Nem todo homem gosta da instituição do casamento. Nem todo homem é adepto do 'crescei e multiplicai'.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Banheiro viril: mictório em sua casa



Mictórios em banheiros privados são um grande tabu no Brasil, mas estiveram em alta nos lares de homens independentes nas décadas de 1980-90. Neste período houve uma novela da Rede Globo de Televisão, cujo personagem “bon vivant” usava em cena o mictório de seu banheiro: causou sensação entre homens e escárnio entre mulheres, como de hábito.
A instalação de um mictório é de grande serventia para os varões, já que é muito desagradável urinar numa privada (vaso sanitário): não há pontaria que deixe o piso e esta peça sanitária incólume de respingos urinários. Deve-se ter cautela na escolha do tipo de mictório: caso o modelo + tamanho + altura não forem compatíveis, de nada servirá e os respingos continuarão. A descarga dele também deverá estar bem calibrada, senão o cara e o piso ficarão molhados.
Temos adeptos das Tradições Viris que vivem em área urbanas, suburbanas e rurais. Independente da cidade ou do estado brasileiro, é preferível que tal empreitada seja feita quando o imóvel estiver sendo construído. No caso de uma reforma, observe que outros ramais serão instalados: entrada da água e saída da água servida; e se há peças de revestimentos sobressalentes (piso e parede). Quanto à limpeza e manutenção, usa-se o mesmo procedimento de uma privada. Em tempo: prefiro o termo privada (de privacidade) ao vaso sanitário.
Por razões profissionais e pessoais, mudei algumas vezes de casa e cidades. Em meu penúltimo apartamento fiz uma reforma trabalhosa e instalei um mictório, que fez furor entre meus amigos homens. No atual em que moro, urino em privadas; tenho vontade de instalar um, mas reforma é sempre uma grande amolação e vou postergando aquilo que tanto almejo.
É desaconselhável fazer este tipo de instalação sanitária num imóvel alugado, por razões óbvias. Já em apartamentos minúsculos, e caríssimos, que estão sendo vendidos às pencas (grandes centros urbanos) dificilmente haverá lugar para tal reforma: o espaço é milimetricamente projetado para se ter um box (banho), pia e privada; idem no lavabo. Em imóveis projetados e construídos até o início dos anos de 1990 haverá, com exceções, espaço de sobra para arroubos construtivos. Acréscimos (ou mudanças) de pontos hidráulicos deverão obedecer a regras técnicas locais, para se evitar aborrecimentos (embargos e processos): planejamento e projeto adequados, principalmente em apartamentos; mão de obra competente; materiais práticos e de qualidade.
Evite o luxo e o duvidoso: além de supérfluo, este tipo de estética possui data de vencimento; simplicidade com bom design é uma dupla imbatível e elegante.
Ignore a estética e os atuais horrendos projetos voltados às famílias reféns do “crescei e multiplicai”; a construção civil segue paradigmas babacas desta chamada “nova classe média brasileira”. Pesquise outras formas de moradia e de bem viver, adaptadas ao seu meio sócio - cultural - climático.
 
Nosso lar viril deve apenas nos servir, jamais visar terceiros: nossa casa é nosso abrigo, nosso território indevassável!