é um beco sem saída (e também um esquadrão de tiro circular), e eu incentivo ativamente os jovens que querem se envolver com o nacionalismo branco a fazer algo produtivo com suas vidas. Eu lidei com muitos ativistas gays zangados e muitos ativistas nacionalistas brancos zangados em minha vida, e eles têm mais em comum do que pensam. Ambos querem se orgulhar de coisas que não são realizações legítimas.

Androphilia
Em 2007 eu escrevi um livro intitulado 'Androphilia: A Manifesto. Rejecting the Gay Identity, Reclaiming Masculinity'. A idéia principal por trás do livro era que a sexualidade não deveria definir um homem, e que experimentar alguma atração homossexual não significa que você deva optar por se comportar de maneira efeminada. A sexualidade é um eixo pobre para a identidade primária. Homens são homens independentemente de sua sexualidade, e acredito que eles devem se esforçar para conquistar o respeito e a honra de outros homens. Tirei 'Androphilia' do catálogo em 2017, porque segui meu próprio conselho e transcendi essa identidade e essa sexualidade. Prefiro ser definido por minhas próprias realizações e ser conhecido por meu compromisso em ajudar os homens a enfrentar os desafios de viver uma vida masculina no século XXI. Não promovo ou desencorajo a homossexualidade. Encorajo homens estáveis e talentosos que querem que seus filhos encontrem uma mulher e iniciem suas famílias. Neste momento estou convencido que, provavelmente, este seja o melhor caminho para a maioria dos homens. 
Já o meu caminho sempre foi diferente, e provavelmente viverei o resto dos meus anos como um 'classical Roman playboy' neste cosmopolita Império do Nada.

Jack Donovan

Androphilia: Jack Donovan e Jack Malebranche

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Ninguém nos tolera


Hells Angels kissing - San Francisco, California - 1964

Não se iludam, meus caros: pessoas ditas normais / heterossexuais, e até os adeptos do “gayismo”, não nos toleram. Somos caçoados o tempo todo, de forma velada ou explícita, neste patético país chamado Brasil.
Observem que de uns tempos para cá virou moda ter homens homossexuais como amigos ou convidados em reuniões sociais... se for uma dupla devidamente casada, melhor ainda. Isto, claro, em determinados círculos de pessoas "politicamente corretas" ou "sedentas por holofotes". Acho que tais pessoas sentem o mesmo prazer que “socialites”, de pequenas e grandes cidades brasileiras, tem quando participam de “festas de caridade” com o intuito de saírem em colunas sociais da mídia local.
E, tradicionalmente, eventos fúteis sem a presença dos exóticos / alegres / animados gays estão fadadas ao fracasso. Depois são expostos na mídia como troféus de satisfação burguesa. Quando tais gays não correspondem à esta imagem, frustram anfitriões e convidados.
Nunca se prestem a este papel. Não sou rancoroso e nem tolo, apenas conheço o mundo em que vivo. Por isto, eu caí fora destas arapucas sociais há muito tempo... e não me arrependo um dia sequer!

sábado, 3 de agosto de 2019

Gay Sunshine: pioneiro jornal dos EUA



Fui leitor do extinto pasquim “Lampião da Esquina”, onde havia indicação do livro “Sexualidade & Criação Literária: As Entrevistas do Gay Sunshine” - Winston Leyland - Editora Civilização Brasileira, 1980. Comprei-o de imediato e foi um deslumbramento entrar em contato com a seleção de entrevistas do tabloide gay de San Francisco-CA, selecionadas por Leyland. Prosas saborosas, ricas em detalhes de caras que fizeram a história cultural do século XX. Corram para os sebos virtuais / físicos e encomendem, restam pouquíssimos exemplares no Brasil já que nunca mais foi editado. São 6 entrevistados, completamente diferentes uns dos outros, que viveram intensamente todo o século passado... e assuntos ainda desconhecidos não faltam:

- Roger Peyrefitte(1907-2000): a maioria de vocês não chegou a conhecer tipos como ele, que abundavam em tempos de vacas gordas do século XX. Aristocráticos, pedantes, de famílias ricas tradicionais (falidas ou não), conservadores e reacionários até à medula. Topei e convivi com alguns deles aqui no Brasil e alhures.

- William Burroughs (1914-97): intelectual louco e brilhante, beatnik ou não, vida desregrada e sem limites. Algumas previsões suas se confirmaram no século 21, outras caducaram.

- Allen Ginsberg (1926-97): o mais famoso e midiático beatnik, com vasta obra e vida intensa, conheceu e conviveu com as pessoas mais interessantes possíveis.

- Christopher Isherwood (1904-86): educado e discreto, teve uma vida pródiga vivendo na Berlim pré nazista. Uma de suas obras deu origem ao filme Cabaret (Bob Fosse - 1974).

- John Rechy (1931-): além de grande escritor, teve uma vida inacreditável no underground como michê e bodybuilder (halterofilista / fisiculturista) pré academias musculação (100% masculinas).

- Gore Vidal (1925-2012): um visionário que 'pintou e bordou', arquivista do século passado. Suas 'profecias' continuam se concretizando.

- Tennessee Williams (1911-83): grande dramaturgo, vida intensa, mas um tanto quanto careta.

Winston Leyland + Gay Sunshine

sábado, 1 de junho de 2019

Doc Savage: super herói e sua Fraternidade


Capas das antigas revistas Doc Savage

Os anos 1930/40, período entre guerras, foram pródigos em revistas “pulp fiction” e filmes “noir” de extrema qualidade. Estas publicações foram sementes dos super-heróis, que proliferam na indústria de entretenimento até hoje. 
Lester Dent (1904-59), com seu pseudônimo Kenneth Robeson, criou o herói “Doc Savage” que se tornou grande sucesso em revistas e programas de rádio nos EUA. Doc era aventureiro e explorador / músico / homem da ciência (médico, inventor, pesquisador). Desde criança foi treinado pelo pai e equipe de cientistas para ser um homem forte / resistente / lutador / mestre em disfarces / com alto conhecimento científico para combater o mal. Sempre preservou a vida humana, mesmo a dos bandidos.
Todo seu dinheiro veio de grande herança familiar. Doc tinha uma Fortaleza da Solidão no Ártico para seus retiros, mas seu escritório ficava no 86º andar de um arranha-céu novaiorquino com elevador privado. Contava com frota de aviões / caminhões / carros / barcos guardados num hangar / armazém no Rio Hudson. 
Seus vários equipamentos tornaram-se realidade posteriormente: asas voadoras, secretárias eletrônicas, televisão, óculos de visão noturna, armas eletromagnéticas e automáticas.
Doc contava com a preciosa ajuda dos “5 Fabulosos”, seus talentosos auxiliares de alta confiança, absolutamente loucos e destemidos, que formavam uma Fraternidade: 1- Tenente-coronel Andrew Blodgett 'Monk' Mayfair, químico industrial. 2- General-brigadeiro Theodore Marley 'Ham' Brooks, talentoso advogado. 3- Coronel John 'Renny' Renwick, engenheiro civil e construtor. 4- Major Thomas J. 'Long Tom' Roberts, engenheiro eletrônico. 5- William Harper 'Johnny' Littlejohn, arqueólogo e geólogo. 
Nas décadas seguintes, pós II guerra mundial, novas edições foram feitas com outra estética e sem o brilhantismo gráfico de outrora. Filmes tentaram resgatar “Doc Savage”, mas foram um fracasso total graças à péssima produção não condizente com a elegância original do autor. Desconheço se foram lançadas revistas com suas aventuras no idioma português, seja no Brasil ou em Portugal.

5 Fabulosos - Doc Savage


quarta-feira, 3 de abril de 2019

Alexander von Humboldt: 1º ambientalista mundial e um adepto das Tradições Viris


Alexander von Humboldt - pintura de Friedrich Georg Weitsch, 1806

Nascido em Berlim, Alexander von Humboldt (1769-1859) foi um grande cientista (botânico, geógrafo, etnógrafo, antropólogo, físico, geólogo, mineralogista, vulcanólogo). Um homem homossexual livre, explorador, aventureiro e diplomata. Dono de sua própria vida e carreira, é considerado o 1º ambientalista mundial graças às suas pesquisas nos continentes europeu / asiático / americano. Legou à humanidade uma gigantesca e respeitada obra científica utilizada até hoje pela Comunidade Científica Mundial.

Fontes:

3. La Historia del gran pensador Alexander con Humboldt:
https://www.elpensante.com/la-historia-del-gran-pensador-alexander-con-humboldt/

Alexander von Humboldt e Aimé Bonpland no Orinoco - pintura de Eduard Ender

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Obscurantismo, retrocesso ou nada mudou?


Folsom State Prison - California, USA - 1978

Folsom State Prison (1880) é a 2ª prisão mais antiga da Califórnia, uma das 1ªs de segurança máxima dos EUA e a 1ª a ter energia elétrica no mundo. Esta foto de 1978 poderia ser deste ano de 2019. São prisioneiros tatuados malhando, um indicador que a estética masculina norte-americana (moda / culto ao corpo / costumes) das décadas de 1960/70 continua atemporal. Quanto à sobrevivência / às instalações / ao dia a dia dos prisioneiros, imagino que devam ser infinitamente menos cruel que em presídios brasileiros.
O seriado OZ (HBO - 1997/2003) se passava numa prisão norte-americana; um barril de pólvora com gangues de todas as etnias e facções imagináveis: nu frontal / sexo / violência / drogas foram mostrados sem cerimônia. Na época chegou a passar nas madrugadas pelo canal SBT; homens de todo jeito assistiam este seriado com uma excitação incontrolável. Hoje esta exibição em canal aberto seria inviável com o obscurantismo e falso moralismo reinantes neste Brasil. Fim de ciclo!

Rapaze prostitutos do Paresis Hall vestidos como comerciantes - New York City, 1880-90

Paresis Hall - Columbia Hall - NY.
O Columbia Hall, comumente conhecido como Paresis Hall, era um bordel / bar gay na cidade de Nova York na década de 1890. Localizado no Bowery perto de Cooper Union, o Hall foi gerido por James T. Ellison, e tomou o seu apelido de um termo usado para insanidade sifilítica. O prédio continha um bar no térreo, com dois andares de quartos acima que eram alugados. Um foi mantido permanentemente pelo Cercle Hermaphroditos, uma organização para transgêneros precoces, que lá guardavam roupas devido à ilegalidade e à hostilidade pública de se vestirem com roupas femininas. Paresis Hall era muito renomado e igualmente insultado na época; era alvo tanto de batidas policiais quanto de protestos religiosos. Apesar disso, evidências sugerem que ele esteve ativo até pelo menos 1899. Fonte: Wikipedia.

In the realm of the Silver Lion (1905) - Sascha Schneider (1870-1927)

O europeu Sascha Schneider (1870 - 1927), um dos pioneiros da arte homoerótica, viveu numa época turbulenta de grandes mudanças: repressões / revoluções / guerras cruéis que dão o tom até hoje na política mundial. Sua produção artística é uma crítica do seu presente e do que viria à frente... a medonha II Guerra Mundial. 
Em 2015, postei “Sascha Schneider e a arte homoerótica na Alemanha pré nazista”: