Nem todo homem gosta da instituição do casamento. Nem todo homem é adepto do 'crescei e multiplicai'.

sábado, 3 de agosto de 2019

Gay Sunshine: pioneiro jornal dos EUA



Fui leitor do extinto pasquim “Lampião da Esquina”, onde havia indicação do livro “Sexualidade & Criação Literária: As Entrevistas do Gay Sunshine” - Winston Leyland - Editora Civilização Brasileira, 1980. Comprei-o de imediato e foi um deslumbramento entrar em contato com a seleção de entrevistas do tabloide gay de San Francisco-CA, selecionadas por Leyland. Prosas saborosas, ricas em detalhes de caras que fizeram a história cultural do século XX. Corram para os sebos virtuais / físicos e encomendem, restam pouquíssimos exemplares no Brasil já que nunca mais foi editado. São 6 entrevistados, completamente diferentes uns dos outros, que viveram intensamente todo o século passado... e assuntos ainda desconhecidos não faltam:

- Roger Peyrefitte(1907-2000): a maioria de vocês não chegou a conhecer tipos como ele, que abundavam em tempos de vacas gordas do século XX. Aristocráticos, pedantes, de famílias ricas tradicionais (falidas ou não), conservadores e reacionários até à medula. Topei e convivi com alguns deles aqui no Brasil e alhures.

- William Burroughs (1914-97): intelectual louco e brilhante, beatnik ou não, vida desregrada e sem limites. Algumas previsões suas se confirmaram no século 21, outras caducaram.

- Allen Ginsberg (1926-97): o mais famoso e midiático beatnik, com vasta obra e vida intensa, conheceu e conviveu com as pessoas mais interessantes possíveis.

- Christopher Isherwood (1904-86): educado e discreto, teve uma vida pródiga vivendo na Berlim pré nazista. Uma de suas obras deu origem ao filme Cabaret (Bob Fosse - 1974).

- John Rechy (1931-): além de grande escritor, teve uma vida inacreditável no underground como michê e bodybuilder (halterofilista / fisiculturista) pré academias musculação (100% masculinas).

- Gore Vidal (1925-2012): um visionário que 'pintou e bordou', arquivista do século passado. Suas 'profecias' continuam se concretizando.

- Tennessee Williams (1911-83): grande dramaturgo, vida intensa, mas um tanto quanto careta.

Winston Leyland + Gay Sunshine

sábado, 1 de junho de 2019

Doc Savage: super herói e sua Fraternidade


Capas das antigas revistas Doc Savage

Os anos 1930/40, período entre guerras, foram pródigos em revistas “pulp fiction” e filmes “noir” de extrema qualidade. Estas publicações foram sementes dos super-heróis, que proliferam na indústria de entretenimento até hoje. 
Lester Dent (1904-59), com seu pseudônimo Kenneth Robeson, criou o herói “Doc Savage” que se tornou grande sucesso em revistas e programas de rádio nos EUA. Doc era aventureiro e explorador / músico / homem da ciência (médico, inventor, pesquisador). Desde criança foi treinado pelo pai e equipe de cientistas para ser um homem forte / resistente / lutador / mestre em disfarces / com alto conhecimento científico para combater o mal. Sempre preservou a vida humana, mesmo a dos bandidos.
Todo seu dinheiro veio de grande herança familiar. Doc tinha uma Fortaleza da Solidão no Ártico para seus retiros, mas seu escritório ficava no 86º andar de um arranha-céu novaiorquino com elevador privado. Contava com frota de aviões / caminhões / carros / barcos guardados num hangar / armazém no Rio Hudson. 
Seus vários equipamentos tornaram-se realidade posteriormente: asas voadoras, secretárias eletrônicas, televisão, óculos de visão noturna, armas eletromagnéticas e automáticas.
Doc contava com a preciosa ajuda dos “5 Fabulosos”, seus talentosos auxiliares de alta confiança, absolutamente loucos e destemidos, que formavam uma Fraternidade: 1- Tenente-coronel Andrew Blodgett 'Monk' Mayfair, químico industrial. 2- General-brigadeiro Theodore Marley 'Ham' Brooks, talentoso advogado. 3- Coronel John 'Renny' Renwick, engenheiro civil e construtor. 4- Major Thomas J. 'Long Tom' Roberts, engenheiro eletrônico. 5- William Harper 'Johnny' Littlejohn, arqueólogo e geólogo. 
Nas décadas seguintes, pós II guerra mundial, novas edições foram feitas com outra estética e sem o brilhantismo gráfico de outrora. Filmes tentaram resgatar “Doc Savage”, mas foram um fracasso total graças à péssima produção não condizente com a elegância original do autor. Desconheço se foram lançadas revistas com suas aventuras no idioma português, seja no Brasil ou em Portugal.

5 Fabulosos - Doc Savage


quarta-feira, 3 de abril de 2019

Alexander von Humboldt: 1º ambientalista mundial e um adepto das Tradições Viris


Alexander von Humboldt - pintura de Friedrich Georg Weitsch, 1806

Nascido em Berlim, Alexander von Humboldt (1769-1859) foi um grande cientista (botânico, geógrafo, etnógrafo, antropólogo, físico, geólogo, mineralogista, vulcanólogo). Um homem homossexual livre, explorador, aventureiro e diplomata. Dono de sua própria vida e carreira, é considerado o 1º ambientalista mundial graças às suas pesquisas nos continentes europeu / asiático / americano. Legou à humanidade uma gigantesca e respeitada obra científica utilizada até hoje pela Comunidade Científica Mundial.

Fontes:

3. La Historia del gran pensador Alexander con Humboldt:
https://www.elpensante.com/la-historia-del-gran-pensador-alexander-con-humboldt/

Alexander von Humboldt e Aimé Bonpland no Orinoco - pintura de Eduard Ender

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Obscurantismo, retrocesso ou nada mudou?


Folsom State Prison - California, USA - 1978

Folsom State Prison (1880) é a 2ª prisão mais antiga da Califórnia, uma das 1ªs de segurança máxima dos EUA e a 1ª a ter energia elétrica no mundo. Esta foto de 1978 poderia ser deste ano de 2019. São prisioneiros tatuados malhando, um indicador que a estética masculina norte-americana (moda / culto ao corpo / costumes) das décadas de 1960/70 continua atemporal. Quanto à sobrevivência / às instalações / ao dia a dia dos prisioneiros, imagino que devam ser infinitamente menos cruel que em presídios brasileiros.
O seriado OZ (HBO - 1997/2003) se passava numa prisão norte-americana; um barril de pólvora com gangues de todas as etnias e facções imagináveis: nu frontal / sexo / violência / drogas foram mostrados sem cerimônia. Na época chegou a passar nas madrugadas pelo canal SBT; homens de todo jeito assistiam este seriado com uma excitação incontrolável. Hoje esta exibição em canal aberto seria inviável com o obscurantismo e falso moralismo reinantes neste Brasil. Fim de ciclo!

Rapaze prostitutos do Paresis Hall vestidos como comerciantes - New York City, 1880-90

Paresis Hall - Columbia Hall - NY.
O Columbia Hall, comumente conhecido como Paresis Hall, era um bordel / bar gay na cidade de Nova York na década de 1890. Localizado no Bowery perto de Cooper Union, o Hall foi gerido por James T. Ellison, e tomou o seu apelido de um termo usado para insanidade sifilítica. O prédio continha um bar no térreo, com dois andares de quartos acima que eram alugados. Um foi mantido permanentemente pelo Cercle Hermaphroditos, uma organização para transgêneros precoces, que lá guardavam roupas devido à ilegalidade e à hostilidade pública de se vestirem com roupas femininas. Paresis Hall era muito renomado e igualmente insultado na época; era alvo tanto de batidas policiais quanto de protestos religiosos. Apesar disso, evidências sugerem que ele esteve ativo até pelo menos 1899. Fonte: Wikipedia.

In the realm of the Silver Lion (1905) - Sascha Schneider (1870-1927)

O europeu Sascha Schneider (1870 - 1927), um dos pioneiros da arte homoerótica, viveu numa época turbulenta de grandes mudanças: repressões / revoluções / guerras cruéis que dão o tom até hoje na política mundial. Sua produção artística é uma crítica do seu presente e do que viria à frente... a medonha II Guerra Mundial. 
Em 2015, postei “Sascha Schneider e a arte homoerótica na Alemanha pré nazista”:

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Antigos banhos turcos e saunas: onde os homens se socializavam



O atual neo puritanismo cristão repete o que o cristianismo, em seus primórdios, fez com o mundo greco-romano dito pagão: exterminou os banhos públicos e a camaradagem entre homens da antiquidade. Até os anos 1980/90, quase toda cidade média brasileira tinha um banho turco ou sauna onde os homens se socializavam. A frequência era de todo tipo de homem, sem distinção, onde proseavam, bebiam, lanchavam e muitos aproveitavam para se aliviar com outros homens (entre uma sauna seca e úmida): sempre havia um canto, uma brecha, e ninguém dedurava ninguém... havia um código de ética não explícito que hoje parece lenda. Mesma coisa nos longos banhos de vestiários (fábricas, clubes, associações, academias), com todos nus, sem separação de boxes, onde a conversa ia longe: impensável nos dias de hoje.

“... em 410 dC, com seu império se desmoronando, os romanos se retiraram da Grã-Bretanha às pressas e em confusão, e tribos germânicas entraram em massa de tomaram seu lugar.
Por quase 4 séculos (os britânicos) haviam feito parte da mais poderosa civilização da Terra, e desfrutando de seus benefícios - água corrente, aquecimento central, boas comunicações, governos bem organizados, banhos quentes - todos desconhecidos pelos seus brutos invasores (tribos germânicas).”
“Os antigos gregos eram devotos ao banho. Gostavam de ficar nus - ‘gymnasium’ significa ‘lugar nu’ - e suar diariamente fazendo exercícios saudáveis, finalizando com um banho coletivo. Mas esses mergulhos eram apenas higiênicos, algo prático e rápido, O banho tipo balneário, vagaroso e lânguido, começa em Roma. Na dedicação aos banhos, ninguém se iguala aos romanos.
Os romanos amavam a água - uma residência encontrada em Pompéia tinha 30 torneiras. Sua rede de aquedutos abastecia as cidades principais com superabundância de água potável. A taxa de abastecimento de Roma era intensa, luxuosa: 1.100 litros per capitã por dia, ou seja, 7 ou 8 vezes mais do que o romano médio necessita hoje.
Para os romanos, os banhos eram mais do que um lugar para a limpeza corporal: eram um refúgio diário, um passatempo, um estilo de vida. As termas romanas tinham bibliotecas, lojas, salas de ginástica, barbeiros, esteticistas, quadras de tênis, lanchonetes e bordéis. Eram usadas por pessoas de todas as classes sociais. ‘Era comum, ao se conhecer um homem, perguntar onde ele costumava se banhar’, escreve Katherine Ashenburg em sua cintilante história da limpeza, The dirt on clean (O lado sujo da limpeza). Algumas termas romanas foram construídas em uma escala realmente palaciana. As grandiosas termas de Caracalla podiam receber 1.600 banhistas de uma vez só, as de Diocleciano, 3 mil.
Um romano podia passar por várias piscinas em diversos graus de aquecimento - desde o frigidarium, a mais fria, até a calidarium, a mais quente. No caminho, ele ou ela pararia no unctorium (ou unctuarium) para receber óleos e perfumes, e em seguida no laconium, ou banho de vapor. Ali, depois de um bom suor, os óleos eram raspados com um instrumento chamado strigil, para retirar a sujeira e outras impurezas. Tudo isto era feito numa ordem ritualística, embora não haja acordo entre os historiadores sobre qual seria esta ordem, pois os detalhes variavam conforme o lugar e a época. Há muita coisa que não sabemos sobre os romanos e seus hábitos de banho - se os escravos se banhavam com os cidadãos livres, qual a frequência e a duração dos banhos, qual o entusiasmo das pessoas. Os romanos por vezes expressavam preocupação sobre o estado da água e o que nela encontravam flutuando; ou seja, nem todos eram tão amantes dos banhos como supomos.
Mas o que parece certo é que durante boa parte da era romana os banhos eram marcados por um decoro rígido, o que garantia uma atitude saudável e correta; mas, com o passar do tempo, a vida nas termas - como a vida em Roma em geral - tornou-se mais leviana e passou a ser comum que homens e mulheres se banhassem juntos e, talvez, que as mulheres se banhassem com escravos do século masculino. Ninguém sabe ao certo o que os romanos faziam por lá, mas o que quer que fosse, não era bem-aceito pelos primeiros cristãos. Eles viam os banhos romanos como lascivos e depravados - algo moralmente sujo, ainda que higienicamente não fosse assim.
É curioso como o cristianismo sempre esteve pouco à vontade em relação à limpeza, e desde o início criou uma estranha tradição de associar santidade com sujeira. Quando são Tomás Becket morreu, em 1170, os que os enterraram observaram, com aprovação, que suas roupas de baixo estavam ‘pululando de piolhos’. Durante todo o período medieval, uma maneira quase certa de ganhar honras duradouras era fazer um voto de nunca se lavar. Muitas pessoas foram a pé da Inglaterra à Terra Santa, mas, quando um monge chamado Godric fez isso sem se molhar uma só vez, ele se tornou - pelo visto, inevitavelmente - São Godric.
Na Idade Média, a propagação da peste fez as pessoas examinarem melhor sua atitude para com a higiene e o que poderiam fazer para modificar sua suscetibilidade às epidemias. Infelizmente, em toda parte as pessoas chegaram justamente à conclusão errada. Todas as mentes mais brilhantes concordavam que o banho abre os poros da epiderme, e assim abre as portas para os vapores mortais, que invadem o corpo. A melhor política era tapar os poros com sujeira. Durante os 600 anos seguintes, a maioria das pessoas não se lavava, nem sequer se molhava, se pudesse evitar - e pagavam caro por isto. As infecções eram parte da vida cotidiana. Furúnculos, pústulas e erupções eram rotina. As pessoas se coçavam o tempo todo. O desconforto era constante, as doenças graves eram aceitas com resignação.”

‘Em casa: uma breve história da vida doméstica’.
Bill Bryson.
Companhia das Letras - 2011.

Vilela Valentin


domingo, 7 de outubro de 2018

Richard Francis Burton: meu padrão viril

Este cara é dos meus: sua biografia é um exemplo de homem interessante e libertário; eu gostaria que minha vida fosse tão aventureira quanto a dele.
Capitão Sir Richard Francis Burton (1821-1890) foi militar, escritor, tradutor, linguista, geógrafo, poeta, antropólogo, orientalista, erudito, espadachim, explorador, agente secreto, diplomata britânico... quer mais? Provavelmente seu casamento foi por conveniência, numa época profundamente puritana, com leis punitivas e rigorosas para homens libertários; para sorte dele teve uma esposa cúmplice e amiga impecável. Ele pouco parou na Grã Bretanha vitoriana, caiu no mundo, chegando a morar em Santos - São Paulo - Brasil conforme relatos em um de seus livros; sua alma exploradora o salvou da mediocridade de uma vida burguesa que lhe seria fatal. Para entender sua vida, deve-se deixar de lado o ‘politicamente correto’ atual e mergulhar nos costumes do Império Britânico do século XIX. Para leitura mais completa, onde compilei uns poucos trechos, acesse:  https://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Francis_Burton

Richard Francis Burton

"Das explorações e aventuras como agente e estudioso na Ásia e África aos escândalos e controvérsias que permearam sua vida, Burton é sem dúvida uma das personalidades mais extraordinárias e fascinantes do século XIX. Falava 29 idiomas e vários dialetos, sendo perito na arte do disfarce, o que lhe possibilitou em seus anos de militar na Índia e em Sindh viver entre os povos do Oriente, os quais registrou em uma série de livros. Estudou os usos e costumes de povos asiáticos e africanos, sendo pioneiro em estudos etnológicos. Viajou a cidade sagrada de Meca, mortalmente proibida a não muçulmanos, disfarçado de afegão; e também a Harar, capital da Somália, de onde nenhum outro homem branco havia saído com vida. Junto com John Haning Speke explorou a região dos Grandes Lagos africanos e descobriu o lago Tanganica. Serviu como cônsul em Fernando Pó, atual Bioko, Damasco, Santos e Trieste. Percorreu, também, o rio São Francisco, passando longo período em Minas Gerais e na Bahia. Traduziu uma versão não censurada de As Mil e Uma Noites, acrescentando uma série de notas a respeito de pornografia, homossexualidade e sexualidade feminina. Sob o risco de ser preso, traduziu manuais eróticos, entre eles o Kama Sutra, e mandou imprimi-los. Sua postura liberal e interesses eruditos contribuíram para torná-lo uma figura polêmica e controversa na Inglaterra, pois despertou a fúria e o puritanismo vitoriano.”

“Burton ao longo de sua vida foi um aventureiro temerário, uma figura complexa e polêmica. Sobre sua existência pairava uma série de rumores e suas opiniões contribuiriam para torná-lo uma pessoa não muito bem vinda nos lares vitorianos. Em seus livros e traduções, notas e ensaios, comentou abertamente os mais variados hábitos sexuais dos povos que explorou, sendo preciso e minucioso: chegou a medir o pênis de um africano. Os inúmeros detalhes e temas e a maneira franca e ousada como os dissertava ofendiam a moral vitoriana e a classe media inglesa. Sua vida na Índia demonstra que participou ativamente de rituais sexuais e religiosos dos nativos, o que representou uma quebra e uma afastamento da moral cristã ocidental, rompendo com tabus sexuais, raciais e sociais de seu tempo.
Após relatar a ocorrência de oficiais britânicos que usavam dos serviços de jovens rapazes nos bordéis de Karachi, não faltaram rumores relacionando Burton e a homossexualidade, que pairou sobre sua vida desde então, especulada ainda mais por sua amizade com o poeta Algernon Swinburne e por andar frequentemente em companhia de jovens rapazes. Os biógrafos estão em desacordo sobre se Burton teve ou não relações homossexuais. Estas alegações tinham começado no Exército por ocasião de uma investigação secreta a pedido do almirante Charles Napier, efetuada dentro de uma casa fechada masculina frequentada por soldados britânicos. Alguns enxergaram na precisão de detalhes do relato de Burton uma indicação de que ele próprio frequentava o estabelecimento. Seus escritos posteriores sobre o tema da pederastia e o fato de que o casal Burton não tenha tido filhos alimentaram ainda mais as especulações. Burton possuía uma natureza explosiva e irascível, seu temperamento irônico despertou inimigos em diversos cantos do mundo.”

Francis Richard Burton

sábado, 4 de agosto de 2018

Fascinus: o falo ereto protetor no Império Romano


Fascinus

No Império Romano do Ocidente, havia um amuleto muito popular como proteção divina para afastar doenças e mal olhado: o Fascinus. Sua origem vem do fascus / fascinum, personificações do falo divino. Modernamente a palavra fascinação vem do verbo fascinare: lançar ou invocar feitiço.
O fascinus era encontrado em: entrada de casas, carruagens militares, joalheria (anéis, pingentes), esculturas, baixo e alto relevos, lâmpadas, sinos de vento.
Seu formato era sempre de um pênis ereto, relacionado originalmente ao poder regenerativo da virilidade. Quando tinha forma de um falo alado, era associado ao deus Príapo conhecido pelo seu pênis gigante e em permanente ereção.
Este talismã era usado por todos sem exceção, senhores ou escravos. Era muito comum que as mães colocassem fascinus em suas crianças, pela grande mortalidade infantil da época. Mas era entre os soldados, de todas as patentes da invencível legião romana, que este amuleto era mais usado.

Fascinus

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Deuses Greco-romanos e sua Mitologia


Conselho dos Deuses (1517/18) - Rafael

“Deuses
Na concepção greco-romana, os deuses eram entidades superiores imortais, estabelecidas pelo homem como resposta ideológica aos mistérios da natureza e da vida. Concretizavam-se sob a forma de mito. Embora tivessem o princípio da imortalidade, personificavam as qualidades e os defeitos humanos. Podiam ser questionados e até escarnecidos, sem que isso representasse uma atitude sacrílega.
Classificavam-se em divindades primordiais: Caos, Terra, Eros, Érebo, Céu, Noite, Éter, Dia, Mar, Titãs, Ciclopes, Hecatônquiros;
Divindades superiores, que formavam o Conselho do Olimpo: Júpiter, Juno, Vesta, Ceres, Apolo, Diana, Minerva, Mercúrio, Vênus, Vulcano, Netuno, Marte e, mais tarde, Baco;
Divindades siderais: Sol, Lua, Aurora;
Divindades dos ventos: Bóreas, Zéfiro, Euro, Noto, Éolo;
Divindades das águas: Oceano, Nereu, Proteu, Ninfas e deuses fluviais;
Divindades alegóricas: Justiça, Fortuna, Vitória, Paz, Amizade, Sabedoria, Verdade, Prudência, Liberdade.”


- Fonte:  Dicionário de Mitologia Greco-Romana - Victor Civita - Abril Cultural - 1973.

Hércules (latim) ou Héracles (grego): semideus filho de Júpiter (Zeus) e Alcmena

“Deuses Gregos e Romanos
Durante o século IV e III aC, os romanos encontram os gregos que estavam instalados na região sul do que hoje é a Itália desde o século VIII aC. Além de alguns conflitos e trocas de mercadorias, esses dois povos trocaram, ou melhor, começaram a trocar algo igualmente importante: idéias.
Entre os séculos II e I aC os romanos conquistam a Península Balcânica, local em que a civilização grega se desenvolveu. Lá os romanos fizeram muitos escravos, entre eles diversos sábios gregos.
Ao chegarem em Roma, esses sábios escravizados realizaram diversas funções como, por exemplo, educar os filhos das famílias aristocráticas do Império. Ao educar essas crianças, os sábios passavam muitos dos seus valores para elas. Ou seja, transmitiram valores da cultura grega às crianças romanas, fazendo com que estas assimilassem esses valores e misturassem aos seus próprios, como no caso dos deuses e da religião.
As crianças se tornam adultas, mas não perdem os valores passados pelos sábios gregos. Esses adultos acabam dando continuidade a esses valores. Existem vários exemplos dessa mescla de valores, mas o mais conhecido é a associação dos deuses gregos aos deuses romanos. Zeus, o principal deus grego foi associado a Júpiter. Ares, deus da guerra dos gregos foi associado a Marte, o deus romano da guerra. Portanto, através dessa associação, várias características dos deuses gregos foram incorporadas aos deuses romanos.”


- Fonte:  https://historiadomundo.uol.com.br/artigos/deuses-gregos-romanos.htm


segunda-feira, 2 de abril de 2018

“Androfobia” - “Ser Homem é crime?”, segundo Ricardo Líper



Aqui em Pindorama (Brasil) tentam nos classificar, mas não conseguem. Nos EUA, a mesma coisa acontece com Jack Donovan. Transcrevo recentes textos de Ricardo Líper sobre críticas tolas e desprovidas de fundamentos:

Ser Homem é crime? - Ricardo Líper
"Existem homens que gostam tanto de ser homens, que só se relacionam sexualmente entre eles. Jack Donovan é um deles; escreveu sobre como é bom ser másculo, se relacionar afetiva e eroticamente com outros homens. Ele vive cultuando e pesquisando a masculinidade.
... Afinal é crime pesquisar a masculinidade? É errado um homem gostar de ser homem? Pensam que ser homem é porrada, ignorância e dominação das mulheres? Quer dizer ser homem sem roubar, ser sensato, procurar ser forte emocionalmente, enfrentar as dificuldades como um guerreiro adaptado à realidade atual é errado? E admirar a maneira de falar, ser, andar, vestir, exprimir sua masculinidade também está errado? E, principalmente, pesquisar e estudar o que é realmente masculinidade criada por vários homens em várias culturas e épocas? A masculinidade, assim como outros comportamentos, é uma cultura, filosofia e uma ética. Isso, que eu saiba, para uma pessoa que lê e é sensata, não é um crime ou um ataque às mulheres e aos homens que querem ser mulheres e os que são heteronormativos. Eles também querem, como todos, ser como são e representados no mundo onde vivem por outros iguais a eles. É um novo tipo de pessoas oprimidas."

Androfobia - Ricardo Líper
"Existe, e cada vez mais forte, a masculinofobia, androfobia ou misandria. Não se quer apenas que todos sejam iguais, querem eliminar a masculinidade. Ficam sempre descrevendo os homens como os do momento histórico do patriarcalismo. Confundem relações de poder com masculinidade. Por mais que eles sejam liberais e a favor de uma igualdade entre todos, insistem que ser homem é a mesma coisa que um estúpido dominando e dando porrada em todo mundo. Como pesquiso e estudo também sobre a masculinidade entre homens, não posso reduzir a masculinidade, que é uma cultura, a uma caricatura do que é ser homem e masculino."

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Homem que transa com homem não precisa / pode


Aleksej Gennadievitsch Kulakov

O homem que transa com homem não precisa:
- falar manhoso;
- vestir saias;
- usar calcinhas;
- se maquiar;
- requebrar feito uma mulher no cio;
- expor sua orientação sexual;
- levantar bandeiras separatistas;
- ser adepto do ‘gayismo’;
- achar que o mundo é gay;
- nem achar que o mundo é hétero;
- transar com todo mundo;
- dizer que mulher não presta;
- perguntar qual o tamanho do pau do outro;
- usar termos do vocabulário gay;
- visitar lugares com bandeiras hétero ou gls.

Homem que transa com homem pode:
- manter a voz de homem;
- manter seu jeito de homem;
- manter suas amizades sem precisar expor sua vida sexual;
- manter sua família sem que ela saiba o que faz na cama;
- jogar futebol;
- surfar;
- falar gírias;
- não ser tão educadinho quanto pedem que seja;
- manter sua personalidade;
- não ter preconceito com os afetados;
- mesmo que não transe com mulheres, saber que elas: são necessárias e que não precisa imitá-las para conquistar outro homem.

Nota: fiz algumas intervenções no texto original (autoria anônima) que deu origem à esta postagem.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Alexandre Magno e seus contemporâneos

A vida de Alexandre o Grande (356 - 323 aC) é conhecida e admirada, mas a biografia de seus contemporâneos não fica atrás e merece ser divulgada.


Ptolomeu I Sóter

Ptolomeu I Sóter (Macedônia, 367 - Alexandria, 283 aC): foi um dos importantes generais de Alexandre e, certa vez, salvou sua vida. Morto Alexandre, herdou com 62 anos o Egito na divisão do império. Com ele, Alexandria se transformou numa grande capital intelectual e substituiu Atenas na difusão da cultura helênica. Ptolomeu montou um museu e uma grande biblioteca (700 mil volumes) com centenas de sábios financiados pelo Estado. Com tantos eruditos, foi a Matemática que mais sobressaiu graças a Euclides, Aristarco e Arquimedes.


Epicuro

Epicuro (Samos, 341 - Atenas, 270 aC): “O supremo bem está no prazer, e o prazer autêntico é calmo, durável, uma espécie de repouso. O sábio deve afastar-se dos desejos impetuosos, cheios de violência e angústia; evitar as paixões eróticas ou políticas, que serão fontes de dor. Os homens devem desembaraçar-se do temor aos deuses e das ambições, para obter o uso racional e moderado dos prazeres. Por que temer a morte e os infernos, se a alma não passa de um conjunto de átomos que se desintegram com o corpo?” Estas frases são a base do epicurismo e representam a filosofia da Grécia em crise, de pessoas com medo do mundo. Somente três cartas de Epícuro sobreviveram e graças a Lucrécio tivemos um estudo detalhado deste grande filósofo. 


Lísipo: busto de Alexandre Magno

Lísipo (Sicião, 390 - 305 aC): o escultor predileto de Alexandre foi autor de aproximadamente 1.500 obras. Criou sua própria escola, não seguindo a rigidez aristocrática de Policleto; em suas obras, os personagens parecem ter vida. Lísipo negava a solenidade do passado, ressaltando o humanismo. Como os sofistas, ele acreditava na capacidade ilimitada do homem para se educar, não aceitando a idéia de que somente a aristocracia transmitiria a sabedoria.


Aristóteles

Aristóteles (Estagira, 384 - Cálcis, 322 aC): com 17 anos foi estudar com Platão, em Atenas. Acumulou o saber com a física, metafísica, biologia, política e sistematizou a lógica. Em 347 aC, tornou-se preceptor de Alexandre na Macedônia. 12 anos depois, voltou a Atenas e abriu uma escola de filosofia. Foi perseguido, como Sócrates, acusado de desrespeito aos deuses. Para não morrer, fugiu para a ilha de Eubéia e morreu aos 62 anos.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

O Código dos Homens - Jack Donovan - Editora Simonsen


Diabolus Rex, Jack Donovan, Trevor Blake - Washington, 2012

Jack Donovan (JD) é um cara que sabe das coisas. Em seu livro “O Código dos Homens”, escreveu que só há um remédio para estancar o enfraquecimento contínuo do homem contemporâneo: a formação de gangues masculinas (não em seu sentido pejorativo) com a absoluta confiança de seus participantes. Ele faz uma precisa análise das corporações militares / irmandades / fraternidades masculinas, desde a Antiguidade, para defender suas ideias que começaram em seu primeiro livro 'Androphilia, a Manifesto: rejecting the gay identity, reclaiming masculinity' (Scapegoat Publishing, 2006) escrito com o pseudônimo Jack Malebranche. Propõe novas formas de defesa e sobrevivência num mundo hostil e violento, usando e abusando da boa e velha ‘licença poética’.
Tardiamente escrevo sobre esta obra, a 1ª de JD lançada em português (2015). Reitero que o universo do autor é o masculino habitante dos EUA / Canadá / Europa Ocidental / Austrália. A barbárie já chegou em todos os continentes, e ele é um defensor da cultura e do território físico de sua nação (EUA) com uma visão viril do século XXI: bem humorada, irônica na medida certa, distante do gayismo, feminismo e do politicamente correto. Todo cuidado é pouco ao interpretar e criticar esta obra, pois ela foi feita para homens libertários e com a mente extremamente aberta. Leiam este livro, que é agradável e útil para nós.
Atentem para algumas pertinentes frases desta obra literária visceral de Jack Donovan:

- “Se você for um bom rapaz, pode se enroscar na segurança uterina de seu apartamentinho de condomínio em estilo ‘soviete-nouveau’, com seus trastes confortáveis, e desfrutar de suas indulgências meticulosas, sua dieta ‘gourmet’, sua cerveja exclusiva. Pode ocupar o tempo procurando se adestrar na arte de reduzir suas emissões de carbono, ou fazer sua parte indo de bike para o trabalho, costurando displicentemente no meio de uma barragem de caminhões e de carros capazes de esmagá-lo por puro prazer.”

- “Passe mais tempo em contato com homens geograficamente próximos. Havendo amigos íntimos na região, cogitem em se mudar para o mesmo condomínio ou em morar a uma distância de poucos quarteirões uns dos outros.”

- “É preciso definir seu grupo. E preciso definir quem faz parte dele e quem não faz, e identificar as ameaças latentes. É preciso demarcar e preservar uma espécie de zona de segurança ao redor do perímetro de seu grupo.”

- “Um dos problemas com os estados assistencialistas inchados é que eles transformam todos nós em crianças ou indigentes, daí serem uma afronta e um obstáculo à masculinidade adulta.”

- “Pessoas com menos de quarenta anos já começam a perceber que o dinheiro que pagam à Seguridade Social não estará lá - ou não valerá mais nada - à época em que chegarem à velhice.”

- “Uma amizade sólida é como qualquer outro tipo de relacionamento: exige concessões mútuas, exige um tempo e uma história.”

- “Homem não é só uma coisa em que a gente se torna; é também um modo de ser, um percurso a seguir, um modo de agir.”

- “A palavra ‘virtude’ vem do latim ‘virtus’. Para os antigos romanos, virtus significava virilidade, e virilidade significava valor marcial. Demonstrava virtus aquele que exibisse força, coragem e lealdade à tribo na hora de defendê-la ou de atacar os inimigos de Roma.”

- “Força, coragem, destreza e honra são as virtudes práticas de homens obrigados a confiar uns nos outros, num cenário da pior espécie.”

- “Os homens são indivíduos com interesses próprios, e não precisam que as mulheres lhes ensinem como serem homens. Os homens sempre tiveram próprio código de conduta, o Código de Gangue, e sempre tiveram um mundo à parte ao das mulheres.”

- “Gangue: uma coalizão hierárquica de machos, ligados mutuamente e aliados na imposição de seus interesses contra forças externas.”


quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Tempos difíceis



Frase banal, do nosso cotidiano. Mas reitero que os tempos andam difíceis e sem perspectiva / melhora no horizonte para nós, homens adeptos das antigas Alianças e Tradições Viris. Os demais homens brasileiros (heterossexuais programados ou não / bissexuais / gays) tocam suas vidas e seu cotidiano comodamente, dentro dos costumes vigentes e vigilantes de nossa população.
Porem, viver dentro dos padrões dos antigos homens (Helênicos / Hérulos / guerreiros romanos devotos de Mitra / Pashtuns / Samurais / Templários / adeptos da antiga Androphilia / Hérulos / Taifalis / Celtas) é uma luta diária. Vide página ‘Tradições Viris’ (menu horizontal superior).
Mas fazer o que: jogar a toalha, entrar no esquemo, vivenciar o que não somos? Ser um dos nossos é um caminho sem volta... portanto tratemos de ser felizes e independentes, bem preparados para o presente e o futuro, equilibrados física e mentalmente. Nossa verdade será sempre nossa bússola!
Os homens dos mais longínquos rincões de nosso país se igualam a olhos vistos, perdendo suas características culturais regionais de outrora. Vivem na mesmice com seus padrões comportamentais de sempre: ou ligados excessivamente ao futebol ou às religiões repressoras, não tem escapatória. Entre num boteco para tomar um trago, vá numa barbearia, puxe uma conversa e comprove. Homens libertários foram se exaurindo... raridade encontrar um macho libertário com boa prosa.
Infelizmente não sou líder; não sei liderar ninguém. Sei que precisamos de uma liderança (individual / grupal - regional / nacional) para que não haja dispersão de nossas ideias e de nossos adeptos. Minha colaboração se resume a este blog, que levo muito a sério desde a década passada. Peço que continuem a me escrever via e-mail, pois fico muito feliz quando recebo mensagens de vocês. Sou muito bicho do mato, sem contar que não sou imediatista e juvelinista... atributos imprescindíveis na internet. Uso celular apenas para ligações, WhatsApp e olhe lá. E-mails, leitura de blogs e sites acesso apenas via PC - levo meu notebook sempre comigo.
Continuemos sempre com nossa verdade e nossos ideais!


quinta-feira, 1 de junho de 2017

Fuja do gayismo e pratique sua virilidade


“Se vc é homem homossexual e gosta de ser macho,
fuja das armadilhas do gayismo” - Fraterno Viril

“Intriga e divulgação maldosa da vida alheia faz parte do cotidiano de alguns homens brasileiros que se declaram ‘gays’. Não é incomum chamarem entre si por nomes femininos. Reinam em alguns segmentos profissionais, onde criam jargões tolos utilizados posteriormente por pessoas desavisadas e fúteis. São continuamente desrespeitados e servem de caçoada generalizada. Não se emendam e orgulhosamente acham que estão sempre certos. Bravejam direitos / dignidade / respeito, mas não os praticam no dia a dia. Bebem do próprio veneno.”
Fraterno Viril.

"Concordo que seja perigoso equiparar uma relação homossexual com um casamento heterossexual. Porque então todo o sistema burguês de obrigações e o próprio conceito de propriedade viriam a baixo, a reboque."
Christopher Isherwood - entrevista dada a Winston Leyland, 1973.

“O my brothers! O my others! Tend with lovingness and laud with sparkle spurt and splash the fervor and frivolity of the god between your thighs!”
James Broughton (1913-1999).

"... a bicha privilegiada, exagerada, efeminada, mexeriqueira, rica, preocupada com a moda, dada a 'parler chiffon', e quase histérica."
Allen Ginsberg (1926-1997), entrevista dada a Allen Young, 1972.

“Se não se ama uma pessoa sexualmente, então não se ama essa pessoa.”
Gore Vidal, 1974.

“Pratique sua virilidade!”
Fraterno Viril.


“O Gayismo seria o câncer da homossexualidade masculina?” 
Fraterno Viril.

“Se vc é homem homossexual e gosta de ser macho, fuja das armadilhas do gayismo.”
Fraterno Viril

"La verdad está aquí dentro, fuera sólo hay ira. Si piensas que la aventura es peligrosa, prueba la rutina. Es mortal.”
La marcha del camionero - blog.

“Toda luta é uma luta entre paus, entre sacos.”
AndroSpartan - Rio de Janeiro, Brasil.

- “Evito exposição na mídia e cultuo a discrição. Proponho um retorno aos éticos e antigos valores viris, mas não bebo da fonte do autoritarismo e das ideologias de extremas direita e esquerda.
- Não sou adepto do Gayismo, mas sim das antigas Alianças e Tradições Viris.
- Não sou uma corrente dissidente dos Movimentos Gay ou LGBT. Respeito e reconheço a luta destes grupos em defesa de seus direitos civis.
- Não quero e não pretendo exercer qualquer tipo de liderança. Aprecio o contato, direto e franco, apenas com homens que pensem como eu. Aos demais, que sigam seus caminhos.
- Não recruto ninguém, quero qualidade e não quantidade de camaradas.
- A manutenção do equilíbrio físico / mental / espiritual é uma dura batalha a ser travada e vencida, diariamente, por homens como nós.”

Fraterno Viril.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Tolkien e sua fraternidade masculina


Antigas fraternidades norte-americanas e britânicas

J.R.R. Tolkien (John Ronald Reuel Tolkien - 1892/1973) é considerado uma dos maiores escritores da língua inglesa. Entre várias e extensas obras, escreveu O Senhor dos Anéis (1954/55) e O Hobbit (1937). Transcrevo curioso texto sobre Tolkien e sua fraternidade masculina da Universidade Oxford:

“Tolkien passava a maior parte de seu tempo em um universo completamente masculino. Isto era, em parte, regido por costumes sociais da época. Homens e mulheres não casados tinham permissão para se misturar somente quando acompanhados e as poucas mulheres que estudavam em Oxford frequentavam as aulas nas faculdades exclusivas para elas, como Lady Margareth Hall e St. Hilda. Tudo isso parecia natural para Tolkien e seus amigos e, em muitos aspectos, ele estava estendendo sua adolescência livre da presença feminina, desfrutando da companhia de outros homens. É certo que Tolkien havia encontrado Edith e, sozinho em seu quarto vazio com vista para Turl Street, ainda ansiava por ela quando a agitação de uma noite de debate e bebida acabava. Mas os jovens que haviam vindo das escolas de todo o país e formado seus próprios grupos como o T.C. - B.S. queriam a companhia uns dos outros e, em suas mentes, mulheres simplesmente teriam arruinado esta dinâmica. Ao menos para Tolkien, não havia nenhum indício de homossexualidade nisso. De fato, mais tarde, ele alegou que não sabia o que era isso até ser recrutado pelo exército. Este universo completamente masculino era mais parecido com a camaradagem de meninos brincando de caubói e índio ou piratas.”
Fonte:  ‘J.R.R. Tolkien, o senhor da fantasia’ - Michael White - Darkside Books.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Feminização do homem, segundo Gore Vidal em 1973/74


Fim do ciclo viril?

Transexual e transgênero são assuntos delicados e devem ser tratados com respeito. Já a feminização e a androginia seriam fenômenos cíclicos?

Gore Vidal (1925-2012) foi um dos maiores escritores norte-americanos. Aristocrata de nascimento, ele botou o dedo na ferida do puritanismo (fundamentalismo cristão) e da hipocrisia de seu país. Não deixava pedra sobre pedra, fez e escreveu o que quis durante toda sua vida. Foi amigo e transou, segundo ele, com quase todos o caras da Beat Generation. Como todo bom intelectual, combativo e libertário, calava a boca de seus adversários com suas bem fundamentadas ideias de suas antológicas obras. Homens como ele fazem muita falta. Seguem alguns trechos de duas entrevistas dadas a John Mitzel / Steven Abbott (1973) e a Steven Abbot / Tom Willenbecher (1974):

- “Quando eu era moço, havia toda uma população flutuante de machos héteros que queriam dinheiro ou excitação ou o que fosse e davam a bunda por um certo período da vida. Depois, casavam e terminavam como trabalhadores da indústria de construção civil, bombeiros ou policiais. Pronto, a página fora virada. Agora emergiu um novo tipo, que me parece feminino: ombros macios, músculos de seda, cadeiras largas, voz estridente.”
- “Não sei se o corpo está mudando fisicamente, se alguma espécie de mutação está em curso, se a natureza não estará dizendo, pelo instinto, que não precisamos mais de bebês. Os homens estão ficando um pouco menos masculinos, e as mulheres um pouco menos femininas.”
- “Na minha mocidade, se o atleta mais formoso era ‘entendido’, todos os garotos iam para a cama uns com os outros. Se não era, os demais o imitavam e iam para a cama com as meninas. Eu desenvolvi a teoria de que os estudantes tendem a imitar as preferências sexuais do ídolo da escola.”
- “Claro que dá em passividade. Os meninos eram criados antigamente nos quintais ou terrenos baldios dos fundos das casas, jogando beisebol ou pulando muros e fazendo todas as outras coisas que meninos fazem. Agora desde pequenos vivem pregados em anúncios de televisão e comendo porcarias de lata.”
- “Conheço a mania da mídia, de rotular todo mundo. Sim, ele é a Bicha Oficial. Sim, ele é o Marxista Oficial.”
- “O intelectual é a última pessoa a querer ir para a cama. Ou o veado. A bicha nervosa.”
- “Se não se ama uma pessoa sexualmente, então não se ama essa pessoa.”
- “Sou tão promíscuo quanto posso.”

sábado, 6 de agosto de 2016

Omosessuali di estrema destra



Nos idos de 2010/11, quando internet era infinitamente mais interessante e menos tola e perigosa, encontrei um blog de um italiano chamado Ben: http://signal-it.blogspot.com

Curiosamente, ele deixou de postar faz tempo; seu blog continua online, mas abandonado como uma ruína romana. Nunca vi a mais remota menção dele e seu link na web brasileira; será que eu fui o único leitor dele no Brasil? Não o divulguei (apenas a dois dos nossos), pois tenho receios de que caras sem traquejo e discernimento político possam entrar nesta ‘trip’ de liderança / extrema direita / neo nazifascismo que retornam ciclicamente em épocas de crises. Fico perplexo com membros das ditas ‘gangues nazis brasileiras’ que saem fantasiados pelas madrugadas de São Paulo, Curitiba, Porto Alegre (entre outras) para agredir violentamente todos aqueles (sabemos quem) merecedores de suas iras covardes. Em geral estes perigosos caras, oriundos de nossas tristes periferias, são a ‘fina flor’ da miséria humana brasileira; seus tipos físicos são distantes de qualquer estética europeia ou ariana (matriz de suas ideologias): são cafuzos / mulatos / caboclos descendentes de nossa riquíssima e bela miscigenação. 

Ben é articulado e muito culto, escreve com pertinência dentro de seus conceitos de supremacia étnica italiana. Em princípio, ele parece ser um cara extremamente liberal e aberto, preocupado com problemas contemporâneos de nosso mundo: políticos / ecológicos / sexuais masculinos:

“Avviso ai naviganti - Aviso aos Navegantes”: http://signal-it.blogspot.com/p/prima-pagina.html

“Perché questo blog - Por que este blog”: http://signal-it.blogspot.com.br/p/perche-questo-blog.html

A postagem “Orinatoi e Paruresi  -  Mictórios e Paruresis” é um achado. Ben discorre sobre um assunto que diz respeito a muitos de nós e que eu desconhecia: http://signal2-it.blogspot.com.br/2012/06/orinatoi-e-paruresi.html

Porem na postagem “Mutilazioni genitali maschili  -  Mutilação da genitália masculina”, sinto que Ben ofende de forma discreta os costumes de outras etnias: http://signal-it.blogspot.com.br/2011/01/mutilazioni-genitali-maschili.html

Á medida que vamos lendo as demais postagens, as ideias fascistas italianas do autor afloram. Leiam este blog com atenção e discernimento (via PC, jamais por smartphones); dentro dele há um outro chamado Blog Giornaliero: http://signal2-it.blogspot.com


Não se iludam: historicamente todos os regimes de extrema direita e esquerda (ocidentais e orientais) perseguiram e assassinaram homossexuais masculinos. É uma regra!

terça-feira, 7 de junho de 2016

Walt Whitman (1819-1892): poeta dos homens camaradas


“Lego umas poucas canções, deixo-as no ar, para camaradas e amantes...”  
Labour Saving Machine - Walt Whitman.

“Eu anuncio a estreita afeição, declaro que que ela será ilimitada e sem reservas. Digo que ainda encontrarás o amigo que estavas procurando.”   
So Long - Walt Whitman. 

Tradução: Pompeu de Souza. in Oswaldino Marques - Videntes e Sonâmbulos, Rio de Janeiro: 1955.


“Nós dois, camaradas, agarrados um ao outro, sem largarmos os elos das mãos um do outro.
A errar, daqui prali, pelas estradas, para o Norte, para o Sul, sem destino certo.
Fortes e alegres, abrindo os cotovelos mas prendendo os dedos, um do outro.
De mãos dadas, braços dados, sem medo, a comer e beber e dormir e fazer amor.
Sem outra lei que nós mesmos, vagando, fingindo que trabalhamos; e furtando também e ameaçando a ordem das coisas estabelecida.
Mesquinhos, desprezíveis, alarmando os padres, arrostando o fardo, respirando ar, bebendo água, e dançando na relva e na areia da praia.
Varando as cidades densas, populosas, zombando da lei, de tudo zombando.
Repudiando a fraqueza, na nossa pilhagem gloriosa.”   
We Two Boys Together Clinging - Walt Withman.   

“Num olhar de relance, como se fora por uma fresta, vejo operários e motoristas agrupados juntos ao balcão do bar, em torno da estufa, pois é noite fria de inverno.
Eu, quieto no meu canto, despercebido, vejo um rapaz que me agrada, que se acerca e se abanca à mesa mais próxima, tão perto que pode pegar minha mão.
E, por longo tempo, em meio à bulha e ao tropel das idas e vindas, em meio à bebedeira, às pragas, às pilhérias pesadas, há duas pessoas satisfeitas.
Tão felizes por estarem juntas que poucas palavras bastam, ou nenhuma.”  
Glimpse - Walt Whitman.

“Camarada, isto não é um livro,
Quem pousa a mão aí, toca num homem.
(É noite agora? Estamos, aqui, a sós?)
É a mim que tomas, sou eu quem toma a ti,
Salto dentre estas páginas aos teus braços - a morte traz-me à tona.”
So Long - Walt Withman.

Tradução: Pompeu de Souza. in Oswaldino Marques - Videntes e Sonâmbulos, Rio de Janeiro: 1955.


“... el sol canta por los ombligos de los muchachos que juegan bajo las puentes.”
Ode a Walt Whitman - Frederico Garcia Lorca.

Walt Whitman - book jacket design by Robert Littleford

domingo, 10 de abril de 2016

Saudades de Jack Malebranche


Jack Malebranche - Jack Donovan

Saudades do escritor Jack Malebranche, autor de 'Androphilia: A Manifesto. Rejecting the Gay Identity, Reclaiming Masculinity' - Baltimore, Md: Scapegoat Publishing, 2006.
Os moralistas tremem ao saber que ele foi ‘satanista’ no passado, e isto ainda serve de munição aos ‘gays fundamentalistas’ e 'héteros enrustidos'. Tal fato nunca me interessou e cada homem segue seu caminho, laico (secular) ou não.
Malebranche foi o pseudônimo de Jack Donovan (JD). A primeira edição de ‘Androphilia’ tinha Malebranche como autor e virou item de colecionador; já as edições posteriores levam o nome de Donovan. Por que uso o termo ‘saudades’ no título da postagem? Malebranche dizia coisas, na época, que me interessava e fortalecia: era ‘afiado’ e sagaz; ‘deitava e rolava’ em assuntos relacionados ao ‘gayismo’; tinha um humor ferino e educado, qualidade que aprecio e que se perdeu... talvez reflexo do mundo atual e do seu novo público, bem diferente dos leitores de sua obra pioneira.
Em princípio achava Malebranche mais universal que o Donovan, mas vi que eu tinha parado no imponderável tempo e que estava errado. Donovan é ‘foda’ e entendo que sua fase de combate ao ‘gayismo’ já faça parte do passado. Ele agora trilha caminhos que enfatizam o ‘tribalismo masculino’, de antigos costumes viris para o fortalecimento dos homens em tempos de globalismo. É um desenvolvimento natural de seu hercúleo e bem fundamentado trabalho com livros, vídeos, palestras, cursos, artigos. Depois de ‘Androphilia’, escreveu ‘Blood-Brotherhood and Other Rites of Male Alliance’, ‘The Way of Men’, ‘No Man’s Land’, ‘A Sky without Eagles’, ‘Becoming a Barbarian’. Seu trabalho é drigido a qualquer homem do planeta, mas creio que haja mais ressonância cultural entre homens norte-americanos / europeus / canadenses / australianos.

Sou um orgulhoso homem de ascendência portuguesa e italiana e  oriundo da ‘cultura rural caipira’ do Estado de São Paulo. Sou um adepto de JD, mas eu duvido que seu Ideário tenha alguma ressonância em meu país (Brasil). Digo isto, por ser um crítico permanente do padrão médio do homem brasileiro: tosco, oligofrênico, ‘programado’, refém do ‘crescei e multiplicai’.

A violência urbana / suburbana / rural, do 1º ao 3º mundo, veio para ficar... e JD sabe disto. Penso nas palavras de Lawence Ferlinghetti (líder da geração beatnik e fundador da antológica livraria City Lights Books - San Francisco, EUA), ditas recentemente à Folha São Paulo (tradicional jornal brasileiro):
"Fronteiras serão mais porosas e o mundo vai ser tomado por hordas étnicas em busca de abrigo e comida”.

Há quase uma década, Ricardo Líper divulgou pioneiramente Jack Malebranche / Donovan aos homens brasileiros adeptos da Tradição Espartana. Reitero o que escrevi, em 2015, na página ‘Novidades Front’:
“O Código dos Homens - Ed. Simonsen foi lançado cá em Pindorama (Brasil). É a 1ª obra em português do Jack Donovan. Que fique bem claro: quem apresentou Donovan ao Brasil (2007) foi Ricardo Líper, acadêmico da Universidade Federal da Bahia. Fico indignado por Líper não ter sido chamado para fazer a apresentação de tal livro, pesquisador que é da virilidade masculina distante dos ‘programados e gays’.”

Em princípio, eu me dirijo e escrevo aos meus camaradas brasileiros, que são poucos e raros. Envaidecido e agradecido eu constato que, apesar de escrever em meu idioma (português), 50% de meus leitores são estrangeiros.

quinta-feira, 10 de março de 2016

Duplo Espírito ou Transgênero?



Foto 1: We'wha (1849-1896) com roupas tradicionais do povo Zuni. Era biologicamente masculino com espírito feminino. Muito inteligente, se tornou o embaixador Zuni em Washington DC e foi conhecido pela elite da capital como "o Zuni homem-mulher".

Foto 2: Squaw Jim (esquerda), macho biológico vestido de mulher com sua esposa (direita). Tinha status social e cerimonial em sua tribo Crow. Serviu como espião no Forte Keogh e ganhou reputação de bravura ao salvar a vida de um companheiro tribal na Batalha de Rosebud (1876).


Senso comum sobre Transgêneros (sexo masculino, gênero feminino) no Brasil atual:
- Violência, prostituição, pobreza e ignorância cultural;
- Empregos em salões de cabeleireiros (fofoca e futilidade a granel), shows em casas noturnas gays + participações em programas televisivos popularescos com as previsíveis e chatíssimas dublagens;
- Exibicionismos patéticos e ignorantes na mídia, frutos da miséria cultural dos quais muitos são oriundos;
- Estranhamente não são laicos. Clamam e invocam seitas e religiões puritanas que os reprimem há séculos;
- São desrespeitados ao máximo e tolerados apenas quando possuem certo destaque sócio cultural.

Mas nem sempre foi assim no continente americano. No hemisfério norte, europeus colonizadores encontraram entre os nativos alguns homens e mulheres que os perturbaram... eram conhecidos poeticamente como Dois Espíritos. Quando crianças, não foram reprimidos e eram livres para viverem seus gêneros quando adultos. Casavam-se e procriavam se quisessem. Alguns homens e mulheres eram valentes guerreiros ou pessoas comuns, líderes tribais ou religiosos. Homens vestiam-se de mulher e vice-versa, sem os dramas e preconceitos impostos cruelmente pelos colonizadores aos indígenas das 3 Américas.
Os últimos nativos de Duplo Espírito desapareceram formalmente no final do século XIX.

domingo, 1 de novembro de 2015

Sascha Schneider e a arte homoerótica na Alemanha pré nazista


Triumph of Darkness - Sascha Schneider - 1896

Sascha Schneider (1870 - 1927), russo de nascimento e criado na Alemanha, é um dos artistas que venero. Colaborou com o “Der Eigene”: vide página “Adolf Brand - Der Eigene - Männerbund - Wandervogel“ (menu horizontal superior deste blog). Foi um dos pioneiros da estética homoerótica nos séculos XIX e XX; sem seu trabalho, não haveria Tom of Finland e outros brilhantes artistas gráficos posteriores. Foi denunciado por sua homossexualidade (proibido pelo “artigo 175 - código penal alemão”) e mudou-se para a Itália, país menos repressivo na época.
Retornou à Alemanha pouco antes da República de Weimar (1919-33), período muito liberal e politicamente turbulento. Retomou sua intensa e produtiva atividade profissional. Porem era diabético: sentindo muita sede, ele tomou por engano um liquido de limpeza... sofreu um colapso e faleceu.
Neste retorno de Sascha Schneider, a Alemanha viveu uma curta Era de liberdades democráticas, onde enfrentou: Acordo de Paz de Versalhes, perda de seu território continental e colônias ultramarinas, gigantesca dívida de reparações de guerra (I Guerra Mundial), desemprego, desvalorização da moeda (marco) e hiperinflação. Estes graves problemas aliados aos temores do comunismo soviético foram o combustível perfeito para que grupos políticos antidemocráticos se unissem ao partido nazista de Hitler. Nas eleições presidenciais (1932), o presidente Hindenburg foi re-eleito. Hitler ficou em 2º lugar e conseguiu ser nomeado (manobra política) como Chanceler. O Reichstag (parlamento) sofreu grave incêndio e Hitler declarou estado de emergência... Hidenburg morreu... Hitler assumiu a presidência e proclamou o III Reich (1933-45). Começou o horror nazista, só comparável ao período stalinista russo. A II Guerra Mundial veio como conseqüência e por pouco não destruiu o continente europeu.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Sejamos resistentes ou “tá tudo dominado”?


Antonio Parreiras - Fim de Romance - 1912

1. Assisti (maio 2015) à estréia teatral de nova montagem de “Esplêndidos” - Jean Genet. Apesar do elenco desigual, gostei da sonoplastia baseada em tangos antigos. Coreografia bacana de tangos dançados somente entre homens, coisa real até 1910 no “basfond” do circuito Buenos Aires - Montevideo - Paris. Depois disto: mulheres + religião + moral + “bons costumes” tanto tramaram que transformaram o belo tango viril numa “dança lasciva entre machos e fêmeas”. Não é incomum encontrar na web, antigas fotos de homens dançando entre si, em acampamentos de trabalho ou militares. Não confundir com os clubes noturnos de Berlim e Paris, frequentados por homens homossexuais, nas décadas de 1920-30 (entre as 2 guerras mundiais).

2. “Nem todo homem gosta de brincar de casinha”. Alguns, fracos / programados / dominados em pleno século XXI, se deixam engabelar pelo medo da solidão e pelo batido bordão religioso “crescei e multiplicai”. E num momento que países laicos e bacanas defendem, e cumprem, ardorosamente o planejamento familiar e urbano. Tais homens vivem e perpetuam costumes familiares, padrões do século XX de seus pais e avós. Resultado: violência imperando com homens infelizes (sem nenhum caráter, criminosos) estuprando e assassinando namoradas - noivas - esposas - amantes.

3. Mutilação ou transexualismo? Genética ou herança da miséria humana? A transexualidade é coisa muito séria e deve ser tratada com todo rigor científico e humanismo. Mas, existem homens e mulheres brasileiros claramente mutilando seus órgãos genitais e mamas, por razões puramente estéticas... em nome de um novo padrão sexual (?!). Estas aberrações são expostas na mídia de forma corriqueira... a miséria cultural chegou ao limite em nosso vulgar país. 

Sejamos resistentes!