Nem todo homem gosta da instituição do casamento. Nem todo homem é adepto do 'crescei e multiplicai'.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Frases para Homens Libertários


Emile Dupuis  (1877-1956)

“Os espartanos não perguntam quantos são os inimigos, mas onde eles estão.” 
Plutarco, provérbios dos espartanos.

"A monarquia degenera em tirania, a aristocracia em oligarquia, a democracia em anarquia e esta causa a volta da monarquia."
"Um homem que deseja ser bom, sempre bom, se perderá em meio a tantos homens que não o são."
Nicolau Maquiavel (Florença, 1469-1527).

“O sábio deve afastar-de dos desejos impetuosos, cheios de violência e angústia; evitar as paixões eróticas ou políticas, que serão fontes de dor.”
Epicuro (Samos, 341 aC - Atenas, 271 aC).

“É preferível fazer uma algo maçante com estilo, do que fazer algo perigoso sem ele. Fazer algo perigoso com estilo é o que eu chamo de arte.”
Charles Bukowski (1920-94).

"Um homem que vive plenamente está preparado para morre em qualquer idade".
Mark Twin (1835-1910).

"Quanto menos alguém entende, mais quer discordar."
Galileu Galilei (1564-1642).

"Não gosto da direita porque ela é de direita, e não gosto da esquerda porque ela é de direita."
Millôr Fernandes (1923-2012).

“O patriota se orgulha de seu país pelo que faz. O nacionalista se orgulha de seu país, não importa o que faça. A primeira atitude cria um sentimento de responsabilidade, mas a segunda cria um sentimento de arrogância cega que leva à guerra.”
Sydney J. Harris (1917-1986).

"As formas de guerra mudaram. Há uma guerra em curso e estamos enfiados nela até o pescoço, como quando eu era criança e vivia meus dias sob bombardeios."
Umberto Eco (1932-2016) - jornal O Estado de São Paulo (2015).

“Idade Média, ano de 1204: Não é necessário ter estado num lugar para saber tudo a seu respeito, senão os marinheiros seriam mais sábios que os teólogos.”
Umberto Eco (1932-2016) - livro Baudolino (2001).

“Tenho a teoria de que devemos perseguir o ‘politicamente saudável’, que tenha humor e irreverência, sem grosserias. O ‘politicamente incorreto’ de antes podia ser engraçado, mas soava preconceituoso e mal-educado. O ‘politicamente correto’ é normalmente bem-educado, mas quase sempre chato.”
Washington Olivetto (publicitário brasileiro) - revista Veja (2018).

“Gayismo + Juvenilismo + Hiperconsumismo = Enfraquecimento do homem que faz sexo com homem.
Sequelas = Efeminização + Androgenia + Chiliques + Dependência de Drogas.”
Fraterno Viril  - fraternoviril.blogspot.com

quarta-feira, 1 de abril de 2020

Celebração da Desinformação



– Determinados homens passaram, arbitrariamente, a classificar pessoas que fogem de sua mais elementar e tosca compreensão... algo pouco masculino e próximo da fofoca e da intriga. Eles fazem parte desta massa vulgar / desinformada / mau-caráter que invadiu nossos meios de comunicação. Diz um velho ditado: “Não confiem em homens que revelam segredos de outros”.
E o que pensariam determinados leitores do livro ‘O Código dos Homens’ / ‘The Way of Men’, se conhecessem a vida e a obra completa do autor Jack Donovan (JD)? Acredito que não tenham a mínima noção de quem ele seja, pois curiosamente este livro tem sido indicado em links voltados a homens: extremistas / neonazistas / religiosos cristãos fundamentalistas / ignorantes.
Num difícil momento de minha vida, JD foi fundamental e terapêutico graças à sua pioneira obra: ‘Androphilia, a Manifesto: rejecting the gay identity, reclaiming masculinity’ (Jack Malebranche - Scapegoat Publishing, 2007).
Malebranche foi o pseudônimo inicial de Jack, que depois assumiu o sobrenome Donovan. ‘Androphilia’ não é mais editado, pois JD resolveu que já havia transcendido esta fase de sexualidade masculina. Um exemplar antigo deste livro vale uma fortuna na web e virou item de colecionador. Imagino como esta pioneira obra chocaria seus recentes / heterogêneos / caretas leitores do “O Código...”. E me pergunto: quando estes desavisados leitores acordarão para a realidade?
JD é um atual estudioso do paganismo nórdico e germânico. No passado, como Malebranche, ele foi satanista e teve a titulação de ‘Reverendo da Igreja de Satanás - EUA’. Recomendo a leitura da saborosa e bem humorada entrevista que JM deu à uma publicação satanista de Portugal, em 2008: 
Em 2009, de forma muito educada e cordial (sua natureza), ele renunciou à esta seita conforme carta dirigida publicamente: 

Jack Donovan é um homem que: combate o 'gayismo' de forma cortês, celebra e propõe a união e o fortalecimento dos homens e entre homens. Ele é um cavalheiro da velha estirpe que, cordialmente e calmamente, responde a todos os seus críticos que não é nacionalista branco, neo nazista, antidemocrático... que não persegue ninguém, etc... mas de nada adianta!
Ele é profundamente odiado / perseguido / criticado por determinados grupos, que se acham progressistas e vanguardistas (mas não são):
- fundamentalistas gays, desequilibrados e grosseiros, que só faltam queimá-lo em praça pública como num Auto de Fé Ibérico (Santa Inquisição).
- extremistas de esquerda, que se proclamam: defensores e proprietários do movimento LGBT+ e outras ditas 'minorias'.
- feministas ciclotímicas / bipolares.
- extremistas de direita, reféns de dogmas morais / religiosos ultrapassados e desrespeitosos.
- Infelizmente estes críticos imbecis / lobotomizados não leram e não tem capacidade de compreender a brilhante defesa de JD, ao comentar suas reais posturas e convicções:
- Eu e muitos homens sabemos que JD não é um homem fácil para os parâmetros burgueses, como a equivocada classe média o classifica: de direita / esquerda / centro / anarquista / apolítico / ateu / satanista / gay ou não. Entendam: ele não é um homem conservador no sentido tradicional da palavra, mas sim um revolucionário libertário.
- ‘Androphilia’ é uma obra definitiva e atemporal. 
- ‘O Código dos Homens’ é um legado exclusivamente masculino para o século 21. Um guia de sobrevivência, uma alegoria / licença poética que deve ser adequada a cultura de cada um.
- O novo site de Jack Donovan está bem mais discreto com artigos interessantes e diversificados.
Masculine Philosophy:  https://www.jack-donovan.com/sowilo/
- A propósito: "sowilo" é a runa das conquistas e de boas promessas (cultura nórdica pagã).

Androphilia - Jack Malebranche

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Gilgamesh e Enkidu: parceiros inseparáveis na Mesopotâmia


Enkidu e Gilgamesh

A “Epopéia de Gilgamesh” chegou até nós graças às descobertas dos competentes arqueólogos europeus do século XIX. Considerada a mais antiga obra literária documentada, ela foi  escrita pelos sumérios em caracteres cuneiformes - tabuletas de argila (2º milênio aC). A civilização da Suméria (4500 aC - 1900 aC) foi a mais antiga da Mesopotâmia. 
Gilgamesh, opressor e arrogante, foi um lendário rei de Uruk - Mesopotâmia. Mas, surgiu o mítico Enkidu para enfrentá-lo e acabar com seu despotismo. Após violento embate físico entre os dois - ambos muito fortes - quis o destino que eles se tornassem inseparáveis. Foram amigos íntimos, de vida e de aventuras, até a trágica morte de Enkidu que deixou Gilgamesh desolado e sem eixo. Saga parecida com a de Alexandre Magno e seu parceiro Heféstion, morto precocemente. 
Relações de camaradagem íntima e viril eram comuns entre guerreiros da Antiguidade até os soldados das 1ª e 2ª Guerras Mundiais / Coréia / Vietnam, sem o atual moralismo e a conotação de: gayismo / enfraquecimento viril / feminização do homem. O grau de intimidade entre eles dizia respeito somente aos próprios e a ninguém mais... o resto é especulação e intriga.

Recomendo a postagem "Tolkien e sua fraternidade masculina":  

domingo, 1 de dezembro de 2019

Postura e Convicções de Jack Donovan


A tet a tet, 1977 - Boris Alexandrovich Talberg, 1930-84

Jack Donovan (JD) é um educado cavalheiro da boa e velha estirpe masculina. Deixa um vasto trabalho como legado, um guia de sobrevivência de uso exclusivo aos Homens, que deve ser adequado à cultura de cada um. Devemos ignorar as críticas contra JD vinda de gente:
- grosseira e completamente alheia ao universo viril, que se mete onde não é chamada;
- que obviamente nunca leu a extensa obra do autor. E que, de forma cínica e sem pudor, plagia críticas norte-americanas na web... que vergonha!

JD escreveu, recentemente, uma definitiva defesa sobre sua postura de vida e convicções políticas. Não haveria necessidade disto, mas a interpretação de textos anda em declínio... e a oligofrenia da população (fenômeno mundial) está em alta:
“Eu acredito que homens e mulheres sejam diferentes. Meu trabalho é unicamente sobre Homens e me orgulho de ter ajudado milhares (se não dezenas de milhares) deles em todo o mundo e a melhorar suas vidas. Se algumas mulheres consideram meu trabalho valioso, isso é bom. 
Eu não pertenço a nenhum partido político, geralmente não sigo noticiários e tento evitar comentar sobre o que todos dizem. Atualmente não sou membro de nenhuma organização, exceto a 'American Automobile Association'.
Acredito em liberdade, liberdade de expressão, direito de portar armas, livre associação e autodeterminação. Estes costumavam ser os valores liberais e são absolutamente norte-americanos. Acredito que a preservação, original e integral, da Declaração dos Direitos é algo que a maioria do povo norte-americano deva e possa proteger.

Thw Wolves of Vinland
Eu estive associado à organização pagã folclórica da Virgínia, conhecida como Os Lobos de Vinland, durante os anos de 2014-18 e me demiti no final de 2018.
Eu considerava os Lobos uma organização privada tribal e religiosa. As ideologias políticas e filosóficas de seus membros individuais pareciam variar bastante quando eu era membro. Não tenho mais contato com os Lobos e não posso comentar suas visões coletivas atualmente, porque simplesmente as desconheço. Apoio a capacidade dos grupos de se formar livremente e experimentar todos os tipos de religiões e estilos de organização. Embora eu não me considere mais um defensor desse grupo especificamente, quero viver em um mundo onde eles tenham o direito de existir e fazer suas próprias coisas. Eu aprendi muito com os Lobos. Não me arrependo de ter me juntado aos Lobos de Vinland, mas também estou muito feliz por ter saído.

Operation Werewolf - OPWW
Operação Werewolf é uma empresa / movimento criado por Paul Waggener e sempre foi de sua propriedade e operado por ele. Ajudei-o a promover sua empresa ocasionalmente quando éramos amigos, mas nunca fui um participante ativo.
Muitos membros do OPWW também são leitores do meu trabalho, e alguns deles são ótimos profissionais que têm uma ampla variedade de visualizações. Como eu, a maioria deles gosta de levantar pesos, ouvir black metal, dar socos um no outro e fazer rituais pagãos na floresta - e isso tudo me deixa satisfeito.
O fato de alguns autores me terem identificado como o líder do OPWW (e às vezes do The Wolves, que nunca foi verdade) mostra o quão desleixada são suas pesquisas. Se eles erraram, você provavelmente deve se perguntar o que mais eles erraram e também questionar a competência e a integridade deles. Eu acho que você reconhecerá, na maioria dos casos, que são ativistas políticos radicais que dirão qualquer coisa que sirva à sua agenda - não os 'buscadores da verdade' ou 'cidadãos preocupados' que pretendem ser.

White Nationalism & The Alternative Right - Nacionalismo Branco e a Direita Alternativa
Às vezes sou chamado de nacionalista branco e isso é calúnia. Nunca me considerei um nacionalista branco e nunca afirmei publicamente ser um. Sempre acreditei na importância da liberdade de expressão e da livre troca de idéias - especialmente idéias impopulares. Se você não consegue lidar com a ideia de que em algum lugar, alguém tem uma idéia com a qual você não concorda - e você quer silenciá-la ou controlá-la - você é um pequeno tirano e, na minha opinião, um ser humano terrível.
Comecei a escrever sobre masculinidade para o alternativeright.com em 2011, quando recebeu vários dissidentes políticos e ideológicos que ocupavam uma ampla gama de posições tabus, reunidos na tradição de Henry Louis Mencken. Nesse momento, o que se tornou o 'Alt-Right' não era explicitamente nacionalista branco. Com o tempo isso mudou e após o incidente de Charlottesville (durante o qual eu estava em um show de rock no Oregon), eu cortei todos os laços com aqueles ativistas naquele movimento e revoguei a permissão que eu havia dado a eles para republicar meu trabalho. Eu sempre disse e escrevi que a 'supremacia branca' era estúpida e sempre acreditei que o nacionalismo branco não faz absolutamente nenhum sentido na América. Não escrevo e não escrevi material que deprecie outras raças. De fato, dadas minhas experiências diretas com os nacionalistas brancos, eu prefero ter uma conversa real com um homem negro que tenha senso de humor do que ouvir mais um nerd pastoso divagar sobre 'os judeus'. Embora nem todos os nacionalistas brancos estejam errados em relação a tudo, esse movimento é um beco sem saída (e também um esquadrão de tiro circular), e eu incentivo ativamente os jovens que querem se envolver com o nacionalismo branco a fazer algo produtivo com suas vidas. Eu lidei com muitos ativistas gays zangados e muitos ativistas nacionalistas brancos zangados em minha vida, e eles têm mais em comum do que pensam. Ambos querem se orgulhar de coisas que não são realizações legítimas.

Androphilia
Em 2007 eu escrevi um livro intitulado 'Androphilia: A Manifesto. Rejecting the Gay Identity, Reclaiming Masculinity'. A idéia principal por trás do livro era que a sexualidade não deveria definir um homem, e que experimentar alguma atração homossexual não significa que você deva optar por se comportar de maneira efeminada. A sexualidade é um eixo pobre para a identidade primária. Homens são homens independentemente de sua sexualidade, e acredito que eles devem se esforçar para conquistar o respeito e a honra de outros homens. Tirei 'Androphilia' do catálogo em 2017, porque segui meu próprio conselho e transcendi essa identidade e essa sexualidade. Prefiro ser definido por minhas próprias realizações e ser conhecido por meu compromisso em ajudar os homens a enfrentar os desafios de viver uma vida masculina no século XXI. Não promovo ou desencorajo a homossexualidade. Encorajo homens estáveis e talentosos que querem que seus filhos encontrem uma mulher e iniciem suas famílias. Neste momento estou convencido que, provavelmente, este seja o melhor caminho para a maioria dos homens. 
Já o meu caminho sempre foi diferente, e provavelmente viverei o resto dos meus anos como um 'classical Roman playboy' neste cosmopolita Império do Nada.

Jack Donovan

Androphilia: Jack Donovan e Jack Malebranche

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Ninguém nos tolera


Hells Angels kissing - San Francisco, California - 1964

Não se iludam, meus caros: pessoas ditas normais / heterossexuais, e até os adeptos do “gayismo”, não nos toleram. Somos caçoados o tempo todo, de forma velada ou explícita, neste patético país chamado Brasil.
Observem que de uns tempos para cá virou moda ter homens homossexuais como amigos ou convidados em reuniões sociais... se for uma dupla devidamente casada, melhor ainda. Isto, claro, em determinados círculos de pessoas "politicamente corretas" ou "sedentas por holofotes". Acho que tais pessoas sentem o mesmo prazer que “socialites”, de pequenas e grandes cidades brasileiras, tem quando participam de “festas de caridade” com o intuito de saírem em colunas sociais da mídia local.
E, tradicionalmente, eventos fúteis sem a presença dos exóticos / alegres / animados gays estão fadadas ao fracasso. Depois são expostos na mídia como troféus de satisfação burguesa. Quando tais gays não correspondem à esta imagem, frustram anfitriões e convidados.
Nunca se prestem a este papel. Não sou rancoroso e nem tolo, apenas conheço o mundo em que vivo. Por isto, eu caí fora destas arapucas sociais há muito tempo... e não me arrependo um dia sequer!

sábado, 3 de agosto de 2019

Gay Sunshine: pioneiro jornal dos EUA



Fui leitor do extinto pasquim “Lampião da Esquina”, onde havia indicação do livro “Sexualidade & Criação Literária: As Entrevistas do Gay Sunshine” - Winston Leyland - Editora Civilização Brasileira, 1980. Comprei-o de imediato e foi um deslumbramento entrar em contato com a seleção de entrevistas do tabloide gay de San Francisco-CA, selecionadas por Leyland. Prosas saborosas, ricas em detalhes de caras que fizeram a história cultural do século XX. Corram para os sebos virtuais / físicos e encomendem, restam pouquíssimos exemplares no Brasil já que nunca mais foi editado. São 6 entrevistados, completamente diferentes uns dos outros, que viveram intensamente todo o século passado... e assuntos ainda desconhecidos não faltam:

- Roger Peyrefitte(1907-2000): a maioria de vocês não chegou a conhecer tipos como ele, que abundavam em tempos de vacas gordas do século XX. Aristocráticos, pedantes, de famílias ricas tradicionais (falidas ou não), conservadores e reacionários até à medula. Topei e convivi com alguns deles aqui no Brasil e alhures.

- William Burroughs (1914-97): intelectual louco e brilhante, beatnik ou não, vida desregrada e sem limites. Algumas previsões suas se confirmaram no século 21, outras caducaram.

- Allen Ginsberg (1926-97): o mais famoso e midiático beatnik, com vasta obra e vida intensa, conheceu e conviveu com as pessoas mais interessantes possíveis.

- Christopher Isherwood (1904-86): educado e discreto, teve uma vida pródiga vivendo na Berlim pré nazista. Uma de suas obras deu origem ao filme Cabaret (Bob Fosse - 1974).

- John Rechy (1931-): além de grande escritor, teve uma vida inacreditável no underground como michê e bodybuilder (halterofilista / fisiculturista) pré academias musculação (100% masculinas).

- Gore Vidal (1925-2012): um visionário que 'pintou e bordou', arquivista do século passado. Suas 'profecias' continuam se concretizando.

- Tennessee Williams (1911-83): grande dramaturgo, vida intensa, mas um tanto quanto careta.

Winston Leyland + Gay Sunshine

sábado, 1 de junho de 2019

Doc Savage: super herói e sua Fraternidade


Capas das antigas revistas Doc Savage

Os anos 1930/40, período entre guerras, foram pródigos em revistas “pulp fiction” e filmes “noir” de extrema qualidade. Estas publicações foram sementes dos super-heróis, que proliferam na indústria de entretenimento até hoje. 
Lester Dent (1904-59), com seu pseudônimo Kenneth Robeson, criou o herói “Doc Savage” que se tornou grande sucesso em revistas e programas de rádio nos EUA. Doc era aventureiro e explorador / músico / homem da ciência (médico, inventor, pesquisador). Desde criança foi treinado pelo pai e equipe de cientistas para ser um homem forte / resistente / lutador / mestre em disfarces / com alto conhecimento científico para combater o mal. Sempre preservou a vida humana, mesmo a dos bandidos.
Todo seu dinheiro veio de grande herança familiar. Doc tinha uma Fortaleza da Solidão no Ártico para seus retiros, mas seu escritório ficava no 86º andar de um arranha-céu novaiorquino com elevador privado. Contava com frota de aviões / caminhões / carros / barcos guardados num hangar / armazém no Rio Hudson. 
Seus vários equipamentos tornaram-se realidade posteriormente: asas voadoras, secretárias eletrônicas, televisão, óculos de visão noturna, armas eletromagnéticas e automáticas.
Doc contava com a preciosa ajuda dos “5 Fabulosos”, seus talentosos auxiliares de alta confiança, absolutamente loucos e destemidos, que formavam uma Fraternidade: 1- Tenente-coronel Andrew Blodgett 'Monk' Mayfair, químico industrial. 2- General-brigadeiro Theodore Marley 'Ham' Brooks, talentoso advogado. 3- Coronel John 'Renny' Renwick, engenheiro civil e construtor. 4- Major Thomas J. 'Long Tom' Roberts, engenheiro eletrônico. 5- William Harper 'Johnny' Littlejohn, arqueólogo e geólogo. 
Nas décadas seguintes, pós II guerra mundial, novas edições foram feitas com outra estética e sem o brilhantismo gráfico de outrora. Filmes tentaram resgatar “Doc Savage”, mas foram um fracasso total graças à péssima produção não condizente com a elegância original do autor. Desconheço se foram lançadas revistas com suas aventuras no idioma português, seja no Brasil ou em Portugal.

5 Fabulosos - Doc Savage


quarta-feira, 3 de abril de 2019

Alexander von Humboldt: 1º ambientalista mundial e um adepto das Tradições Viris


Alexander von Humboldt - pintura de Friedrich Georg Weitsch, 1806

Nascido em Berlim, Alexander von Humboldt (1769-1859) foi um grande cientista (botânico, geógrafo, etnógrafo, antropólogo, físico, geólogo, mineralogista, vulcanólogo). Um homem homossexual livre, explorador, aventureiro e diplomata. Dono de sua própria vida e carreira, é considerado o 1º ambientalista mundial graças às suas pesquisas nos continentes europeu / asiático / americano. Legou à humanidade uma gigantesca e respeitada obra científica utilizada até hoje pela Comunidade Científica Mundial.

Fontes:

3. La Historia del gran pensador Alexander con Humboldt:
https://www.elpensante.com/la-historia-del-gran-pensador-alexander-con-humboldt/

Alexander von Humboldt e Aimé Bonpland no Orinoco - pintura de Eduard Ender

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Obscurantismo, retrocesso ou nada mudou?


Folsom State Prison - California, USA - 1978

Folsom State Prison (1880) é a 2ª prisão mais antiga da Califórnia, uma das 1ªs de segurança máxima dos EUA e a 1ª a ter energia elétrica no mundo. Esta foto de 1978 poderia ser deste ano de 2019. São prisioneiros tatuados malhando, um indicador que a estética masculina norte-americana (moda / culto ao corpo / costumes) das décadas de 1960/70 continua atemporal. Quanto à sobrevivência / às instalações / ao dia a dia dos prisioneiros, imagino que devam ser infinitamente menos cruel que em presídios brasileiros.
O seriado OZ (HBO - 1997/2003) se passava numa prisão norte-americana; um barril de pólvora com gangues de todas as etnias e facções imagináveis: nu frontal / sexo / violência / drogas foram mostrados sem cerimônia. Na época chegou a passar nas madrugadas pelo canal SBT; homens de todo jeito assistiam este seriado com uma excitação incontrolável. Hoje esta exibição em canal aberto seria inviável com o obscurantismo e falso moralismo reinantes neste Brasil. Fim de ciclo!

Rapaze prostitutos do Paresis Hall vestidos como comerciantes - New York City, 1880-90

Paresis Hall - Columbia Hall - NY.
O Columbia Hall, comumente conhecido como Paresis Hall, era um bordel / bar gay na cidade de Nova York na década de 1890. Localizado no Bowery perto de Cooper Union, o Hall foi gerido por James T. Ellison, e tomou o seu apelido de um termo usado para insanidade sifilítica. O prédio continha um bar no térreo, com dois andares de quartos acima que eram alugados. Um foi mantido permanentemente pelo Cercle Hermaphroditos, uma organização para transgêneros precoces, que lá guardavam roupas devido à ilegalidade e à hostilidade pública de se vestirem com roupas femininas. Paresis Hall era muito renomado e igualmente insultado na época; era alvo tanto de batidas policiais quanto de protestos religiosos. Apesar disso, evidências sugerem que ele esteve ativo até pelo menos 1899. Fonte: Wikipedia.

In the realm of the Silver Lion (1905) - Sascha Schneider (1870-1927)

O europeu Sascha Schneider (1870 - 1927), um dos pioneiros da arte homoerótica, viveu numa época turbulenta de grandes mudanças: repressões / revoluções / guerras cruéis que dão o tom até hoje na política mundial. Sua produção artística é uma crítica do seu presente e do que viria à frente... a medonha II Guerra Mundial. 
Em 2015, postei “Sascha Schneider e a arte homoerótica na Alemanha pré nazista”:

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Antigos banhos turcos e saunas: onde os homens se socializavam



O atual neo puritanismo cristão repete o que o cristianismo, em seus primórdios, fez com o mundo greco-romano dito pagão: exterminou os banhos públicos e a camaradagem entre homens da antiquidade. Até os anos 1980/90, quase toda cidade média brasileira tinha um banho turco ou sauna onde os homens se socializavam. A frequência era de todo tipo de homem, sem distinção, onde proseavam, bebiam, lanchavam e muitos aproveitavam para se aliviar com outros homens (entre uma sauna seca e úmida): sempre havia um canto, uma brecha, e ninguém dedurava ninguém... havia um código de ética não explícito que hoje parece lenda. Mesma coisa nos longos banhos de vestiários (fábricas, clubes, associações, academias), com todos nus, sem separação de boxes, onde a conversa ia longe: impensável nos dias de hoje.

“... em 410 dC, com seu império se desmoronando, os romanos se retiraram da Grã-Bretanha às pressas e em confusão, e tribos germânicas entraram em massa de tomaram seu lugar.
Por quase 4 séculos (os britânicos) haviam feito parte da mais poderosa civilização da Terra, e desfrutando de seus benefícios - água corrente, aquecimento central, boas comunicações, governos bem organizados, banhos quentes - todos desconhecidos pelos seus brutos invasores (tribos germânicas).”
“Os antigos gregos eram devotos ao banho. Gostavam de ficar nus - ‘gymnasium’ significa ‘lugar nu’ - e suar diariamente fazendo exercícios saudáveis, finalizando com um banho coletivo. Mas esses mergulhos eram apenas higiênicos, algo prático e rápido, O banho tipo balneário, vagaroso e lânguido, começa em Roma. Na dedicação aos banhos, ninguém se iguala aos romanos.
Os romanos amavam a água - uma residência encontrada em Pompéia tinha 30 torneiras. Sua rede de aquedutos abastecia as cidades principais com superabundância de água potável. A taxa de abastecimento de Roma era intensa, luxuosa: 1.100 litros per capitã por dia, ou seja, 7 ou 8 vezes mais do que o romano médio necessita hoje.
Para os romanos, os banhos eram mais do que um lugar para a limpeza corporal: eram um refúgio diário, um passatempo, um estilo de vida. As termas romanas tinham bibliotecas, lojas, salas de ginástica, barbeiros, esteticistas, quadras de tênis, lanchonetes e bordéis. Eram usadas por pessoas de todas as classes sociais. ‘Era comum, ao se conhecer um homem, perguntar onde ele costumava se banhar’, escreve Katherine Ashenburg em sua cintilante história da limpeza, The dirt on clean (O lado sujo da limpeza). Algumas termas romanas foram construídas em uma escala realmente palaciana. As grandiosas termas de Caracalla podiam receber 1.600 banhistas de uma vez só, as de Diocleciano, 3 mil.
Um romano podia passar por várias piscinas em diversos graus de aquecimento - desde o frigidarium, a mais fria, até a calidarium, a mais quente. No caminho, ele ou ela pararia no unctorium (ou unctuarium) para receber óleos e perfumes, e em seguida no laconium, ou banho de vapor. Ali, depois de um bom suor, os óleos eram raspados com um instrumento chamado strigil, para retirar a sujeira e outras impurezas. Tudo isto era feito numa ordem ritualística, embora não haja acordo entre os historiadores sobre qual seria esta ordem, pois os detalhes variavam conforme o lugar e a época. Há muita coisa que não sabemos sobre os romanos e seus hábitos de banho - se os escravos se banhavam com os cidadãos livres, qual a frequência e a duração dos banhos, qual o entusiasmo das pessoas. Os romanos por vezes expressavam preocupação sobre o estado da água e o que nela encontravam flutuando; ou seja, nem todos eram tão amantes dos banhos como supomos.
Mas o que parece certo é que durante boa parte da era romana os banhos eram marcados por um decoro rígido, o que garantia uma atitude saudável e correta; mas, com o passar do tempo, a vida nas termas - como a vida em Roma em geral - tornou-se mais leviana e passou a ser comum que homens e mulheres se banhassem juntos e, talvez, que as mulheres se banhassem com escravos do século masculino. Ninguém sabe ao certo o que os romanos faziam por lá, mas o que quer que fosse, não era bem-aceito pelos primeiros cristãos. Eles viam os banhos romanos como lascivos e depravados - algo moralmente sujo, ainda que higienicamente não fosse assim.
É curioso como o cristianismo sempre esteve pouco à vontade em relação à limpeza, e desde o início criou uma estranha tradição de associar santidade com sujeira. Quando são Tomás Becket morreu, em 1170, os que os enterraram observaram, com aprovação, que suas roupas de baixo estavam ‘pululando de piolhos’. Durante todo o período medieval, uma maneira quase certa de ganhar honras duradouras era fazer um voto de nunca se lavar. Muitas pessoas foram a pé da Inglaterra à Terra Santa, mas, quando um monge chamado Godric fez isso sem se molhar uma só vez, ele se tornou - pelo visto, inevitavelmente - São Godric.
Na Idade Média, a propagação da peste fez as pessoas examinarem melhor sua atitude para com a higiene e o que poderiam fazer para modificar sua suscetibilidade às epidemias. Infelizmente, em toda parte as pessoas chegaram justamente à conclusão errada. Todas as mentes mais brilhantes concordavam que o banho abre os poros da epiderme, e assim abre as portas para os vapores mortais, que invadem o corpo. A melhor política era tapar os poros com sujeira. Durante os 600 anos seguintes, a maioria das pessoas não se lavava, nem sequer se molhava, se pudesse evitar - e pagavam caro por isto. As infecções eram parte da vida cotidiana. Furúnculos, pústulas e erupções eram rotina. As pessoas se coçavam o tempo todo. O desconforto era constante, as doenças graves eram aceitas com resignação.”

‘Em casa: uma breve história da vida doméstica’.
Bill Bryson.
Companhia das Letras - 2011.

Vilela Valentin


domingo, 7 de outubro de 2018

Richard Francis Burton: meu padrão viril

Este cara é dos meus: sua biografia é um exemplo de homem interessante e libertário; eu gostaria que minha vida fosse tão aventureira quanto a dele.
Capitão Sir Richard Francis Burton (1821-1890) foi militar, escritor, tradutor, linguista, geógrafo, poeta, antropólogo, orientalista, erudito, espadachim, explorador, agente secreto, diplomata britânico... quer mais? Provavelmente seu casamento foi por conveniência, numa época profundamente puritana, com leis punitivas e rigorosas para homens libertários; para sorte dele teve uma esposa cúmplice e amiga impecável. Ele pouco parou na Grã Bretanha vitoriana, caiu no mundo, chegando a morar em Santos - São Paulo - Brasil conforme relatos em um de seus livros; sua alma exploradora o salvou da mediocridade de uma vida burguesa que lhe seria fatal. Para entender sua vida, deve-se deixar de lado o ‘politicamente correto’ atual e mergulhar nos costumes do Império Britânico do século XIX. Para leitura mais completa, onde compilei uns poucos trechos, acesse:  https://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Francis_Burton

Richard Francis Burton

"Das explorações e aventuras como agente e estudioso na Ásia e África aos escândalos e controvérsias que permearam sua vida, Burton é sem dúvida uma das personalidades mais extraordinárias e fascinantes do século XIX. Falava 29 idiomas e vários dialetos, sendo perito na arte do disfarce, o que lhe possibilitou em seus anos de militar na Índia e em Sindh viver entre os povos do Oriente, os quais registrou em uma série de livros. Estudou os usos e costumes de povos asiáticos e africanos, sendo pioneiro em estudos etnológicos. Viajou a cidade sagrada de Meca, mortalmente proibida a não muçulmanos, disfarçado de afegão; e também a Harar, capital da Somália, de onde nenhum outro homem branco havia saído com vida. Junto com John Haning Speke explorou a região dos Grandes Lagos africanos e descobriu o lago Tanganica. Serviu como cônsul em Fernando Pó, atual Bioko, Damasco, Santos e Trieste. Percorreu, também, o rio São Francisco, passando longo período em Minas Gerais e na Bahia. Traduziu uma versão não censurada de As Mil e Uma Noites, acrescentando uma série de notas a respeito de pornografia, homossexualidade e sexualidade feminina. Sob o risco de ser preso, traduziu manuais eróticos, entre eles o Kama Sutra, e mandou imprimi-los. Sua postura liberal e interesses eruditos contribuíram para torná-lo uma figura polêmica e controversa na Inglaterra, pois despertou a fúria e o puritanismo vitoriano.”

“Burton ao longo de sua vida foi um aventureiro temerário, uma figura complexa e polêmica. Sobre sua existência pairava uma série de rumores e suas opiniões contribuiriam para torná-lo uma pessoa não muito bem vinda nos lares vitorianos. Em seus livros e traduções, notas e ensaios, comentou abertamente os mais variados hábitos sexuais dos povos que explorou, sendo preciso e minucioso: chegou a medir o pênis de um africano. Os inúmeros detalhes e temas e a maneira franca e ousada como os dissertava ofendiam a moral vitoriana e a classe media inglesa. Sua vida na Índia demonstra que participou ativamente de rituais sexuais e religiosos dos nativos, o que representou uma quebra e uma afastamento da moral cristã ocidental, rompendo com tabus sexuais, raciais e sociais de seu tempo.
Após relatar a ocorrência de oficiais britânicos que usavam dos serviços de jovens rapazes nos bordéis de Karachi, não faltaram rumores relacionando Burton e a homossexualidade, que pairou sobre sua vida desde então, especulada ainda mais por sua amizade com o poeta Algernon Swinburne e por andar frequentemente em companhia de jovens rapazes. Os biógrafos estão em desacordo sobre se Burton teve ou não relações homossexuais. Estas alegações tinham começado no Exército por ocasião de uma investigação secreta a pedido do almirante Charles Napier, efetuada dentro de uma casa fechada masculina frequentada por soldados britânicos. Alguns enxergaram na precisão de detalhes do relato de Burton uma indicação de que ele próprio frequentava o estabelecimento. Seus escritos posteriores sobre o tema da pederastia e o fato de que o casal Burton não tenha tido filhos alimentaram ainda mais as especulações. Burton possuía uma natureza explosiva e irascível, seu temperamento irônico despertou inimigos em diversos cantos do mundo.”

Francis Richard Burton

sábado, 4 de agosto de 2018

Fascinus: o falo ereto protetor no Império Romano


Fascinus

No Império Romano do Ocidente, havia um amuleto muito popular como proteção divina para afastar doenças e mal olhado: o Fascinus. Sua origem vem do fascus / fascinum, personificações do falo divino. Modernamente a palavra fascinação vem do verbo fascinare: lançar ou invocar feitiço.
O fascinus era encontrado em: entrada de casas, carruagens militares, joalheria (anéis, pingentes), esculturas, baixo e alto relevos, lâmpadas, sinos de vento.
Seu formato era sempre de um pênis ereto, relacionado originalmente ao poder regenerativo da virilidade. Quando tinha forma de um falo alado, era associado ao deus Príapo conhecido pelo seu pênis gigante e em permanente ereção.
Este talismã era usado por todos sem exceção, senhores ou escravos. Era muito comum que as mães colocassem fascinus em suas crianças, pela grande mortalidade infantil da época. Mas era entre os soldados, de todas as patentes da invencível legião romana, que este amuleto era mais usado.

Fascinus

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Deuses Greco-romanos e sua Mitologia


Conselho dos Deuses (1517/18) - Rafael

“Deuses
Na concepção greco-romana, os deuses eram entidades superiores imortais, estabelecidas pelo homem como resposta ideológica aos mistérios da natureza e da vida. Concretizavam-se sob a forma de mito. Embora tivessem o princípio da imortalidade, personificavam as qualidades e os defeitos humanos. Podiam ser questionados e até escarnecidos, sem que isso representasse uma atitude sacrílega.
Classificavam-se em divindades primordiais: Caos, Terra, Eros, Érebo, Céu, Noite, Éter, Dia, Mar, Titãs, Ciclopes, Hecatônquiros;
Divindades superiores, que formavam o Conselho do Olimpo: Júpiter, Juno, Vesta, Ceres, Apolo, Diana, Minerva, Mercúrio, Vênus, Vulcano, Netuno, Marte e, mais tarde, Baco;
Divindades siderais: Sol, Lua, Aurora;
Divindades dos ventos: Bóreas, Zéfiro, Euro, Noto, Éolo;
Divindades das águas: Oceano, Nereu, Proteu, Ninfas e deuses fluviais;
Divindades alegóricas: Justiça, Fortuna, Vitória, Paz, Amizade, Sabedoria, Verdade, Prudência, Liberdade.”


- Fonte:  Dicionário de Mitologia Greco-Romana - Victor Civita - Abril Cultural - 1973.

Hércules (latim) ou Héracles (grego): semideus filho de Júpiter (Zeus) e Alcmena

“Deuses Gregos e Romanos
Durante o século IV e III aC, os romanos encontram os gregos que estavam instalados na região sul do que hoje é a Itália desde o século VIII aC. Além de alguns conflitos e trocas de mercadorias, esses dois povos trocaram, ou melhor, começaram a trocar algo igualmente importante: idéias.
Entre os séculos II e I aC os romanos conquistam a Península Balcânica, local em que a civilização grega se desenvolveu. Lá os romanos fizeram muitos escravos, entre eles diversos sábios gregos.
Ao chegarem em Roma, esses sábios escravizados realizaram diversas funções como, por exemplo, educar os filhos das famílias aristocráticas do Império. Ao educar essas crianças, os sábios passavam muitos dos seus valores para elas. Ou seja, transmitiram valores da cultura grega às crianças romanas, fazendo com que estas assimilassem esses valores e misturassem aos seus próprios, como no caso dos deuses e da religião.
As crianças se tornam adultas, mas não perdem os valores passados pelos sábios gregos. Esses adultos acabam dando continuidade a esses valores. Existem vários exemplos dessa mescla de valores, mas o mais conhecido é a associação dos deuses gregos aos deuses romanos. Zeus, o principal deus grego foi associado a Júpiter. Ares, deus da guerra dos gregos foi associado a Marte, o deus romano da guerra. Portanto, através dessa associação, várias características dos deuses gregos foram incorporadas aos deuses romanos.”


- Fonte:  https://historiadomundo.uol.com.br/artigos/deuses-gregos-romanos.htm


segunda-feira, 2 de abril de 2018

“Androfobia” - “Ser Homem é crime?”, segundo Ricardo Líper



Aqui em Pindorama (Brasil) tentam nos classificar, mas não conseguem. Nos EUA, a mesma coisa acontece com Jack Donovan. Transcrevo recentes textos de Ricardo Líper sobre críticas tolas e desprovidas de fundamentos:

Ser Homem é crime? - Ricardo Líper
"Existem homens que gostam tanto de ser homens, que só se relacionam sexualmente entre eles. Jack Donovan é um deles; escreveu sobre como é bom ser másculo, se relacionar afetiva e eroticamente com outros homens. Ele vive cultuando e pesquisando a masculinidade.
... Afinal é crime pesquisar a masculinidade? É errado um homem gostar de ser homem? Pensam que ser homem é porrada, ignorância e dominação das mulheres? Quer dizer ser homem sem roubar, ser sensato, procurar ser forte emocionalmente, enfrentar as dificuldades como um guerreiro adaptado à realidade atual é errado? E admirar a maneira de falar, ser, andar, vestir, exprimir sua masculinidade também está errado? E, principalmente, pesquisar e estudar o que é realmente masculinidade criada por vários homens em várias culturas e épocas? A masculinidade, assim como outros comportamentos, é uma cultura, filosofia e uma ética. Isso, que eu saiba, para uma pessoa que lê e é sensata, não é um crime ou um ataque às mulheres e aos homens que querem ser mulheres e os que são heteronormativos. Eles também querem, como todos, ser como são e representados no mundo onde vivem por outros iguais a eles. É um novo tipo de pessoas oprimidas."

Androfobia - Ricardo Líper
"Existe, e cada vez mais forte, a masculinofobia, androfobia ou misandria. Não se quer apenas que todos sejam iguais, querem eliminar a masculinidade. Ficam sempre descrevendo os homens como os do momento histórico do patriarcalismo. Confundem relações de poder com masculinidade. Por mais que eles sejam liberais e a favor de uma igualdade entre todos, insistem que ser homem é a mesma coisa que um estúpido dominando e dando porrada em todo mundo. Como pesquiso e estudo também sobre a masculinidade entre homens, não posso reduzir a masculinidade, que é uma cultura, a uma caricatura do que é ser homem e masculino."

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Homem que transa com homem não precisa / pode


Aleksej Gennadievitsch Kulakov

O homem que transa com homem não precisa:
- falar manhoso;
- vestir saias;
- usar calcinhas;
- se maquiar;
- requebrar feito uma mulher no cio;
- expor sua orientação sexual;
- levantar bandeiras separatistas;
- ser adepto do ‘gayismo’;
- achar que o mundo é gay;
- nem achar que o mundo é hétero;
- transar com todo mundo;
- dizer que mulher não presta;
- perguntar qual o tamanho do pau do outro;
- usar termos do vocabulário gay;
- visitar lugares com bandeiras hétero ou gls.

Homem que transa com homem pode:
- manter a voz de homem;
- manter seu jeito de homem;
- manter suas amizades sem precisar expor sua vida sexual;
- manter sua família sem que ela saiba o que faz na cama;
- jogar futebol;
- surfar;
- falar gírias;
- não ser tão educadinho quanto pedem que seja;
- manter sua personalidade;
- não ter preconceito com os afetados;
- mesmo que não transe com mulheres, saber que elas: são necessárias e que não precisa imitá-las para conquistar outro homem.

Nota: fiz algumas intervenções no texto original (autoria anônima) que deu origem à esta postagem.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Alexandre Magno e seus contemporâneos

A vida de Alexandre o Grande (356 - 323 aC) é conhecida e admirada, mas a biografia de seus contemporâneos não fica atrás e merece ser divulgada.


Ptolomeu I Sóter

Ptolomeu I Sóter (Macedônia, 367 - Alexandria, 283 aC): foi um dos importantes generais de Alexandre e, certa vez, salvou sua vida. Morto Alexandre, herdou com 62 anos o Egito na divisão do império. Com ele, Alexandria se transformou numa grande capital intelectual e substituiu Atenas na difusão da cultura helênica. Ptolomeu montou um museu e uma grande biblioteca (700 mil volumes) com centenas de sábios financiados pelo Estado. Com tantos eruditos, foi a Matemática que mais sobressaiu graças a Euclides, Aristarco e Arquimedes.


Epicuro

Epicuro (Samos, 341 - Atenas, 270 aC): “O supremo bem está no prazer, e o prazer autêntico é calmo, durável, uma espécie de repouso. O sábio deve afastar-se dos desejos impetuosos, cheios de violência e angústia; evitar as paixões eróticas ou políticas, que serão fontes de dor. Os homens devem desembaraçar-se do temor aos deuses e das ambições, para obter o uso racional e moderado dos prazeres. Por que temer a morte e os infernos, se a alma não passa de um conjunto de átomos que se desintegram com o corpo?” Estas frases são a base do epicurismo e representam a filosofia da Grécia em crise, de pessoas com medo do mundo. Somente três cartas de Epícuro sobreviveram e graças a Lucrécio tivemos um estudo detalhado deste grande filósofo. 


Lísipo: busto de Alexandre Magno

Lísipo (Sicião, 390 - 305 aC): o escultor predileto de Alexandre foi autor de aproximadamente 1.500 obras. Criou sua própria escola, não seguindo a rigidez aristocrática de Policleto; em suas obras, os personagens parecem ter vida. Lísipo negava a solenidade do passado, ressaltando o humanismo. Como os sofistas, ele acreditava na capacidade ilimitada do homem para se educar, não aceitando a idéia de que somente a aristocracia transmitiria a sabedoria.


Aristóteles

Aristóteles (Estagira, 384 - Cálcis, 322 aC): com 17 anos foi estudar com Platão, em Atenas. Acumulou o saber com a física, metafísica, biologia, política e sistematizou a lógica. Em 347 aC, tornou-se preceptor de Alexandre na Macedônia. 12 anos depois, voltou a Atenas e abriu uma escola de filosofia. Foi perseguido, como Sócrates, acusado de desrespeito aos deuses. Para não morrer, fugiu para a ilha de Eubéia e morreu aos 62 anos.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

O Código dos Homens - Jack Donovan - Editora Simonsen


Diabolus Rex, Jack Donovan, Trevor Blake - Washington, 2012

Jack Donovan (JD) é um cara que sabe das coisas. Em seu livro “O Código dos Homens”, escreveu que só há um remédio para estancar o enfraquecimento contínuo do homem contemporâneo: a formação de gangues masculinas (não em seu sentido pejorativo) com a absoluta confiança de seus participantes. Ele faz uma precisa análise das corporações militares / irmandades / fraternidades masculinas, desde a Antiguidade, para defender suas ideias que começaram em seu primeiro livro 'Androphilia, a Manifesto: rejecting the gay identity, reclaiming masculinity' (Scapegoat Publishing, 2006) escrito com o pseudônimo Jack Malebranche. Propõe novas formas de defesa e sobrevivência num mundo hostil e violento, usando e abusando da boa e velha ‘licença poética’.
Tardiamente escrevo sobre esta obra, a 1ª de JD lançada em português (2015). Reitero que o universo do autor é o masculino habitante dos EUA / Canadá / Europa Ocidental / Austrália. A barbárie já chegou em todos os continentes, e ele é um defensor da cultura e do território físico de sua nação (EUA) com uma visão viril do século XXI: bem humorada, irônica na medida certa, distante do gayismo, feminismo e do politicamente correto. Todo cuidado é pouco ao interpretar e criticar esta obra, pois ela foi feita para homens libertários e com a mente extremamente aberta. Leiam este livro, que é agradável e útil para nós.
Atentem para algumas pertinentes frases desta obra literária visceral de Jack Donovan:

- “Se você for um bom rapaz, pode se enroscar na segurança uterina de seu apartamentinho de condomínio em estilo ‘soviete-nouveau’, com seus trastes confortáveis, e desfrutar de suas indulgências meticulosas, sua dieta ‘gourmet’, sua cerveja exclusiva. Pode ocupar o tempo procurando se adestrar na arte de reduzir suas emissões de carbono, ou fazer sua parte indo de bike para o trabalho, costurando displicentemente no meio de uma barragem de caminhões e de carros capazes de esmagá-lo por puro prazer.”

- “Passe mais tempo em contato com homens geograficamente próximos. Havendo amigos íntimos na região, cogitem em se mudar para o mesmo condomínio ou em morar a uma distância de poucos quarteirões uns dos outros.”

- “É preciso definir seu grupo. E preciso definir quem faz parte dele e quem não faz, e identificar as ameaças latentes. É preciso demarcar e preservar uma espécie de zona de segurança ao redor do perímetro de seu grupo.”

- “Um dos problemas com os estados assistencialistas inchados é que eles transformam todos nós em crianças ou indigentes, daí serem uma afronta e um obstáculo à masculinidade adulta.”

- “Pessoas com menos de quarenta anos já começam a perceber que o dinheiro que pagam à Seguridade Social não estará lá - ou não valerá mais nada - à época em que chegarem à velhice.”

- “Uma amizade sólida é como qualquer outro tipo de relacionamento: exige concessões mútuas, exige um tempo e uma história.”

- “Homem não é só uma coisa em que a gente se torna; é também um modo de ser, um percurso a seguir, um modo de agir.”

- “A palavra ‘virtude’ vem do latim ‘virtus’. Para os antigos romanos, virtus significava virilidade, e virilidade significava valor marcial. Demonstrava virtus aquele que exibisse força, coragem e lealdade à tribo na hora de defendê-la ou de atacar os inimigos de Roma.”

- “Força, coragem, destreza e honra são as virtudes práticas de homens obrigados a confiar uns nos outros, num cenário da pior espécie.”

- “Os homens são indivíduos com interesses próprios, e não precisam que as mulheres lhes ensinem como serem homens. Os homens sempre tiveram próprio código de conduta, o Código de Gangue, e sempre tiveram um mundo à parte ao das mulheres.”

- “Gangue: uma coalizão hierárquica de machos, ligados mutuamente e aliados na imposição de seus interesses contra forças externas.”


quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Tempos difíceis



Frase banal, do nosso cotidiano. Mas reitero que os tempos andam difíceis e sem perspectiva / melhora no horizonte para nós, homens adeptos das antigas Alianças e Tradições Viris. Os demais homens brasileiros (heterossexuais programados ou não / bissexuais / gays) tocam suas vidas e seu cotidiano comodamente, dentro dos costumes vigentes e vigilantes de nossa população.
Porem, viver dentro dos padrões dos antigos homens (Helênicos / Hérulos / guerreiros romanos devotos de Mitra / Pashtuns / Samurais / Templários / adeptos da antiga Androphilia / Hérulos / Taifalis / Celtas) é uma luta diária. Vide página ‘Tradições Viris’ (menu horizontal superior).
Mas fazer o que: jogar a toalha, entrar no esquemo, vivenciar o que não somos? Ser um dos nossos é um caminho sem volta... portanto tratemos de ser felizes e independentes, bem preparados para o presente e o futuro, equilibrados física e mentalmente. Nossa verdade será sempre nossa bússola!
Os homens dos mais longínquos rincões de nosso país se igualam a olhos vistos, perdendo suas características culturais regionais de outrora. Vivem na mesmice com seus padrões comportamentais de sempre: ou ligados excessivamente ao futebol ou às religiões repressoras, não tem escapatória. Entre num boteco para tomar um trago, vá numa barbearia, puxe uma conversa e comprove. Homens libertários foram se exaurindo... raridade encontrar um macho libertário com boa prosa.
Infelizmente não sou líder; não sei liderar ninguém. Sei que precisamos de uma liderança (individual / grupal - regional / nacional) para que não haja dispersão de nossas ideias e de nossos adeptos. Minha colaboração se resume a este blog, que levo muito a sério desde a década passada. Peço que continuem a me escrever via e-mail, pois fico muito feliz quando recebo mensagens de vocês. Sou muito bicho do mato, sem contar que não sou imediatista e juvelinista... atributos imprescindíveis na internet. Uso celular apenas para ligações, WhatsApp e olhe lá. E-mails, leitura de blogs e sites acesso apenas via PC - levo meu notebook sempre comigo.
Continuemos sempre com nossa verdade e nossos ideais!


quinta-feira, 1 de junho de 2017

Fuja do gayismo e pratique sua virilidade


“Se vc é homem homossexual e gosta de ser macho,
fuja das armadilhas do gayismo” - Fraterno Viril

“Intriga e divulgação maldosa da vida alheia faz parte do cotidiano de alguns homens brasileiros que se declaram ‘gays’. Não é incomum chamarem entre si por nomes femininos. Reinam em alguns segmentos profissionais, onde criam jargões tolos utilizados posteriormente por pessoas desavisadas e fúteis. São continuamente desrespeitados e servem de caçoada generalizada. Não se emendam e orgulhosamente acham que estão sempre certos. Bravejam direitos / dignidade / respeito, mas não os praticam no dia a dia. Bebem do próprio veneno.”
Fraterno Viril.

"Concordo que seja perigoso equiparar uma relação homossexual com um casamento heterossexual. Porque então todo o sistema burguês de obrigações e o próprio conceito de propriedade viriam a baixo, a reboque."
Christopher Isherwood - entrevista dada a Winston Leyland, 1973.

“O my brothers! O my others! Tend with lovingness and laud with sparkle spurt and splash the fervor and frivolity of the god between your thighs!”
James Broughton (1913-1999).

"... a bicha privilegiada, exagerada, efeminada, mexeriqueira, rica, preocupada com a moda, dada a 'parler chiffon', e quase histérica."
Allen Ginsberg (1926-1997), entrevista dada a Allen Young, 1972.

“Se não se ama uma pessoa sexualmente, então não se ama essa pessoa.”
Gore Vidal, 1974.

“Pratique sua virilidade!”
Fraterno Viril.


“O Gayismo seria o câncer da homossexualidade masculina?” 
Fraterno Viril.

“Se vc é homem homossexual e gosta de ser macho, fuja das armadilhas do gayismo.”
Fraterno Viril

"La verdad está aquí dentro, fuera sólo hay ira. Si piensas que la aventura es peligrosa, prueba la rutina. Es mortal.”
La marcha del camionero - blog.

“Toda luta é uma luta entre paus, entre sacos.”
AndroSpartan - Rio de Janeiro, Brasil.

- “Evito exposição na mídia e cultuo a discrição. Proponho um retorno aos éticos e antigos valores viris, mas não bebo da fonte do autoritarismo e das ideologias de extremas direita e esquerda.
- Não sou adepto do Gayismo, mas sim das antigas Alianças e Tradições Viris.
- Não sou uma corrente dissidente dos Movimentos Gay ou LGBT. Respeito e reconheço a luta destes grupos em defesa de seus direitos civis.
- Não quero e não pretendo exercer qualquer tipo de liderança. Aprecio o contato, direto e franco, apenas com homens que pensem como eu. Aos demais, que sigam seus caminhos.
- Não recruto ninguém, quero qualidade e não quantidade de camaradas.
- A manutenção do equilíbrio físico / mental / espiritual é uma dura batalha a ser travada e vencida, diariamente, por homens como nós.”

Fraterno Viril.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Tolkien e sua fraternidade masculina


Antigas fraternidades norte-americanas e britânicas

J.R.R. Tolkien (John Ronald Reuel Tolkien - 1892/1973) é considerado uma dos maiores escritores da língua inglesa. Entre várias e extensas obras, escreveu O Senhor dos Anéis (1954/55) e O Hobbit (1937). Transcrevo curioso texto sobre Tolkien e sua fraternidade masculina da Universidade Oxford:

“Tolkien passava a maior parte de seu tempo em um universo completamente masculino. Isto era, em parte, regido por costumes sociais da época. Homens e mulheres não casados tinham permissão para se misturar somente quando acompanhados e as poucas mulheres que estudavam em Oxford frequentavam as aulas nas faculdades exclusivas para elas, como Lady Margareth Hall e St. Hilda. Tudo isso parecia natural para Tolkien e seus amigos e, em muitos aspectos, ele estava estendendo sua adolescência livre da presença feminina, desfrutando da companhia de outros homens. É certo que Tolkien havia encontrado Edith e, sozinho em seu quarto vazio com vista para Turl Street, ainda ansiava por ela quando a agitação de uma noite de debate e bebida acabava. Mas os jovens que haviam vindo das escolas de todo o país e formado seus próprios grupos como o T.C. - B.S. queriam a companhia uns dos outros e, em suas mentes, mulheres simplesmente teriam arruinado esta dinâmica. Ao menos para Tolkien, não havia nenhum indício de homossexualidade nisso. De fato, mais tarde, ele alegou que não sabia o que era isso até ser recrutado pelo exército. Este universo completamente masculino era mais parecido com a camaradagem de meninos brincando de caubói e índio ou piratas.”
Fonte:  ‘J.R.R. Tolkien, o senhor da fantasia’ - Michael White - Darkside Books.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Feminização do homem, segundo Gore Vidal em 1973/74


Fim do ciclo viril?

Transexual e transgênero são assuntos delicados e devem ser tratados com respeito. Já a feminização e a androginia seriam fenômenos cíclicos?

Gore Vidal (1925-2012) foi um dos maiores escritores norte-americanos. Aristocrata de nascimento, ele botou o dedo na ferida do puritanismo (fundamentalismo cristão) e da hipocrisia de seu país. Não deixava pedra sobre pedra, fez e escreveu o que quis durante toda sua vida. Foi amigo e transou, segundo ele, com quase todos o caras da Beat Generation. Como todo bom intelectual, combativo e libertário, calava a boca de seus adversários com suas bem fundamentadas ideias de suas antológicas obras. Homens como ele fazem muita falta. Seguem alguns trechos de duas entrevistas dadas a John Mitzel / Steven Abbott (1973) e a Steven Abbot / Tom Willenbecher (1974):

- “Quando eu era moço, havia toda uma população flutuante de machos héteros que queriam dinheiro ou excitação ou o que fosse e davam a bunda por um certo período da vida. Depois, casavam e terminavam como trabalhadores da indústria de construção civil, bombeiros ou policiais. Pronto, a página fora virada. Agora emergiu um novo tipo, que me parece feminino: ombros macios, músculos de seda, cadeiras largas, voz estridente.”
- “Não sei se o corpo está mudando fisicamente, se alguma espécie de mutação está em curso, se a natureza não estará dizendo, pelo instinto, que não precisamos mais de bebês. Os homens estão ficando um pouco menos masculinos, e as mulheres um pouco menos femininas.”
- “Na minha mocidade, se o atleta mais formoso era ‘entendido’, todos os garotos iam para a cama uns com os outros. Se não era, os demais o imitavam e iam para a cama com as meninas. Eu desenvolvi a teoria de que os estudantes tendem a imitar as preferências sexuais do ídolo da escola.”
- “Claro que dá em passividade. Os meninos eram criados antigamente nos quintais ou terrenos baldios dos fundos das casas, jogando beisebol ou pulando muros e fazendo todas as outras coisas que meninos fazem. Agora desde pequenos vivem pregados em anúncios de televisão e comendo porcarias de lata.”
- “Conheço a mania da mídia, de rotular todo mundo. Sim, ele é a Bicha Oficial. Sim, ele é o Marxista Oficial.”
- “O intelectual é a última pessoa a querer ir para a cama. Ou o veado. A bicha nervosa.”
- “Se não se ama uma pessoa sexualmente, então não se ama essa pessoa.”
- “Sou tão promíscuo quanto posso.”