Nem todo homem gosta da instituição do casamento. Nem todo homem é adepto do 'crescei e multiplicai'.

sábado, 3 de setembro de 2022

Virilidade Prática para os adeptos da Androphilia e das antigas Tradições / Alianças Viris

Zach Zdrale - Sledge Bearers, 2021

Os poucos adeptos brasileiros adultos, que conheço, da Androphilia (Jack Malebranche) e das antigas Tradições / Alianças Viris são diferentes da maciça maioria dos homens do Brasil.
São homens fortes e raramente se intimidam com pressões familiares / morais / religiosas / sociais / políticas.
Cultivam o Laicismo. Mas, caso sejam adeptos de alguma tradição espiritual, evitam fazer proselitismo religioso.
Vivem espartanamente, de forma discreta, sem gastos excessivos, sem a vulgar ostentação.
Sabem que é recomendável ter alguma independência econômica na maturidade. Porém, alguns vivem uma realidade socioeconômica incompatível com esta recomendação.
Cuidam de sua saúde e pensam no futuro, pois a juventude é efêmera. Mas sabem que o SUS (Sistema Único Saúde), que é público, não dá conta dignamente da saúde da população brasileira. E os convênios médicos particulares não custam baratos.

De forma simplista, vou elencar uma classificação (não definitiva) destes adeptos brasileiros:
- Os ermitões / lobos solitários. Natureza dos que não apreciam viver num núcleo social / familiar ou num relacionamento.
- Os sociáveis. Possuem um camarada confiável, um grupo de homens que comungam de seu modo de vida, uma família razoavelmente equilibrada (ou não).
- Os independentes. São economicamente bem de vida. Cuidam, ou não, de seus núcleos.
- Os provedores / arrimos de suas famílias. Sustentam e amparam seus núcleos; sabem bem o custo extorsivo da 3ª Idade com remédios / cuidadores / médicos. Muitas vezes, para cuidar de seus idosos, deixam de se desenvolver profissionalmente e viver sua vida privada.
Esta é a nossa realidade nua e crua!

Fazia muito tempo que Jack Donovan não falava abertamente sobre os homens homossexuais, que são uma razoável parcela de seus leitores / seguidores. Acessem:
Masculinidade Objetiva - Jack Donovan.
Ou o que os gays (e outros) costumam errar sobre a masculinidade.

Nota: acompanho o caminho do autor Jack Donovan, desde que ele usava o codinome Jack Malebranche. Nesse período inicial, JM escreveu o clássico livro: ‘Androphilia, a Manifesto: rejecting the gay identity, reclaiming masculinity - Baltimore, Md: Scapegoat Publishing, 2006’. Nesta obra, ele faz uma crítica impecável e certeira ao mundo gay: suas fraquezas e futilidades.

luxsit.tumblr.com


domingo, 5 de junho de 2022

Parurese

Mictório Público - Avenue du Maine, Paris - foto Charles Marville - 1895

Parurese (Paruresis em latim) ou Síndrome da Bexiga Tímida é um transtorno de ansiedade / fobia social, não fisiológico: o homem não consegue urinar na presença de outros em mictórios públicos. Atualmente esse temor foi atenuado, pois agora os mictórios masculinos tem imensas separações individuais. O motivo disso foram as câmeras indiscretas de celulares (ou de segurança), cujas fotos de homens urinando são postadas ilegalmente na internet. Mesmo caso se aplica nos vestiários de academias, clubes, empresas… não há mais banhos coletivos.
Em 2013, ao acaso, entrei num blog (há anos abandonado) de um homem italiano chamado Ben. Nele me deparei com esta postagem que transcrevo a vocês.

Orinatoi e Paruresi - Mictórios e Parurese - 03 junho 2013

“Mictórios públicos quase desapareceram na Itália, mas continuam difundidos no exterior. Um pequeno esclarecimento: também são chamados pelo nome do imperador romano Vespasiano, que não o inventou; mas sim os ‘fullers’, aqueles que recolhiam a urina das latrinas para fazer amônia usada em limpeza a seco. Eles existem em todos os formatos: os mais velhos são paredes simples azulejadas com fluxos de água; urinar contra estas paredes é uma bela sensação de libertação. Uma evolução destes ‘pissoir’ prático e primitivo é de folhas elevadas e arqueadas, que chegam ao solo; o sistema é o mesmo: um bico, com alta vazão de água, transporta a urina para dentro das ranhuras no chão. Em muitos países do norte europeu, em lugar de azulejos de cerâmica, há uma placa de aço que atinge o solo e é dobrado a uma certa altura. Este tipo de mictório é encontrado, muitas vezes, em bares e tabernas, onde o teor de álcool dos clientes é particularmente elevado e ninguém se importa muito sobre onde vai o fluxo da urina. As versões mais sofisticadas são os pequenos mictórios de cerâmica equipados com sensores que liberam água apenas quando se aproxima o cliente. Desde tempos imemoriais, os mictórios são lugares onde os homens se encontram e fazem, se possível uma abordagem rápida. Na Alemanha, o mictório público deste tipo é chamado de ‘klappe’ e se localiza em lojas de departamentos, parques e estações. Na Itália, mictórios públicos quase desapareceram há décadas. Nos anos 1950 e 60, políticos e prefeitos ultracatólicos desmantelaram os já existentes, alegando razões de higiene. Durante décadas, os banhos públicos na Itália eram um alívio para turistas e visitantes; atualmente estes são obrigados a consumir algo em bares para usar o banheiro trancado. Com o advento dos grandes centros comerciais, a construção de novos banheiros públicos foi necessária. Apesar de razões práticas e econômicas, mesmo em cubículos visando a privacidade segura do macho latino, há a possibilidade de um possível encontro fortuito.
Se alguém olha para mim, eu não consigo urinar... você cria problemas quando urina em banheiros públicos na presença de outras pessoas? Você se preocupa com o que as outras pessoas podem pensar de você como você tenta urinar? Você se preocupa que seus problemas em não conseguir urinar em público pode expô-lo à humilhação, vergonha ou constrangimento? Se você respondeu sim a qualquer destas perguntas, você pode sofrer de uma fobia social, que é chamado parurese. Esta fobia é pouco conhecida, mas generalizada. Estima-se que 7% da população, pelo menos, sofra disto; o número pode ser mais elevado, especialmente entre a população homossexual. O parurético tem fobia de urinar em público, na frente ou ao lado de outras pessoas; consequentemente, um parurético é incapaz de usar mictórios públicos. Em outras palavras o parurético, embora não sofrendo de um distúrbio fisiológico na presença de outras pessoas, é incapaz de urinar ou demora mais tempo para urinar. Esta fobia parece crescer durante a puberdade, mas as causas são quase inteiramente desconhecidas. O nome foi cunhado em 1954 por G. W. Williams e Degenhardt E. T. Em 1976, Dennis Middlemist, da Oklahoma State University, realizou um estudo para compreender o mecanismo psicológico subjacente à parurese. Fez, como experimento, a ‘invasão de espaço pessoal’ colocando um pesquisador assistente num mictório próximo a um usuário. Como esperado, quando tinha mais de uma pessoa no mictório houve um atraso considerável no início da micção em 8 segundos; quando o ‘intruso’ se distanciou, o atraso foi de 6 segundos; 5 segundos foram suficientes para os homens sozinhos no banheiro. Já a duração da micção seguiu as mesmas tendências: a média foi de 17 segundos, quando o intruso estava próximo; 23 segundos quando ele estava distante do mictório; 25 segundos em solidão. É claro que um mictório público é um ambiente muito particular, onde é aceita uma certa violação de privacidade. Mas, neste contexto, é possível observar tentativas comportamentais para compensação da violação do espaço pessoal: partidas sutis, mudança da orientação do corpo, uso das mãos e braços como obstáculo interpessoal, redução do contato com os olhos, e assim por diante. Foi demonstrado que a tensão emocional aumenta a pressão e inibe o relaxamento do esfíncter externo da uretra. Este é o mecanismo fisiológico que impediria fisicamente o parurético, indivíduo particularmente susceptível à invasão do espaço pessoal, urinar na presença de uma pessoa real ou imaginária. Apesar da propagação, o nome não é conhecido até mesmo por aqueles que sofrem. E mesmo na literatura científica sobre o assunto, este termo está faltando. Em relação ao corpo do componente, a contração do esfíncter que dificulta a liberação da urina, tem uma causa fundamental psíquico: o medo ou stress. Quem também padeceu uma vez de parurese, vai ter uma memória desagradável; toda vez que entrar em um banheiro público novamente terá medo, com isto irá ficará bloqueado criando um ciclo vicioso. As causas podem ser muitas: complexo de inferioridade, estresse na escola, problemas com a família. A causa principal, no entanto (falta uma pesquisa séria entre a população homossexual) é um distúrbio no desenvolvimento da identidade masculina. Um exemplo mostra que Sigmund Freud quando fala do desafio de crianças que urinam antes dos outros, só para fazer xixi em cima delas. Esta seria uma forma primitiva de rivalidade masculina. O subconsciente faz com que o parurético contraia o bloco do músculo que fecha a uretra e isto conduz à dificuldade em urinar na presença de outras pessoas, ainda que a verdadeira causa encontra-se em outro lugar. Este mecanismo é denominado condicionamento. A ideia é que quando parurético bloqueado está em pé na frente de um mictório, homens ao vê-lo, poderão julgá-lo e caçoar dele. A maioria dos pacientes relata a suposição de que a sua virilidade é de alguma forma medida pela capacidade de urinar mais ou menos em um urinol. Alguém disse que o seu nível de modéstia é muito alto; ou você está com medo de ser provocado ou de não ser levado a sério. Tudo isso leva esses homens, não só em ter que fechar o banheiro para urinar, mas também a um isolamento social mais ou menos acentuada. Alguns dizem que não têm nenhum problema em ficar nu na frente de outros homens ou de tomar banho juntos. O medo de se desnudar na frente de outros homens, algo que todos nós já vimos nos vestiários, provavelmente, é uma fobia social diferente. Embora eu não possa afirmar com uma pesquisa científica, posso intuitivamente argumentar que os homossexuais podem ser afetados numa maior extensão por este problema. Praticamente um homossexual pode ver outros homens no banheiro como pessoas que não são para urinar, mas como potenciais parceiros sexuais. Ainda não existe um tratamento específico, mas efetivamente a psicoterapia cognitivo comportamental ajuda. Há também técnicas de relaxamento que ajudam a liberar a ansiedade que bloqueia o indivíduo em urinar. Mas, para uma forma mais grave de parurese, um psicoterapeuta poderá ajudar mais rapidamente.”

Composição: Fraterno Viril

Composição: Fraterno Viril


sexta-feira, 1 de abril de 2022

Censura e cultura do cancelamento na web

Arthur Kampf (1864-1950) - Surpreendidos pelo inimigo

Tenho este blog, usando a plataforma Google, desde 15 de abril de 2009. Um tempo considerável, e nunca tive problemas com ele. Meu público leitor (brasileiro e estrangeiro) é composto de homens educados / libertários / independentes, e sempre foi muito gentil nos contatos por e-mail… não tenho do que reclamar.
As culturas do cancelamento e da censura em redes sociais, pela internet, nunca me incomodaram muito. Mas admito que minhas postagens no Facebook foram censuradas há poucos anos: qualquer menção do link de meu blog ou links de postagens era censurada na mesma hora. Fui dedurado por alguém ou por algum grupo incomodados com minhas eventuais postagens… claramente não fazem parte dos meus leitores.
Por que será que eu incomodo alguém? Sou um homem discreto, cultivo o anonimato, não aprecio o exibicionismo na web, trabalho muito e pago meus impostos / contas em dia. Não dependo e nunca dependi do dinheiro público, não apoio nenhuma corrente ou partido político no Brasil, nunca apreciei a política partidária brasileira e seus conchavos. Sou assinante e leitor de jornais e revistas gráficas por tradição familiar, mas não aprecio o que ando lendo faz tempo. A cultura contemporânea do meu país e do mundo (arquitetura, literatura, artes visuais, música, teatro, cinema, televisão, rádio, etc) pouco chama minha atenção. Já viajei muito, mas ando muito preguiçoso de uns anos para cá. Procuro ver o que se passa nos grandes centros urbanos, mas fico em geral muito decepcionado. O século 21 nunca será como os séculos 19 ou 20, a não ser nos extraordinários experimentos / descobertas científicos e tecnológicos decorrentes dos cientistas do passado.
Enfim… graças à tola censura do Facebook (felizmente já terminada), atualmente só posto imagens (que enalteçam a masculinidade) em minhas redes sociais.


Valerie Ganz (1936-2015) - In the Showers

terça-feira, 1 de março de 2022

Tango Macho: originalmente dançado entre Homens


O tango foi criado no final do século 19 nos submundos de Montevideo-UY e de Buenos Aires-AR, ambas capitais banhadas pela foz do Rio da Prata, e era dançado exclusivamente entre Homens.
Porém, durante a 1ª metade do século 20, o tango foi sendo aceito gradativamente pelas elites uruguaya e argentina. Daí, graças ao moralismo de sempre, se descaracterizou totalmente e se transformou numa dança entre homens e mulheres.
O tango masculino é mais bonito, elegante, harmônico. Ninguém leva ninguém, ambos se levam.
Neste vídeo, os irmãos argentinos Enrique y Guillermo De Fazio mostram como era o tango original.


terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Preceitos Masculinos Vikings

https://www.ancient-origins.net/news-history-archaeology/viking-city-0010706


Sou um homem do Brasil, ex colônia portuguesa (fundada em 1500) na América do Sul. Após a independência de Portugal (1822), começou o regime monárquico (1822-1889) da mesma família real portuguesa, que posteriormente foi suplantado pelo republicano. Aqui a cultura portuguesa dominante se miscigenou à diversificada cultura indígena local e, posteriormente, com várias etnias africanas que aqui aportaram como escravos. Nos séculos 19 e 20, começou uma enorme onda de imigração: europeia (italiana, germânica, polonesa, ucraniana, russa, lituana, suíça, ibérica, etc), árabe (síria, libanesa), japonesa (maior colônia de japoneses fora do Japão), entre outras.

Felizes dos homens que possuem, em seus países, uma herança cultural atemporal não repressiva. Através site ‘Art of Manliness’, conheci os 80 provérbios da obra viking Hávamál (Provérbios do Alto), com mais de 1.000 anos, atribuída ao deus Odin. Desconfio que nenhum texto como este tenha sido escrito na católica romana Península Ibérica. Esta sabedoria nórdica é um guia de como os homens devem se comportar e viver dignamente. Basicamente aborda a ética e o comportamento masculino de como hospedar e ser hóspede, questões que para o viking era de honra e não meramente de etiqueta.
Dos 80 preceitos, escolhi e transcrevi 47 deles. Tenho muito o que aprender com esta sabedoria:

- Fogo e comida são necessários para os viajantes que chegam e cujos joelhos estão congelados.

- Para quem chega a uma refeição, é preciso: água, toalha, bom acolhimento, hospitalidade.

- A sagacidade é necessária para quem viaja para longe, pois em casa tudo é fácil.

- Ninguém deve se admirar do seu conhecimento, mas sim da sua conduta cautelosa. Quando um prudente e um taciturno chegam a uma casa, raramente o mal recai sobre o cauteloso.

- Um hóspede cauteloso se mantém silencioso e reflexivo, com os ouvidos ouve e com os olhos observa: assim todo homem prudente deve explorar o ambiente.

- Feliz daquele que, por mérito próprio, possui inteligência e é admirado enquanto vive; maus conselhos muitas vezes foram recebidos de outrem.

- Bom senso é o melhor fardo que um homem pode carregar. Em um lugar estranho, isto é considerado a melhor das riquezas.

- Pior coisa é beber demais. Quanto mais um homem bebe, menos controle ele tem de sua própria mente.

- Taciturno, prudente, ousados na guerra, devem ser os filhos de um Rei; alegre e liberal cada um deve ser até a hora de sua morte.

- Um homem covarde pensa que viverá se evitar a guerra. Mas a velhice não lhe dará paz, embora as lanças possam tê-lo poupado.

- Um tolo fica boquiaberto, murmura ou se cala, quando chega a uma determinada casa. Mas de repente, se ele bebe demais, sua mente será exibida.

- Só quem vagueia e é experimentado sabe: quem possui bom senso e por qual disposição cada homem é governado.

- Um homem com um cálice de hidromel beberá com moderação, falará com sensatez ou ficará em silêncio. Ninguém o advertirá, se ele for dormir cedo.

- O gado sabe a hora de voltar para casa, e então deixa de pastar. Mas um tolo nunca sabe a medida de seu estômago.

- Um homem prepotente zomba de tudo e de todos. Mas uma coisa ele não sabe, e deveria saber: que ele não está livre de falhas.

- O tolo passa a noite acordado, pensando em tudo. Então ele se cansa e quando amanhece, a lamentação recomeça.

- Um homem tolo pensa que todos os que sorriem para ele são seus amigos.

- Um homem tolo pensa que todos os que falam com ele são seus amigos. Mas, se for a um tribunal, ele descobrirá que poucos o defenderá.

- Um homem tolo pensa que sabe tudo se colocado em dificuldades inesperadas. Mas não saberá o que responder, se for posto à prova.

- Um homem tolo deverá ficar calado entre pessoas. A não ser que fale demais, ninguém desconfiará que ele nada sabe.

- Um homem que fala muitas palavras fúteis, que nunca se cala, que tem uma língua tagarela não controlada, provocará seu próprio dano.

- Para um mau amigo, o caminho é indireto apesar de próximo. Mas para um bom amigo, o caminho é reto apesar de distante.

- Um hóspede não deve ficar por muito tempo em casa alheia. A acolhida torna-se indesejável, se ele lá permanecer.

- É melhor ter uma casa própria, por menor que seja, pois nela vc será o mestre. Pode-se ter apenas duas cabras e uma cama de palha, melhor assim do que mendigar.

- É difícil saber quando, no caminho, um homem poderá precisar de uma arma para sua defesa.

- Para seu amigo um homem deve ser amigo. Presentes com presentes compensam, riso com riso os homens devem receber. Mentiras devem ser afastadas.

- O amigo de seu amigo será seu também. Mas de seu inimigo, você não será amigo.

- Se você tem um amigo em quem confia plenamente, e de quem não gostaria de se distanciar, você deverá: misturar sua mente com a dele, trocar presentes e muitas vezes ir vê-lo.

- Se você tem um conhecido de pouca confiança, para evitar discórdia, deverá falar-lhe: de forma justa, com astúcia e tendo muito cuidado.

- Quando eu era jovem, estava viajando sozinho e me perdi. Afortunado me senti, quando conheci outro homem. O homem é a alegria do homem.

- Os homens libertários e corajosos vivem melhor, raramente nutrem a tristeza. Mas um homem de mente fraca tudo teme; o mesquinho fica inquieto até com cordialidades de outro homem.

- Mais quente que o fogo, o amor entre falsos amigos arde por cinco dias. Mas ele se extingue no sexto dia, e aí a amizade acaba.

- Algo grande nem sempre deve ser dado, assim como um elogio sem sempre é sincero. Com poucas posses, eu já consegui um verdadeiro camarada.

- Alguns homens possuem a mente pouco sábia. Nem todos os homens são sábios da mesma forma: homens pela metade estão em toda parte.

- Moderadamente sábio cada homem deve ser, mas nunca excessivamente sábio: assim, suas vidas serão mais justas.

- Cada um deve ser moderadamente sábio, mas nunca excessivamente sábio. O coração de um homem excessivamente sábio raramente está feliz.

- Um homem deve acordar cedo, se quiser ter uma boa vida. Raramente um lobo preguiçoso obtém sua presa, ou um homem adormecido obtém sua vitória.

- Cedo deve levantar-se para cuidar do seu trabalho. Quem dorme tarde, retarda sua vida. A metade da riqueza depende da sua energia.

- De tábuas secas e telhas, se a lenha será suficiente, um homem conhece a quantidade tanto quanto a medida do tempo.

- Lavado e refeito deve um homem cavalgar ao seu destino. Embora suas roupas e sapatos não sejam de qualidade, não se envergonhe. Nem do seu cavalo, ainda que não tenha um bom.

- Todo homem sagaz usará seu poder com discrição. Ele sabe que entre homens corajosos, ninguém sozinho será o mais corajoso.

- Todo homem deverá ser circunspecto, reservado e cauteloso em confiar nos amigos. Das palavras que um homem diz a outro, ele poderá algumas vezes pagar uma penalidade... um preço alto.

- Cheguei muito cedo em vários lugares e muito tarde em outros. A cerveja não estava pronta ou já tinha acabado: o desgostoso raramente acerta o momento.

- O fogo é melhor presente para os homens. Assim como a visão do sol é para um homem saudável e livre de vícios.

- O gado morre, os parentes morrem, nós mesmos também morremos. Mas uma justa fama, daquele que a mereceu, nunca morre.

- Todos nós morremos. Mas uma coisa nunca morre: o julgamento de cada falecido.

- Num tolo, cresce o orgulho quando ele adquire riquezas ou o amor de alguém. Mas a sabedoria nunca cresce: ele se torna cada vez mais arrogante.


Fontes: