Nem todo homem gosta da instituição do casamento. Nem todo homem é adepto do 'crescei e multiplicai'.

domingo, 1 de dezembro de 2019

Postura e Convicções de Jack Donovan


A tet a tet, 1977 - Boris Alexandrovich Talberg, 1930-84

Jack Donovan (JD) é um educado cavalheiro da boa e velha estirpe masculina. Deixa um vasto trabalho como legado, um guia de sobrevivência de uso exclusivo aos Homens, que deve ser adequado à cultura de cada um. Devemos ignorar as críticas contra JD vinda de gente:
- grosseira e completamente alheia ao universo viril, que se mete onde não é chamada;
- que obviamente nunca leu a extensa obra do autor. E que, de forma cínica e sem pudor, plagia críticas norte-americanas na web... que vergonha!

JD escreveu, recentemente, uma definitiva defesa sobre sua postura de vida e convicções políticas. Não haveria necessidade disto, mas a interpretação de textos anda em declínio... e a oligofrenia da população (fenômeno mundial) está em alta:
“Eu acredito que homens e mulheres sejam diferentes. Meu trabalho é unicamente sobre Homens e me orgulho de ter ajudado milhares (se não dezenas de milhares) deles em todo o mundo e a melhorar suas vidas. Se algumas mulheres consideram meu trabalho valioso, isso é bom. 
Eu não pertenço a nenhum partido político, geralmente não sigo noticiários e tento evitar comentar sobre o que todos dizem. Atualmente não sou membro de nenhuma organização, exceto a 'American Automobile Association'.
Acredito em liberdade, liberdade de expressão, direito de portar armas, livre associação e autodeterminação. Estes costumavam ser os valores liberais e são absolutamente norte-americanos. Acredito que a preservação, original e integral, da Declaração dos Direitos é algo que a maioria do povo norte-americano deva e possa proteger.

Thw Wolves of Vinland
Eu estive associado à organização pagã folclórica da Virgínia, conhecida como Os Lobos de Vinland, durante os anos de 2014-18 e me demiti no final de 2018.
Eu considerava os Lobos uma organização privada tribal e religiosa. As ideologias políticas e filosóficas de seus membros individuais pareciam variar bastante quando eu era membro. Não tenho mais contato com os Lobos e não posso comentar suas visões coletivas atualmente, porque simplesmente as desconheço. Apoio a capacidade dos grupos de se formar livremente e experimentar todos os tipos de religiões e estilos de organização. Embora eu não me considere mais um defensor desse grupo especificamente, quero viver em um mundo onde eles tenham o direito de existir e fazer suas próprias coisas. Eu aprendi muito com os Lobos. Não me arrependo de ter me juntado aos Lobos de Vinland, mas também estou muito feliz por ter saído.

Operation Werewolf - OPWW
Operação Werewolf é uma empresa / movimento criado por Paul Waggener e sempre foi de sua propriedade e operado por ele. Ajudei-o a promover sua empresa ocasionalmente quando éramos amigos, mas nunca fui um participante ativo.
Muitos membros do OPWW também são leitores do meu trabalho, e alguns deles são ótimos profissionais que têm uma ampla variedade de visualizações. Como eu, a maioria deles gosta de levantar pesos, ouvir black metal, dar socos um no outro e fazer rituais pagãos na floresta - e isso tudo me deixa satisfeito.
O fato de alguns autores me terem identificado como o líder do OPWW (e às vezes do The Wolves, que nunca foi verdade) mostra o quão desleixada são suas pesquisas. Se eles erraram, você provavelmente deve se perguntar o que mais eles erraram e também questionar a competência e a integridade deles. Eu acho que você reconhecerá, na maioria dos casos, que são ativistas políticos radicais que dirão qualquer coisa que sirva à sua agenda - não os 'buscadores da verdade' ou 'cidadãos preocupados' que pretendem ser.

White Nationalism & The Alternative Right - Nacionalismo Branco e a Direita Alternativa
Às vezes sou chamado de nacionalista branco e isso é calúnia. Nunca me considerei um nacionalista branco e nunca afirmei publicamente ser um. Sempre acreditei na importância da liberdade de expressão e da livre troca de idéias - especialmente idéias impopulares. Se você não consegue lidar com a ideia de que em algum lugar, alguém tem uma idéia com a qual você não concorda - e você quer silenciá-la ou controlá-la - você é um pequeno tirano e, na minha opinião, um ser humano terrível.
Comecei a escrever sobre masculinidade para o alternativeright.com em 2011, quando recebeu vários dissidentes políticos e ideológicos que ocupavam uma ampla gama de posições tabus, reunidos na tradição de Henry Louis Mencken. Nesse momento, o que se tornou o 'Alt-Right' não era explicitamente nacionalista branco. Com o tempo isso mudou e após o incidente de Charlottesville (durante o qual eu estava em um show de rock no Oregon), eu cortei todos os laços com aqueles ativistas naquele movimento e revoguei a permissão que eu havia dado a eles para republicar meu trabalho. Eu sempre disse e escrevi que a 'supremacia branca' era estúpida e sempre acreditei que o nacionalismo branco não faz absolutamente nenhum sentido na América. Não escrevo e não escrevi material que deprecie outras raças. De fato, dadas minhas experiências diretas com os nacionalistas brancos, eu prefero ter uma conversa real com um homem negro que tenha senso de humor do que ouvir mais um nerd pastoso divagar sobre 'os judeus'. Embora nem todos os nacionalistas brancos estejam errados em relação a tudo, esse movimento é um beco sem saída (e também um esquadrão de tiro circular), e eu incentivo ativamente os jovens que querem se envolver com o nacionalismo branco a fazer algo produtivo com suas vidas. Eu lidei com muitos ativistas gays zangados e muitos ativistas nacionalistas brancos zangados em minha vida, e eles têm mais em comum do que pensam. Ambos querem se orgulhar de coisas que não são realizações legítimas.

Androphilia
Em 2007 eu escrevi um livro intitulado 'Androphilia: A Manifesto. Rejecting the Gay Identity, Reclaiming Masculinity'. A idéia principal por trás do livro era que a sexualidade não deveria definir um homem, e que experimentar alguma atração homossexual não significa que você deva optar por se comportar de maneira efeminada. A sexualidade é um eixo pobre para a identidade primária. Homens são homens independentemente de sua sexualidade, e acredito que eles devem se esforçar para conquistar o respeito e a honra de outros homens. Tirei 'Androphilia' do catálogo em 2017, porque segui meu próprio conselho e transcendi essa identidade e essa sexualidade. Prefiro ser definido por minhas próprias realizações e ser conhecido por meu compromisso em ajudar os homens a enfrentar os desafios de viver uma vida masculina no século XXI. Não promovo ou desencorajo a homossexualidade. Encorajo homens estáveis e talentosos que querem que seus filhos encontrem uma mulher e iniciem suas famílias. Neste momento estou convencido que, provavelmente, este seja o melhor caminho para a maioria dos homens. 
Já o meu caminho sempre foi diferente, e provavelmente viverei o resto dos meus anos como um 'classical Roman playboy' neste cosmopolita Império do Nada.

Jack Donovan

Androphilia: Jack Donovan e Jack Malebranche

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Ninguém nos tolera


Hells Angels kissing - San Francisco, California - 1964

Não se iludam, meus caros: pessoas ditas normais / heterossexuais, e até os adeptos do “gayismo”, não nos toleram. Somos caçoados o tempo todo, de forma velada ou explícita, neste patético país chamado Brasil.
Observem que de uns tempos para cá virou moda ter homens homossexuais como amigos ou convidados em reuniões sociais... se for uma dupla devidamente casada, melhor ainda. Isto, claro, em determinados círculos de pessoas "politicamente corretas" ou "sedentas por holofotes". Acho que tais pessoas sentem o mesmo prazer que “socialites”, de pequenas e grandes cidades brasileiras, tem quando participam de “festas de caridade” com o intuito de saírem em colunas sociais da mídia local.
E, tradicionalmente, eventos fúteis sem a presença dos exóticos / alegres / animados gays estão fadadas ao fracasso. Depois são expostos na mídia como troféus de satisfação burguesa. Quando tais gays não correspondem à esta imagem, frustram anfitriões e convidados.
Nunca se prestem a este papel. Não sou rancoroso e nem tolo, apenas conheço o mundo em que vivo. Por isto, eu caí fora destas arapucas sociais há muito tempo... e não me arrependo um dia sequer!

sábado, 3 de agosto de 2019

Gay Sunshine: pioneiro jornal dos EUA



Fui leitor do extinto pasquim “Lampião da Esquina”, onde havia indicação do livro “Sexualidade & Criação Literária: As Entrevistas do Gay Sunshine” - Winston Leyland - Editora Civilização Brasileira, 1980. Comprei-o de imediato e foi um deslumbramento entrar em contato com a seleção de entrevistas do tabloide gay de San Francisco-CA, selecionadas por Leyland. Prosas saborosas, ricas em detalhes de caras que fizeram a história cultural do século XX. Corram para os sebos virtuais / físicos e encomendem, restam pouquíssimos exemplares no Brasil já que nunca mais foi editado. São 6 entrevistados, completamente diferentes uns dos outros, que viveram intensamente todo o século passado... e assuntos ainda desconhecidos não faltam:

- Roger Peyrefitte(1907-2000): a maioria de vocês não chegou a conhecer tipos como ele, que abundavam em tempos de vacas gordas do século XX. Aristocráticos, pedantes, de famílias ricas tradicionais (falidas ou não), conservadores e reacionários até à medula. Topei e convivi com alguns deles aqui no Brasil e alhures.

- William Burroughs (1914-97): intelectual louco e brilhante, beatnik ou não, vida desregrada e sem limites. Algumas previsões suas se confirmaram no século 21, outras caducaram.

- Allen Ginsberg (1926-97): o mais famoso e midiático beatnik, com vasta obra e vida intensa, conheceu e conviveu com as pessoas mais interessantes possíveis.

- Christopher Isherwood (1904-86): educado e discreto, teve uma vida pródiga vivendo na Berlim pré nazista. Uma de suas obras deu origem ao filme Cabaret (Bob Fosse - 1974).

- John Rechy (1931-): além de grande escritor, teve uma vida inacreditável no underground como michê e bodybuilder (halterofilista / fisiculturista) pré academias musculação (100% masculinas).

- Gore Vidal (1925-2012): um visionário que 'pintou e bordou', arquivista do século passado. Suas 'profecias' continuam se concretizando.

- Tennessee Williams (1911-83): grande dramaturgo, vida intensa, mas um tanto quanto careta.

Winston Leyland + Gay Sunshine

sábado, 1 de junho de 2019

Doc Savage: super herói e sua Fraternidade


Capas das antigas revistas Doc Savage

Os anos 1930/40, período entre guerras, foram pródigos em revistas “pulp fiction” e filmes “noir” de extrema qualidade. Estas publicações foram sementes dos super-heróis, que proliferam na indústria de entretenimento até hoje. 
Lester Dent (1904-59), com seu pseudônimo Kenneth Robeson, criou o herói “Doc Savage” que se tornou grande sucesso em revistas e programas de rádio nos EUA. Doc era aventureiro e explorador / músico / homem da ciência (médico, inventor, pesquisador). Desde criança foi treinado pelo pai e equipe de cientistas para ser um homem forte / resistente / lutador / mestre em disfarces / com alto conhecimento científico para combater o mal. Sempre preservou a vida humana, mesmo a dos bandidos.
Todo seu dinheiro veio de grande herança familiar. Doc tinha uma Fortaleza da Solidão no Ártico para seus retiros, mas seu escritório ficava no 86º andar de um arranha-céu novaiorquino com elevador privado. Contava com frota de aviões / caminhões / carros / barcos guardados num hangar / armazém no Rio Hudson. 
Seus vários equipamentos tornaram-se realidade posteriormente: asas voadoras, secretárias eletrônicas, televisão, óculos de visão noturna, armas eletromagnéticas e automáticas.
Doc contava com a preciosa ajuda dos “5 Fabulosos”, seus talentosos auxiliares de alta confiança, absolutamente loucos e destemidos, que formavam uma Fraternidade: 1- Tenente-coronel Andrew Blodgett 'Monk' Mayfair, químico industrial. 2- General-brigadeiro Theodore Marley 'Ham' Brooks, talentoso advogado. 3- Coronel John 'Renny' Renwick, engenheiro civil e construtor. 4- Major Thomas J. 'Long Tom' Roberts, engenheiro eletrônico. 5- William Harper 'Johnny' Littlejohn, arqueólogo e geólogo. 
Nas décadas seguintes, pós II guerra mundial, novas edições foram feitas com outra estética e sem o brilhantismo gráfico de outrora. Filmes tentaram resgatar “Doc Savage”, mas foram um fracasso total graças à péssima produção não condizente com a elegância original do autor. Desconheço se foram lançadas revistas com suas aventuras no idioma português, seja no Brasil ou em Portugal.

5 Fabulosos - Doc Savage


quarta-feira, 3 de abril de 2019

Alexander von Humboldt: 1º ambientalista mundial e um adepto das Tradições Viris


Alexander von Humboldt - pintura de Friedrich Georg Weitsch, 1806

Nascido em Berlim, Alexander von Humboldt (1769-1859) foi um grande cientista (botânico, geógrafo, etnógrafo, antropólogo, físico, geólogo, mineralogista, vulcanólogo). Um homem homossexual livre, explorador, aventureiro e diplomata. Dono de sua própria vida e carreira, é considerado o 1º ambientalista mundial graças às suas pesquisas nos continentes europeu / asiático / americano. Legou à humanidade uma gigantesca e respeitada obra científica utilizada até hoje pela Comunidade Científica Mundial.

Fontes:

3. La Historia del gran pensador Alexander con Humboldt:
https://www.elpensante.com/la-historia-del-gran-pensador-alexander-con-humboldt/

Alexander von Humboldt e Aimé Bonpland no Orinoco - pintura de Eduard Ender

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Obscurantismo, retrocesso ou nada mudou?


Folsom State Prison - California, USA - 1978

Folsom State Prison (1880) é a 2ª prisão mais antiga da Califórnia, uma das 1ªs de segurança máxima dos EUA e a 1ª a ter energia elétrica no mundo. Esta foto de 1978 poderia ser deste ano de 2019. São prisioneiros tatuados malhando, um indicador que a estética masculina norte-americana (moda / culto ao corpo / costumes) das décadas de 1960/70 continua atemporal. Quanto à sobrevivência / às instalações / ao dia a dia dos prisioneiros, imagino que devam ser infinitamente menos cruel que em presídios brasileiros.
O seriado OZ (HBO - 1997/2003) se passava numa prisão norte-americana; um barril de pólvora com gangues de todas as etnias e facções imagináveis: nu frontal / sexo / violência / drogas foram mostrados sem cerimônia. Na época chegou a passar nas madrugadas pelo canal SBT; homens de todo jeito assistiam este seriado com uma excitação incontrolável. Hoje esta exibição em canal aberto seria inviável com o obscurantismo e falso moralismo reinantes neste Brasil. Fim de ciclo!

Rapaze prostitutos do Paresis Hall vestidos como comerciantes - New York City, 1880-90

Paresis Hall - Columbia Hall - NY.
O Columbia Hall, comumente conhecido como Paresis Hall, era um bordel / bar gay na cidade de Nova York na década de 1890. Localizado no Bowery perto de Cooper Union, o Hall foi gerido por James T. Ellison, e tomou o seu apelido de um termo usado para insanidade sifilítica. O prédio continha um bar no térreo, com dois andares de quartos acima que eram alugados. Um foi mantido permanentemente pelo Cercle Hermaphroditos, uma organização para transgêneros precoces, que lá guardavam roupas devido à ilegalidade e à hostilidade pública de se vestirem com roupas femininas. Paresis Hall era muito renomado e igualmente insultado na época; era alvo tanto de batidas policiais quanto de protestos religiosos. Apesar disso, evidências sugerem que ele esteve ativo até pelo menos 1899. Fonte: Wikipedia.

In the realm of the Silver Lion (1905) - Sascha Schneider (1870-1927)

O europeu Sascha Schneider (1870 - 1927), um dos pioneiros da arte homoerótica, viveu numa época turbulenta de grandes mudanças: repressões / revoluções / guerras cruéis que dão o tom até hoje na política mundial. Sua produção artística é uma crítica do seu presente e do que viria à frente... a medonha II Guerra Mundial. 
Em 2015, postei “Sascha Schneider e a arte homoerótica na Alemanha pré nazista”: