Nem todo homem gosta da instituição do casamento. Nem todo homem é adepto do 'crescei e multiplicai'.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Tolkien e sua fraternidade masculina


Antigas fraternidades norte-americanas e britânicas

J.R.R. Tolkien (John Ronald Reuel Tolkien - 1892/1973) é considerado uma dos maiores escritores da língua inglesa. Entre várias e extensas obras, escreveu O Senhor dos Anéis (1954/55) e O Hobbit (1937). Transcrevo curioso texto sobre Tolkien e sua fraternidade masculina da Universidade Oxford:

“Tolkien passava a maior parte de seu tempo em um universo completamente masculino. Isto era, em parte, regido por costumes sociais da época. Homens e mulheres não casados tinham permissão para se misturar somente quando acompanhados e as poucas mulheres que estudavam em Oxford frequentavam as aulas nas faculdades exclusivas para elas, como Lady Margareth Hall e St. Hilda. Tudo isso parecia natural para Tolkien e seus amigos e, em muitos aspectos, ele estava estendendo sua adolescência livre da presença feminina, desfrutando da companhia de outros homens. É certo que Tolkien havia encontrado Edith e, sozinho em seu quarto vazio com vista para Turl Street, ainda ansiava por ela quando a agitação de uma noite de debate e bebida acabava. Mas os jovens que haviam vindo das escolas de todo o país e formado seus próprios grupos como o T.C. - B.S. queriam a companhia uns dos outros e, em suas mentes, mulheres simplesmente teriam arruinado esta dinâmica. Ao menos para Tolkien, não havia nenhum indício de homossexualidade nisso. De fato, mais tarde, ele alegou que não sabia o que era isso até ser recrutado pelo exército. Este universo completamente masculino era mais parecido com a camaradagem de meninos brincando de caubói e índio ou piratas.”
Fonte:  ‘J.R.R. Tolkien, o senhor da fantasia’ - Michael White - Darkside Books.