Nem todo homem gosta da instituição do casamento. Nem todo homem é adepto do 'crescei e multiplicai'.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Feminização do homem, segundo Gore Vidal em 1973/74


Fim do ciclo viril?

Transexual e transgênero são assuntos delicados e devem ser tratados com respeito. Já a feminização e a androginia seriam fenômenos cíclicos?

Gore Vidal (1925-2012) foi um dos maiores escritores norte-americanos. Aristocrata de nascimento, ele botou o dedo na ferida do puritanismo (fundamentalismo cristão) e da hipocrisia de seu país. Não deixava pedra sobre pedra, fez e escreveu o que quis durante toda sua vida. Foi amigo e transou, segundo ele, com quase todos o caras da Beat Generation. Como todo bom intelectual, combativo e libertário, calava a boca de seus adversários com suas bem fundamentadas ideias de suas antológicas obras. Homens como ele fazem muita falta. Seguem alguns trechos de duas entrevistas dadas a John Mitzel / Steven Abbott (1973) e a Steven Abbot / Tom Willenbecher (1974):

- “Quando eu era moço, havia toda uma população flutuante de machos héteros que queriam dinheiro ou excitação ou o que fosse e davam a bunda por um certo período da vida. Depois, casavam e terminavam como trabalhadores da indústria de construção civil, bombeiros ou policiais. Pronto, a página fora virada. Agora emergiu um novo tipo, que me parece feminino: ombros macios, músculos de seda, cadeiras largas, voz estridente.”
- “Não sei se o corpo está mudando fisicamente, se alguma espécie de mutação está em curso, se a natureza não estará dizendo, pelo instinto, que não precisamos mais de bebês. Os homens estão ficando um pouco menos masculinos, e as mulheres um pouco menos femininas.”
- “Na minha mocidade, se o atleta mais formoso era ‘entendido’, todos os garotos iam para a cama uns com os outros. Se não era, os demais o imitavam e iam para a cama com as meninas. Eu desenvolvi a teoria de que os estudantes tendem a imitar as preferências sexuais do ídolo da escola.”
- “Claro que dá em passividade. Os meninos eram criados antigamente nos quintais ou terrenos baldios dos fundos das casas, jogando beisebol ou pulando muros e fazendo todas as outras coisas que meninos fazem. Agora desde pequenos vivem pregados em anúncios de televisão e comendo porcarias de lata.”
- “Conheço a mania da mídia, de rotular todo mundo. Sim, ele é a Bicha Oficial. Sim, ele é o Marxista Oficial.”
- “O intelectual é a última pessoa a querer ir para a cama. Ou o veado. A bicha nervosa.”
- “Se não se ama uma pessoa sexualmente, então não se ama essa pessoa.”
- “Sou tão promíscuo quanto posso.”

sábado, 6 de agosto de 2016

Omosessuali di estrema destra



Nos idos de 2010/11, quando internet era infinitamente mais interessante e menos tola e perigosa, encontrei um blog de um italiano chamado Ben: http://signal-it.blogspot.com

Curiosamente, ele deixou de postar faz tempo; seu blog continua online, mas abandonado como uma ruína romana. Nunca vi a mais remota menção dele e seu link na web brasileira; será que eu fui o único leitor dele no Brasil? Não o divulguei (apenas a dois dos nossos), pois tenho receios de que caras sem traquejo e discernimento político possam entrar nesta ‘trip’ de liderança / extrema direita / neo nazifascismo que retornam ciclicamente em épocas de crises. Fico perplexo com membros das ditas ‘gangues nazis brasileiras’ que saem fantasiados pelas madrugadas de São Paulo, Curitiba, Porto Alegre (entre outras) para agredir violentamente todos aqueles (sabemos quem) merecedores de suas iras covardes. Em geral estes perigosos caras, oriundos de nossas tristes periferias, são a ‘fina flor’ da miséria humana brasileira; seus tipos físicos são distantes de qualquer estética europeia ou ariana (matriz de suas ideologias): são cafuzos / mulatos / caboclos descendentes de nossa riquíssima e bela miscigenação. 

Ben é articulado e muito culto, escreve com pertinência dentro de seus conceitos de supremacia étnica italiana. Em princípio, ele parece ser um cara extremamente liberal e aberto, preocupado com problemas contemporâneos de nosso mundo: políticos / ecológicos / sexuais masculinos:

“Avviso ai naviganti - Aviso aos Navegantes”: http://signal-it.blogspot.com/p/prima-pagina.html

“Perché questo blog - Por que este blog”: http://signal-it.blogspot.com.br/p/perche-questo-blog.html

A postagem “Orinatoi e Paruresi  -  Mictórios e Paruresis” é um achado. Ben discorre sobre um assunto que diz respeito a muitos de nós e que eu desconhecia: http://signal2-it.blogspot.com.br/2012/06/orinatoi-e-paruresi.html

Porem na postagem “Mutilazioni genitali maschili  -  Mutilação da genitália masculina”, sinto que Ben ofende de forma discreta os costumes de outras etnias: http://signal-it.blogspot.com.br/2011/01/mutilazioni-genitali-maschili.html

Á medida que vamos lendo as demais postagens, as ideias fascistas italianas do autor afloram. Leiam este blog com atenção e discernimento (via PC, jamais por smartphones); dentro dele há um outro chamado Blog Giornaliero: http://signal2-it.blogspot.com


Não se iludam: historicamente todos os regimes de extrema direita e esquerda (ocidentais e orientais) perseguiram e assassinaram homossexuais masculinos. É uma regra!

terça-feira, 7 de junho de 2016

Walt Whitman (1819-1892): poeta dos homens camaradas


“Lego umas poucas canções, deixo-as no ar, para camaradas e amantes...”  
Labour Saving Machine - Walt Whitman.

“Eu anuncio a estreita afeição, declaro que que ela será ilimitada e sem reservas. Digo que ainda encontrarás o amigo que estavas procurando.”   
So Long - Walt Whitman. 

Tradução: Pompeu de Souza. in Oswaldino Marques - Videntes e Sonâmbulos, Rio de Janeiro: 1955.


“Nós dois, camaradas, agarrados um ao outro, sem largarmos os elos das mãos um do outro.
A errar, daqui prali, pelas estradas, para o Norte, para o Sul, sem destino certo.
Fortes e alegres, abrindo os cotovelos mas prendendo os dedos, um do outro.
De mãos dadas, braços dados, sem medo, a comer e beber e dormir e fazer amor.
Sem outra lei que nós mesmos, vagando, fingindo que trabalhamos; e furtando também e ameaçando a ordem das coisas estabelecida.
Mesquinhos, desprezíveis, alarmando os padres, arrostando o fardo, respirando ar, bebendo água, e dançando na relva e na areia da praia.
Varando as cidades densas, populosas, zombando da lei, de tudo zombando.
Repudiando a fraqueza, na nossa pilhagem gloriosa.”   
We Two Boys Together Clinging - Walt Withman.   

“Num olhar de relance, como se fora por uma fresta, vejo operários e motoristas agrupados juntos ao balcão do bar, em torno da estufa, pois é noite fria de inverno.
Eu, quieto no meu canto, despercebido, vejo um rapaz que me agrada, que se acerca e se abanca à mesa mais próxima, tão perto que pode pegar minha mão.
E, por longo tempo, em meio à bulha e ao tropel das idas e vindas, em meio à bebedeira, às pragas, às pilhérias pesadas, há duas pessoas satisfeitas.
Tão felizes por estarem juntas que poucas palavras bastam, ou nenhuma.”  
Glimpse - Walt Whitman.

“Camarada, isto não é um livro,
Quem pousa a mão aí, toca num homem.
(É noite agora? Estamos, aqui, a sós?)
É a mim que tomas, sou eu quem toma a ti,
Salto dentre estas páginas aos teus braços - a morte traz-me à tona.”
So Long - Walt Withman.

Tradução: Pompeu de Souza. in Oswaldino Marques - Videntes e Sonâmbulos, Rio de Janeiro: 1955.


“... el sol canta por los ombligos de los muchachos que juegan bajo las puentes.”
Ode a Walt Whitman - Frederico Garcia Lorca.

Walt Whitman - book jacket design by Robert Littleford

domingo, 10 de abril de 2016

Saudades de Jack Malebranche


Jack Malebranche - Jack Donovan

Saudades do escritor Jack Malebranche, autor de 'Androphilia: A Manifesto. Rejecting the Gay Identity, Reclaiming Masculinity' - Baltimore, Md: Scapegoat Publishing, 2006.
Os moralistas tremem ao saber que ele foi ‘satanista’ no passado, e isto ainda serve de munição aos ‘gays fundamentalistas’ e 'héteros enrustidos'. Tal fato nunca me interessou e cada homem segue seu caminho, laico (secular) ou não.
Malebranche foi o pseudônimo de Jack Donovan (JD). A primeira edição de ‘Androphilia’ tinha Malebranche como autor e virou item de colecionador; já as edições posteriores levam o nome de Donovan. Por que uso o termo ‘saudades’ no título da postagem? Malebranche dizia coisas, na época, que me interessava e fortalecia: era ‘afiado’ e sagaz; ‘deitava e rolava’ em assuntos relacionados ao ‘gayismo’; tinha um humor ferino e educado, qualidade que aprecio e que se perdeu... talvez reflexo do mundo atual e do seu novo público, bem diferente dos leitores de sua obra pioneira.
Em princípio achava Malebranche mais universal que o Donovan, mas vi que eu tinha parado no imponderável tempo e que estava errado. Donovan é ‘foda’ e entendo que sua fase de combate ao ‘gayismo’ já faça parte do passado. Ele agora trilha caminhos que enfatizam o ‘tribalismo masculino’, de antigos costumes viris para o fortalecimento dos homens em tempos de globalismo. É um desenvolvimento natural de seu hercúleo e bem fundamentado trabalho com livros, vídeos, palestras, cursos, artigos. Depois de ‘Androphilia’, escreveu ‘Blood-Brotherhood and Other Rites of Male Alliance’, ‘The Way of Men’, ‘No Man’s Land’, ‘A Sky without Eagles’, ‘Becoming a Barbarian’. Seu trabalho é drigido a qualquer homem do planeta, mas creio que haja mais ressonância cultural entre homens norte-americanos / europeus / canadenses / australianos.

Sou um orgulhoso homem de ascendência portuguesa e italiana e  oriundo da ‘cultura rural caipira’ do Estado de São Paulo. Sou um adepto de JD, mas eu duvido que seu Ideário tenha alguma ressonância em meu país (Brasil). Digo isto, por ser um crítico permanente do padrão médio do homem brasileiro: tosco, oligofrênico, ‘programado’, refém do ‘crescei e multiplicai’.

A violência urbana / suburbana / rural, do 1º ao 3º mundo, veio para ficar... e JD sabe disto. Penso nas palavras de Lawence Ferlinghetti (líder da geração beatnik e fundador da antológica livraria City Lights Books - San Francisco, EUA), ditas recentemente à Folha São Paulo (tradicional jornal brasileiro):
"Fronteiras serão mais porosas e o mundo vai ser tomado por hordas étnicas em busca de abrigo e comida”.

Há quase uma década, Ricardo Líper divulgou pioneiramente Jack Malebranche / Donovan aos homens brasileiros adeptos da Tradição Espartana. Reitero o que escrevi, em 2015, na página ‘Novidades Front’:
“O Código dos Homens - Ed. Simonsen foi lançado cá em Pindorama (Brasil). É a 1ª obra em português do Jack Donovan. Que fique bem claro: quem apresentou Donovan ao Brasil (2007) foi Ricardo Líper, acadêmico da Universidade Federal da Bahia. Fico indignado por Líper não ter sido chamado para fazer a apresentação de tal livro, pesquisador que é da virilidade masculina distante dos ‘programados e gays’.”

Em princípio, eu me dirijo e escrevo aos meus camaradas brasileiros, que são poucos e raros. Envaidecido e agradecido eu constato que, apesar de escrever em meu idioma (português), 50% de meus leitores são estrangeiros.

quinta-feira, 10 de março de 2016

Duplo Espírito ou Transgênero?



Foto 1: We'wha (1849-1896) com roupas tradicionais do povo Zuni. Era biologicamente masculino com espírito feminino. Muito inteligente, se tornou o embaixador Zuni em Washington DC e foi conhecido pela elite da capital como "o Zuni homem-mulher".

Foto 2: Squaw Jim (esquerda), macho biológico vestido de mulher com sua esposa (direita). Tinha status social e cerimonial em sua tribo Crow. Serviu como espião no Forte Keogh e ganhou reputação de bravura ao salvar a vida de um companheiro tribal na Batalha de Rosebud (1876).


Senso comum sobre Transgêneros (sexo masculino, gênero feminino) no Brasil atual:
- Violência, prostituição, pobreza e ignorância cultural;
- Empregos em salões de cabeleireiros (fofoca e futilidade a granel), shows em casas noturnas gays + participações em programas televisivos popularescos com as previsíveis e chatíssimas dublagens;
- Exibicionismos patéticos e ignorantes na mídia, frutos da miséria cultural dos quais muitos são oriundos;
- Estranhamente não são laicos. Clamam e invocam seitas e religiões puritanas que os reprimem há séculos;
- São desrespeitados ao máximo e tolerados apenas quando possuem certo destaque sócio cultural.

Mas nem sempre foi assim no continente americano. No hemisfério norte, europeus colonizadores encontraram entre os nativos alguns homens e mulheres que os perturbaram... eram conhecidos poeticamente como Dois Espíritos. Quando crianças, não foram reprimidos e eram livres para viverem seus gêneros quando adultos. Casavam-se e procriavam se quisessem. Alguns homens e mulheres eram valentes guerreiros ou pessoas comuns, líderes tribais ou religiosos. Homens vestiam-se de mulher e vice-versa, sem os dramas e preconceitos impostos cruelmente pelos colonizadores aos indígenas das 3 Américas.
Os últimos nativos de Duplo Espírito desapareceram formalmente no final do século XIX.

domingo, 1 de novembro de 2015

Sascha Schneider e a arte homoerótica na Alemanha pré nazista


Triumph of Darkness - Sascha Schneider - 1896

Sascha Schneider (1870 - 1927), russo de nascimento e criado na Alemanha, é um dos artistas que venero. Colaborou com o “Der Eigene”: vide página “Adolf Brand - Der Eigene - Männerbund - Wandervogel“ (menu horizontal superior deste blog). Foi um dos pioneiros da estética homoerótica nos séculos XIX e XX; sem seu trabalho, não haveria Tom of Finland e outros brilhantes artistas gráficos posteriores. Foi denunciado por sua homossexualidade (proibido pelo “artigo 175 - código penal alemão”) e mudou-se para a Itália, país menos repressivo na época.
Retornou à Alemanha pouco antes da República de Weimar (1919-33), período muito liberal e politicamente turbulento. Retomou sua intensa e produtiva atividade profissional. Porem era diabético: sentindo muita sede, ele tomou por engano um liquido de limpeza... sofreu um colapso e faleceu.
Neste retorno de Sascha Schneider, a Alemanha viveu uma curta Era de liberdades democráticas, onde enfrentou: Acordo de Paz de Versalhes, perda de seu território continental e colônias ultramarinas, gigantesca dívida de reparações de guerra (I Guerra Mundial), desemprego, desvalorização da moeda (marco) e hiperinflação. Estes graves problemas aliados aos temores do comunismo soviético foram o combustível perfeito para que grupos políticos antidemocráticos se unissem ao partido nazista de Hitler. Nas eleições presidenciais (1932), o presidente Hindenburg foi re-eleito. Hitler ficou em 2º lugar e conseguiu ser nomeado (manobra política) como Chanceler. O Reichstag (parlamento) sofreu grave incêndio e Hitler declarou estado de emergência... Hidenburg morreu... Hitler assumiu a presidência e proclamou o III Reich (1933-45). Começou o horror nazista, só comparável ao período stalinista russo. A II Guerra Mundial veio como conseqüência e por pouco não destruiu o continente europeu.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Sejamos resistentes ou “tá tudo dominado”?


Antonio Parreiras - Fim de Romance - 1912

1. Assisti (maio 2015) à estréia teatral de nova montagem de “Esplêndidos” - Jean Genet. Apesar do elenco desigual, gostei da sonoplastia baseada em tangos antigos. Coreografia bacana de tangos dançados somente entre homens, coisa real até 1910 no “basfond” do circuito Buenos Aires - Montevideo - Paris. Depois disto: mulheres + religião + moral + “bons costumes” tanto tramaram que transformaram o belo tango viril numa “dança lasciva entre machos e fêmeas”. Não é incomum encontrar na web, antigas fotos de homens dançando entre si, em acampamentos de trabalho ou militares. Não confundir com os clubes noturnos de Berlim e Paris, frequentados por homens homossexuais, nas décadas de 1920-30 (entre as 2 guerras mundiais).

2. “Nem todo homem gosta de brincar de casinha”. Alguns, fracos / programados / dominados em pleno século XXI, se deixam engabelar pelo medo da solidão e pelo batido bordão religioso “crescei e multiplicai”. E num momento que países laicos e bacanas defendem, e cumprem, ardorosamente o planejamento familiar e urbano. Tais homens vivem e perpetuam costumes familiares, padrões do século XX de seus pais e avós. Resultado: violência imperando com homens infelizes (sem nenhum caráter, criminosos) estuprando e assassinando namoradas - noivas - esposas - amantes.

3. Mutilação ou transexualismo? Genética ou herança da miséria humana? A transexualidade é coisa muito séria e deve ser tratada com todo rigor científico e humanismo. Mas, existem homens e mulheres brasileiros claramente mutilando seus órgãos genitais e mamas, por razões puramente estéticas... em nome de um novo padrão sexual (?!). Estas aberrações são expostas na mídia de forma corriqueira... a miséria cultural chegou ao limite em nosso vulgar país. 

Sejamos resistentes!

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Alianças e Tradição Viris não abrigam adeptos do gayismo

Le Travail - Pierre Puvis de Chavannes

Alguns caras, insatisfeitos e que fazem parte de correntes gays, não entendem as antigas Alianças e Tradições Viris. Insistem que elas seriam uma “casa de tolerância” que, eventualmente, os abrigaria. Eternamente entediados, tais caras não seguem seus caminhos e as confundem com alguma aventura; ousam imaginar que elas seriam uma forma de legitimar suas vidas patéticas e sem graça. Alguns, muito maldosos, sempre se metem em debates (observem): destilam seus venenos em pessoas e coisas que não lhes dizem respeito.
Penso sempre nos (muitos) caras casados que me contata desde os primórdios desse blog: homens bacanas, com filhos, que entendem perfeitamente (e como poucos) nossas propostas. Eles gostam de foder com homens; mas de forma ética e digna se recusam a romper o casamento e a criação de seus filhos, cometidos em suas juventudes.
Em princípio, acho que nos misturar com homens casados daria uma grande confusão. Eles não são independentes e fatalmente haveria intervenção das suas esposas, mesmo nos maridos mais discretos, seguidos de uma dispersão dos nossos fundamentos que são voltados exclusivamente aos homens que se relacionam (afeto + sexo) com homens. Mas, que fique claro: prefiro que abriguemos estes éticos caras doq que gays insistentes, que nada têm a ver conosco. Respeitamos muito, mas não abrigamos gays de espécie alguma. Entre nós não há correntes, facções ou dissidências: ou se é um dos nossos ou não; ou fica ou cai fora.

Só escrevo sobre o que li, estudei, vivenciei “in loco” cá no Brasil e estrangeiro. No início da década de 1990 surgiram os "bears" em países formadores de opinião gay (EUA, seguidos do Canadá - Europa Ocidental - Austrália). Com uma pretensa aparência natural de macho (não depilados), este segmento gay seria (grosso modo) um contraponto às "barbies" depiladas e “bombadas”, entre outras muitas correntes do gayismo.
No final desta mesma década surgiram as comunidades ursinas brasileiras, razoavelmente organizadas. Neste distante período, muito curioso, eu conheci alguns destes grupos (Porto Alegre, Curitiba, SP, Rio, BH) em bares, saunas, clubes noturnos. Eram lugares que nada diferiam dos congêneres gays tradicionais: muita bichice e pouca virilidade; droga rolando à vontade e distribuída por facções criminosas locais; pick-ups pilotadas por (com honrosas exceções) péssimos DJs com o lixo comercial da música eletrônica / disco; muito viado travestido ou fantasiado de macho.

No início da 1ª década do séc. XXI aconteceram rachas definitivos nesta corrente gay, versão brasleira. O que se vê atualmente são pastiches de “pseudos encontros bears” comerciais com bichinhas (e suas indefectíveis sobrancelhas depiladas) + mariconas metidas a macho + sujeitos com perigosíssima obesidade mórbida. Todos se dizem bears (claro) ou simpatizantes; raros são os que possuem os (outrora exigidos) "fisique-de-rôle" e postura (estéticos, bem entendido). A maioria, colonizada e desinformada, com biótipo bem brasileiro (a bela miscigenação portuguesa + indígena + africana), se fantasia de "lenhadores do Oregon e Oeste Canadense" (brutamontes machos descendentes de imigrantes do norte europeu, loiros ou ruivos) ou de “motociclistas easy-readers Route 66”, sem nunca ter enfiado a mão na graxa (quem é ou foi motociclista, sabe do que falo).
Muitos são tão descuidados com sua saúde, comem tanta porcaria e comida industrializada, que não encontram vestimentas que lhes sirva. Vários obesos gays, que se abrigam no movimento ursino, estão na fila de cirurgias bariátricas sem uma assessoria psicológica, já que "vivem para comer" em vez de "comer para viver" de forma sensata e saudável. É corrente (área médica) que muitos no pós-operatório acham que estão liberados e comem potes (e + potes) de sorvete e (pasmem) latas de leite condensado com canudinho, já que alimentos sólidos não "descem". A obesidade provoca hipertensão e diabetes, doenças graves (que se não tratadas) levam a graves consequências: derrames, cegueira, disfunção erétil, e dependência definitiva de terceiros para continuar vivendo. Sem contar o constrangimento de: não caber em automóveis comuns, transportes coletivos, aviões (classe econômica); a difícil locomoção para descer e subir em ônibus, ir ao banheiro destes veículos (ônibus interestaduais e aviões); dificuldade de toalhas + roupões que sirvam numa sauna, "encontrar foda" e por aí vai. Obesidade é uma grave doença e não vejo, no Movimento Gay, nenhum apoio aos caras que padecem deste mal; apenas falam das doenças sexualmente transmissíveis como se todos fossem macacos bonomos (que fodem o tempo todo).

Nossos fundamentos além de nos fortalecer, reiteram continuamente a seus adeptos que tenham uma vida equilibrada e saudável. O fato de um homem ser naturalmente parrudo (muito diferente do obeso), com ou sem pelos, não faz dele um "bear" (termo gay, repito). Nossos adeptos não possuem estética ou biótipo definidos; são naturalmente másculos, discretos, calados, equilibrados; não chamam atenção; só dão sua opinião quando necessário, em assuntos pertinentes e emergenciais.

The Fruits of the Sea - Alexander Rothaug

domingo, 25 de maio de 2014

Gays aceitos pela classe média brasileira


Franz Stuck

Afinal que tipo de homem, que faz sexo com homem, é aceito pelo brasileiro médio? Acertou quem respondeu que é o gay. Mas não qualquer gay, tem que ser (segundos padrões classe-média vigentes): filho (irmão, sobrinho, neto) educado, discreto, culto e elegante; viajado, sensível e bem humorado; trabalhador incansável e bom profissional; querido pelos colegas, amigos e familiares.
É recomendável também que: tenha parceiro fixo e uma casa aconchegante; receba e cozinhe bem; tenha cachorro(s) e/ou gato(s); seja religioso; vote em candidatos queridos e politicamente tradicionais; faça psicanálise (dobradinha psicólogo + psiquiatra); pense em adotar ou já tenha adotado criança(s) orfã(s) ou enjeitada(s).
Ai do homem, que faz sexo com homem, que se opuser a este novo paradigma! Será execrado e banido de todo convívio social, familiar, profissional. Será tachado de muito difícil e crítico, antissocial, de difícil trato, demagógico, desumano, mal-caráter, estranho... e por aí vai. Retroagimos e vivemos numa ditadura de costumes, onde um homem não pode opinar abertamente que ele seja:

I. Contrário ao simples ato da adoção de crianças órfãs ou enjeitadas, já que o Brasil não pratica e não incentiva o planejamento familiar e urbano. Com isto vê-se uma crescente massa da miséria humana que não para de procriar em pleno século XXI. Filhos abandonados por suas mães (meninas e adolescentes), são criados por valorosas avós. Estas fazem o que podem para dar um pouco de dignidade a seus netos, mas estão cientes de que (exceções feitas) eles serão arregimentados pelas poderosas organizações criminosas locais no devido tempo.

II. Contrário ao confinamento cruel de animais domésticos em apartamentos, exceção feita em casas térreas urbanas e propriedades rurais. Normalmente estes “pets” permanecem sozinhos durante o dia, esperando seu dono chegar à noite do trabalho para o fatídico passeio; estes esporádicos passeios estão sendo delegados aos passeadores de cachorros empregadas / faxineiras, como se elas não tivessem mais o que fazer em suas duras labutas diárias.
Convenhamos: o corporativismo criado por alguns inconsequentes comerciantes (pet-shops), veterinários e donos de canis e gatis visam apenas o lucro; vendem e tratam filhotes consanguíneos ou doentes, que terão vida curta e sofrida além de reféns de tratamentos veterinários caros e insolúveis.

III. Contrário ao Gayismo e seus valores fúteis e anacrônicos. Afinal romper com a corrente LGBT+ ocasiona sérias conseqüências sociais, pois (no senso comum e burro) adeptos das antigas Alianças e Tradições Viris não passam de “viados enrustidos”; com isto o cara fica sem alternativa de amigos, lazer, vida afetiva e sexual.
E se o cara não tolera mais clubes noturnos e saunas gays, onde encontra os sujeitos de sempre e suas tolas e inúteis conversas?
E se ele gosta de ser homem e da companhia de outros iguais? Mas, estes sumiram graças à marcação cerrada de seu meio social (família, amigos, colegas, religião) e com isto acabaram se casando, contra sua vontade, procriando e sendo infelizes para sempre.

IV. Contrário à uma possível ida (sob pressão de amigos e familiares) a um consultório psicológico ou psiquiátrico, para se adequar ao meio em que vive. Imagine na consulta, ter que explicar ao profissional a diferença entre: Gayismo, Androphilia, Tradições Viris... que preguiça que dá! Na cabeça majoritária destes profissionais, homem que faz sexo com homem é gay e ponto final. Sua formação acadêmica nunca o alertou que o termo homossexualismo foi criado no século XIX de forma autoritária e fascista.

V. Contrário à obrigação de se viajar para óbvios lugares; de fazer parte de uma rede social invasiva; de aceitar convites de festas e jantares e, pior, ter a obrigação de retribuí-los em sua casa.

VI. Contrário à marcação cerrada dos amigos tentando de tudo para que comece um “relacionamento sério”, caso esteja só, com um cara que eles julgam ser sua “cara metade”. Eles desconhecem que uma parceria viril vai muito alem de pretensos namoros vazios feitos para se passar o tempo e, temporariamente, satisfazer necessidades sexuais.

V. Contrário à decantada estagnação de carreiras profissionais. Em determinados empregos, a falta de esposa e filhos pode ser fatal. Nas forças armadas (aeronáutica, exército, marinha) e na polícia (militar, civil, federal, municipal) haverá certamente convites velados para uma saída honrosa.

VI. Contrário ao boicote que sofre de outros homens, que não o aceita, apesar de ser tão ou mais macho que eles. O fato de não se relacionar com mulheres, e de não procriar, cria uma barreira imutável. Os caras ficam sem graça em tomar banho juntos conosco após um jogo; não se trocam perto de nós, pois na cabeça deles somos gays; não nos convidam para jogar bilhar e/ou tomar cerveja.

Afinal tudo isto (Tradições Viris) pode ser “muito subversivo” para suas vidinhas sem graça e já definidas.

Conclusão:
Não existe receita para se sair deste aparente imobilismo, que homens como nós, somos reféns. O ideal é que se faça uma divulgação discreta e vigorosa das Tradições Viris, com caras que você creia que seja de nossa cepa. Não adianta falar para seu amigo ou colega gay: gay é gay, tem seus padrões comportamentais e culturais definidos, são felizes e orgulhosos com isto; mas definitivamente não são dos nossos. Espero que lideranças sinceras e discretas surjam naturalmente em todos os rincões do Brasil, e com isto o número de adeptos aumentará. Mas não se iludam e não sejam imediatistas, isto leva muito tempo. Estamos arando o terreno para que as novas gerações, talvez, concretizem nossos sonhos.

Em tempo:
- Sou bom filho e amigo, profissional correto; fui criado em cidade pequena; aprendi a cavalgar e a nadar com menos de 5 anos; tomava banho de chuva nos aguaceiros de verão; fui “arteiro” e fiz tudo que um moleque de minha geração tinha direito.

- Gosto de animais e da natureza, apenas não concebo animais domésticos trancafiados: um animal tem que ter um pouco de terra e tomar sol, chuva e vento.

- Casais gays que adotaram crianças têm toda minha solidariedade e respeito, mas não vejo os homens adeptos das Tradições Viris com esta missão.

- A maioria de meus amigos homens é gay: são sujeitos bem resolvidos e satisfeitos com esta escolha; nunca tentei cooptá-los às Tradições Viris.

- Todo meu respeito aos profissionais da psicologia e psiquiatria. Tenho profunda admiração por 2 grandes nomes desta área, infelizmente falecidos, que conheci pessoalmente (não como paciente) e cujas obras e vidas me nortearam e me fizeram feliz: os psiquiatras (ambos paulistas / brasileriros) Roberto Freire e José Ângelo Gaiarsa.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Banheiro viril: mictório em sua casa



Mictórios em banheiros privados são um grande tabu no Brasil, mas estiveram em alta nos lares de homens independentes nas décadas de 1980-90. Neste período houve uma novela da Rede Globo de Televisão, cujo personagem “bon vivant” usava em cena o mictório de seu banheiro: causou sensação entre homens e escárnio entre mulheres, como de hábito.
A instalação de um mictório é de grande serventia para os varões, já que é muito desagradável urinar numa privada (vaso sanitário): não há pontaria que deixe o piso e esta peça sanitária incólume de respingos urinários. Deve-se ter cautela na escolha do tipo de mictório: caso o modelo + tamanho + altura não forem compatíveis, de nada servirá e os respingos continuarão. A descarga dele também deverá estar bem calibrada, senão o cara e o piso ficarão molhados.
Temos adeptos das Tradições Viris que vivem em área urbanas, suburbanas e rurais. Independente da cidade ou do estado brasileiro, é preferível que tal empreitada seja feita quando o imóvel estiver sendo construído. No caso de uma reforma, observe que outros ramais serão instalados: entrada da água e saída da água servida; e se há peças de revestimentos sobressalentes (piso e parede). Quanto à limpeza e manutenção, usa-se o mesmo procedimento de uma privada. Em tempo: prefiro o termo privada (de privacidade) ao vaso sanitário.
Por razões profissionais e pessoais, mudei algumas vezes de casa e cidades. Em meu penúltimo apartamento fiz uma reforma trabalhosa e instalei um mictório, que fez furor entre meus amigos homens. No atual em que moro, urino em privadas; tenho vontade de instalar um, mas reforma é sempre uma grande amolação e vou postergando aquilo que tanto almejo.
É desaconselhável fazer este tipo de instalação sanitária num imóvel alugado, por razões óbvias. Já em apartamentos minúsculos, e caríssimos, que estão sendo vendidos às pencas (grandes centros urbanos) dificilmente haverá lugar para tal reforma: o espaço é milimetricamente projetado para se ter um box (banho), pia e privada; idem no lavabo. Em imóveis projetados e construídos até o início dos anos de 1990 haverá, com exceções, espaço de sobra para arroubos construtivos. Acréscimos (ou mudanças) de pontos hidráulicos deverão obedecer a regras técnicas locais, para se evitar aborrecimentos (embargos e processos): planejamento e projeto adequados, principalmente em apartamentos; mão de obra competente; materiais práticos e de qualidade.
Evite o luxo e o duvidoso: além de supérfluo, este tipo de estética possui data de vencimento; simplicidade com bom design é uma dupla imbatível e elegante.
Ignore a estética e os atuais horrendos projetos voltados às famílias reféns do “crescei e multiplicai”; a construção civil segue paradigmas babacas desta chamada “nova classe média brasileira”. Pesquise outras formas de moradia e de bem viver, adaptadas ao seu meio sócio - cultural - climático.
 
Nosso lar viril deve apenas nos servir, jamais visar terceiros: nossa casa é nosso abrigo, nosso território indevassável!


sábado, 2 de novembro de 2013

Extinção das Tradições Viris

É possível que homens de nossa cepa tenham sido vítimas, há tempos, do que as ciências biológicas denominam de "grande extinção" (licença poética).


Nunca tive problemas existenciais com minha vida afetiva sexual, já que por natureza nunca dei satisfação de minha vida pessoal. Vejo muito cara dramático, nada viril, parecendo personagem de chatíssimas óperas, vomitando seus piegas problemas e depoimentos. Claramente nunca será um macho, apenas carrega em sua certidão de nascimento a classificação de gênero masculino.

Tive uma vida normal de moleque: boca suja, brigava muito, brincava, jogava futebol, coisa comum em minha geração. Fiz serviço militar obrigatório e namorei muita mulher legal. Em dado momento vi que uma parceria (afetiva e sexual) com outro macho seria mais compatível comigo: simples e indolor.  

As Tradições Viris (TVs) me confirmaram o caminho das pedras, apesar de trilhá-las intuitivamente desde minha adolescência. Gosto destas tradições, aplico-as em minha vida sem drama algum. Conheci, mundo afora, caras que pensam como eu. Uma fraternidade, física ou virtual, deve ser composta apenas por homens que apliquem e concordem com as TVs; os demais que sigam seus rumos!

As TVs fundamentam uma fraternidade, e uma é indissolúvel da outra. Um núcleo não precisa ser necessariamente físico: a distância também nos fortalece e nos une. Fraternidade pronta não existe; o cristianismo acabou com ela e o 'gayismo' a enterrou. Que cada um faça sua parte, se quiser que este estado de coisas se reverta em médio ou longo prazo.

domingo, 18 de agosto de 2013

Homem não espanca homem... só em legítima defesa



Nunca tiver prazer em ver um homem espancando outro homem. Entendo isto como um enfraquecimento do gênero masculino quando está totalmente perdido, sem padrões claros e corretos de virilidade, destituído de cumplicidade e tolerância em relação a um possível irmão seu.
Oz, um seriado televisivo made in USA (1997-2003), tratava da disputa covarde entre facções religiosas e étnicas de uma cadeia norte-americana. Era regado a cenas de poder e droga, e principalmente homossexualismo seguido de culpas homéricas, lutas e assassinatos para lavar a honra deste “deslize sexual”. Afinal, os presos iriam fuder com quem num antro de confinamento masculino?
Franquias de tolas lutas estrangeiras chegaram com tudo na mídia brasileira onde lutadores, homens programados, cumprem seu papel exigido: TUF (The Ultimate Fighter), MMA (Martial Mixed Arts), UFC (Ultimate Fighting Championship), entre outras organizações. Na plateia destes pseudos-esportes, homens e mulheres chegam a um perigoso nível de excitação comparável às tropas nazi-fascistas ou torturadores em regimes políticos de exceção.
Para entornar o caldo, as antigas lutas (geralmente orientais) de autodefesa e aprimoramento do equilíbrio (físico, mental, espiritual) estão sendo perigosamente manipuladas por pessoas e/ou grupos em prol de vulgares demonstrações de machismo violento e barato.
Enquanto isto, a antiga e tradicional luta olímpica denominada greco-romana sofre boicotes de todo lado. Ela está para perder, ou perdeu, seu título de luta olímpica. Tudo muito curioso e nebuloso, mas esperemos que a tradição e a ética vençam este estranha atitude do Comitê Olímpico Internacional.
Um homem espancar cruelmente um outro é algo razoavelmente aceito pela escória lobotomizada. Já fazer sexo com homem, complica e muito... e dá nó nas cabeças de alguns perigosos programados.

sábado, 1 de junho de 2013

Longevidade dos adeptos das Tradições Viris



I. Adeptos maduros das Tradições Viris (TVs) costumam ser arredios e cautelosos, e sabem que as TVs são o seu escudo. São discretos, pouco dados a sociabilidades forçadas e sem sentido. Mas quando cercados de seus camaradas, a coisa muda.
Usam as redes sociais com parcimônia, pois sabem que muitos dos que lá estão são patéticos e exibicionistas personagens criados. Por razões profissionais, são mais encontrados no Linkedin e nas páginas da Plataforma Lattes.
Apreciam a web e a alta tecnologia. Foram testemunhas do início dos microcomputadores domésticos, da linguagem DOS, da posterior chegada do Windows 3.1 e seus sucessores.
Deploram a vulgaridade e a tolice reinantes na Internet, assim como a dependência neurótica de caixas postais e dos “muy amigos” de redes sociais.  Desconfiam que a web, com muitas informações rasteiras e descartáveis, esteja deixando parte da população oligofrênica (idiotizada).
Neste século XXI, a vida e o tempo estão passando velozmente e a mocidade tem curto prazo de validade. O juvenilismo e o imediatismo são incompatíveis com as Tradições Viris.

II. Somos éticos e civilizados.
Adeptos das TVs  não falam ao celular em: salas de cinema e teatro, templos religiosos, jantares e almoços formais, reuniões profissionais (gafe).
Não fazem parte desta inculta e grosseira massa denominada “nova classe média”, que se impôs em nosso país com suas novas normas sociais e padrões de hiper-consumismo em seu cotidiano: questão de civilidade e cultura.
Não se expõem em público, já que suas vida pessoais não dizem respeito a ninguém.
São libertários, precavidos e alertas. Se possível, fazem seu próprio imposto de renda. Caso necessitem de contadores, ou afins, devem ter em mente o velho ditado rural brasileiro: “É o olho do dono, que engorda o gado”. Lutam para ter sob controle as rédeas de sua vida para não delegá-las a terceiros.

III. Ninguém escapa das armadilhas que a vida, eventualmente, nos impõe.
Quando um dos nossos passa por momentos turbulentos, costuma “submergir” um pouco. Entende que “voltar atrás” não é derrota, e sim recuo estratégico.
Nesta fase, ele intensifica a leitura dos fundamentos da Tradição Espartana. Sabe que nenhum resultado é imediato e que só o treinamento diário poderá mostrar um caminho para que sua vida trilhe um rumo melhor.


sábado, 2 de março de 2013

Trabalho braçal e as Tradições Viris



Fui um adolescente e pós-adolescente que trabalhava e estudava, apesar da família ter conforto material. Ajuizado e aventureiro, atípico, viajava sempre que podia... e invariavelmente sem muito dinheiro. Eram tempos de pouca violência (urbana - suburbana - rural) neste constrangedor país. Nestas viagens (dentro e fora do Brasil) às vezes trabalhei em ocupações braçais, que muito me fortaleceram e me tiraram um certo ranço de classe média.
Nunca fui a um parque temático norte-americano ou me interessei por exagerados templos de consumo. Não digo que desta água não beberei, mas em lugares onde a consumista classe média brasileira viaja ou frequenta, eu passo bem longe. Reparem que todo corrupto e filho da puta brasileiro tem moradia na Flórida; justo neste belo e quase caribenho estado norte-americano, onde Hemingway e muita gente boa viveu.
Como estou sempre na contra-mão dos dados da economia oficial vigente, viajo cada vez menos: rodoviárias, aeroportos, hotéis e pousadas andam absolutamente lotados; e tudo extorsivamente caro para os meus padrões espartanos. Cartões de crédito são distribuídos às pencas para pessoas que jamais honrarão seus compromissos bancários e sabe-se lá o que acontecerá a este tipo de gente: claramente um novo tipo de escravidão com dívidas impagáveis. E eu assisto de camarote, sem ação e indefeso, meus antigos paraísos sendo invadidos por esta horda de gente (grosseira e sem noção da cultura local e de seu meio ambiente) que devastam os locais por onde passam ou se estabelecem.
Gostaria de ter um caminhão e trabalhar viajando pelo Brasil e Cone Sul. Mas, imaginem só a encrenca que eu arrumaria nestas estradas abandonadas e criminosas, salvo aquelas privatizadas. Meus colegas de trabalho (com honrosas exceções) fatalmente seriam ignorantes, casados e com filhos, atrelados a alguma religião repressiva. Desnecessário falar dos assaltos que sofreria de facções criminosas bem aparelhadas e com uma logística e modus operandi de dar inveja. Não há órgãos de segurança (federais, estaduais, municipais) que dêem conta desta endêmica situação.
Fui motociclista (desde os 18) por muitos anos e até este prazer me foi tirado. Vendi faz tempo minha última e querida moto, graças a esta porra de violência que não respeita quem estiver em duas rodas. A barbárie urbana não perdoa ninguém e não tenho mais saco para motoqueiros imbecilizados, sem noção de leis de trânsito e cordialidade masculina, assim como os assaltos perpetrados por caras drogados que nada têm a perder ao tirar a vida de motociclistas indefesos.
Num passado bem recente os trabalhadores braçais brasileiros eram muito bem articulados (culturalmente e socialmente), principalmente o operariado dos centros industriais e portuários. Seus fortes sindicatos, nem sempre pelegos, e seus movimentos reivindicatórios deixaram uma perene marca na história política brasileira. Os antigos operários eram destemidos e com poucos lastros repressivos. As seitas religiosas invasivas ainda não faziam parte do dia a dia deles, e que hoje ocupam horário nobre de nossas emissoras de rádio e tv. Nossas centrais sindicais não eram tão machistas, babacas, reacionárias e pelegas como agora. Operários homens, que quisessem, faziam sexo com outros homens sem dó nem piedade: não se tocava no assunto, não se cobrava nada, não se fotografa, não se “dedava”... era uma outra ética masculina.
 
Apesar de tudo, acho louvável que um adepto das Tradições Viris:
- Tenha uma fé não repressiva (leia Máximas Délficas), desde que mantenha sempre uma postura laica. Se for ateu convicto, sem necessidade de uma vida espiritual, admirável também será.
- Faça parte de um sindicato ou associação de classe profissional (inoperante ou não, trabalhador ou patronal). Neles sempre poderá contar com um departamento jurídico (útil em ações trabalhistas) e com convênios médicos / odontológicos, que sempre saem bem mais em conta.
- Não se descuide do futuro e que faça uma poupança para a velhice, pois ela chega lépida e nem sempre fagueira. A juventude é efêmera, infelizmente. Muitos de nossos adeptos são da terceira idade ou estão chegando lá.
- Contenha a ansiedade e não seja imediatista; tudo a seu tempo.
- Caso seja novo e imaturo, aproveite sua “jeunesse” para estudar e trabalhar com afinco para uma almejada independência econômica.


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Adeptos das Tradições Viris não se apaixonam



Paixão é um estado de espírito, criado pela literatura do Romantismo, voltado às indefesas e sonhadoras senhoritas (e senhoras) do século XIX.
Curiosamente, gays + homens programados + mulheres aceitam e veneram a paixão em pleno século XXI. Contribui muito para isto, uma constrangedora e rendosa indústria de eventos voltados a este tipo de gente: rádio e tv, mídias diversas, dia dos namorados, casamentos e noivados, publicações (impressas e on line). E ai de quem não ingressar nesta merda toda!
Com honrosas exceções, gays costumam se apaixonar e perseguir seu objeto de desejo de forma doentia. Na primeira conversa, já fazem planos para o futuro, olham o cara com olhar meloso e já perguntam o signo do pretendente (também conhecidos como “bichinha horóscopo”).
Adeptos das Tradições Viris têm por seus pares um outro tipo de afeto, mais forte e perene: amizade, amor, compreensão, respeito, admiração.  Um adepto nunca é invasivo, aceita e defende seu parceiro com toda a força de sua virilidade.
Duplas viris têm como modelo os pares do Sagrado Batalhão de Tebas e devem adaptá-lo aos nossos tempos e ao meio sócio - econômico - cultural em que vivem.
Nunca se desentendem em público, seus problemas são resolvidos entre quatro paredes. Seu compromisso é baseado na verdade, na confiança mútua e destituído de interesses, tendo a ética como seu maior valor moral. São independentes e um nunca será sustentado pelo outro (salvo emergências). Jamais darão satisfação de suas vidas a quem quer que seja. Ingressam com parcimônia e cuidado em redes sociais. São avessos aos exibicionismos e as vulgaridades reinantes nestes patéticos tempos de sub-celebridades, sintomas da pobreza cultural contemporânea.



domingo, 23 de dezembro de 2012

Solidão Viril



Caindo na real, sem fatalismos e dramas: a solidão faz parte dos homens adeptos das Tradições Viris (TVs). Geralmente somos isolados, incompreendidos, criticados. Cercados por pessoas, costumes e hábitos que não nos dizem respeito.
Homens com parcerias ou camaradas ao seu redor, ideal e recomendável, escapam um pouco desta sina.
Devemos, o quantos antes, assumir nossa virilidade. Lembremos que as TVs não são um dogma e devem ser adaptadas à vida de cada um. Nosso treinamento (agogê) é árduo e constante, pequenas vitórias devem ser comemoradas. Se conseguirmos manter um mínimo de serenidade diante de aborrecimentos cotidianos, será um grande feito.
A procura de nossos iguais (em cidades pequenas, médias ou grandes) é trabalhosa e algumas vezes inglória. Cidades populosas não são necessariamente áreas de adeptos das TVs. Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo, são fortíssimos focos de gayismo. Raramente recebo mensagens de paulistanos ou cariocas, sejam moradores ou locais. Concluo que nossos adeptos e simpatizantes vivem espalhados por todos os rincões brasileiros, principalmente em municípios pequenos e médios.
Com cautela e bom senso, podemos usar a Internet como aliada. Mas, que fique bem claro: não nos responsabilizamos por nada e nem por ninguém, já que somos naturalmente desconfiados.
Sejamos cordiais, mas não percamos muito tempo com pessoas e grupos que não nos dizem respeito. Melhor viver só, do que ser satélite de gente que nada nos acrescenta. Não precisamos ser ermitãos: basta sermos independentes e sabermos dizer não quando necessário.
Não tenham receio de viajar ou sair a sós, desde que tomem os cuidados de praxe neste violento país.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O Zen e as Tradições Viris



O Brasil, país reconhecidamente hipócrita, é hostil aos homens adeptos das Tradições Viris (TVs); portanto, todo cuidado é pouco.
Aqui as TVs são nossas aliadas, nos equilibram e fortalecem. Também podemos buscar outras fontes de fortalecimento viril, desde que sejam compatíveis com nosso Ideário. Sem isto, podemos ser presas fáceis do sectarismo reinante, de movimentos tolos e fascistas existentes na web.
Desde os tempos da Contracultura, muito se fala do Zen (termo mal compreendido e deturpado) no Ocidente. Há também uma certa confusão com o Zen Budismo, doutrina oriunda do budismo tradicional tibetano.
O Zen é parte da cultura imaterial do extremo oriente, e provavelmente da cultura samurai. Creio que ele poderá ser um aliado e fazer parte de nosso agogê (treinamento, adestramento).

“O Zen não é um sistema fundado na lógica e na análise. Nada tem a ensinar, no que diz respeito à análise intelectual, nem impõe qualquer conjunto de doutrinas a seus seguidores. Não há no Zen qualquer forma simbólica através da qual se obtenha um acesso à sua significação. O Zen nada ensina; qualquer ensinamento que exista no Zen vem mediante nossa própria mente. Ele meramente aponta o caminho. Não há nada no Zen propositadamente estabelecido como doutrinas cardeais ou filosofia fundamental. O Zen não é uma religião, no sentido em que é compreendido o termo: não tem Deus para cultuar, mas Deus não é negado, nem afirmado. Pela mesma razão o Zen também não é um a filosofia. Uma pessoa pode meditar sobre um assunto religioso ou filosófico enquanto se instrui no Zen, mas isso é acidental. O Zen deseja a mente livre, desobstruída. A idéia básica do Zen é a de entrar em contato como os trabalhos íntimos do nosso ser de maneira mais direta possível.”
TRAVASSOS, Patricya. Alternativas de A-Z. Rio de Janeiro: Editora Senac-Rio, 2003.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Sagrado Batalhão de Tebas e Ordem da Queronéia



I. O filme 300 é uma licença poética, um excelente entretenimento. Porem tem visões históricas e morais muito distorcidas, bem ao gosto do fundamentalismo cristão da classe média norte-americana.
150 pares de soldados (os 300), com vínculos afetivos e da mesma idade, eram a elite do exército de Tebas (cidade-estado da antiga Grécia) no séc. IV aC. Conhecidos como Sagrado Batalhão de Tebas eram temidos, admirados, ferozes, disciplinados. A ligação amorosa entre estes pares de soldados era crucial, pois a proteção mútua (juramento) os tornavam imbatíveis.
Górgidas (418-362 aC) era o comandante deste emblemático exército, onde implantou novas táticas de batalha. Ele tambem redesenhou o mapa político grego e Tebas substituiu Esparta no poder regional.
Após sua morte, seu batalhão foi vencido (Batalha de Queronéia - 338 aC) pelo exército de Alexandre o Grande (Alexandre Magno), que combatia em nome de seu pai Filipe II da Macedônia.

II. Ordem da Queronéia (hoje extinta) foi uma sociedade secreta britânica de combate à perseguição ao homossexualismo masculino, tendo o termo “Causa” como referência a esta opressão.
Foi criada (1897) por George Cecil Ives (1867-1950) e naturalmente esta ordem possuía códigos, senhas, rituais, selos próprios. O extraordinário poeta Walt Whitman era considerado seu profeta.
Teve como membros, entre outros: Charles Kains Jackson, Samuel Elsworth Cottam, Montague Summers, Laurence Housman, John Gambril Nicholson, Oscar Wilde, Charles Robert Ashbee...
Após a morte de Ives, seus arquivos foram comprados e divulgados pelo Harry Ransom Research Center.