Nem todo homem gosta da instituição do casamento. Nem todo homem é adepto do 'crescei e multiplicai'.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O Zen e as Tradições Viris



O Brasil, país reconhecidamente hipócrita, é hostil aos homens adeptos das Tradições Viris (TVs); portanto, todo cuidado é pouco.
Aqui as TVs são nossas aliadas, nos equilibram e fortalecem. Também podemos buscar outras fontes de fortalecimento viril, desde que sejam compatíveis com nosso Ideário. Sem isto, podemos ser presas fáceis do sectarismo reinante, de movimentos tolos e fascistas existentes na web.
Desde os tempos da Contracultura, muito se fala do Zen (termo mal compreendido e deturpado) no Ocidente. Há também uma certa confusão com o Zen Budismo, doutrina oriunda do budismo tradicional tibetano.
O Zen é parte da cultura imaterial do extremo oriente, e provavelmente da cultura samurai. Creio que ele poderá ser um aliado e fazer parte de nosso agogê (treinamento, adestramento).

“O Zen não é um sistema fundado na lógica e na análise. Nada tem a ensinar, no que diz respeito à análise intelectual, nem impõe qualquer conjunto de doutrinas a seus seguidores. Não há no Zen qualquer forma simbólica através da qual se obtenha um acesso à sua significação. O Zen nada ensina; qualquer ensinamento que exista no Zen vem mediante nossa própria mente. Ele meramente aponta o caminho. Não há nada no Zen propositadamente estabelecido como doutrinas cardeais ou filosofia fundamental. O Zen não é uma religião, no sentido em que é compreendido o termo: não tem Deus para cultuar, mas Deus não é negado, nem afirmado. Pela mesma razão o Zen também não é um a filosofia. Uma pessoa pode meditar sobre um assunto religioso ou filosófico enquanto se instrui no Zen, mas isso é acidental. O Zen deseja a mente livre, desobstruída. A idéia básica do Zen é a de entrar em contato como os trabalhos íntimos do nosso ser de maneira mais direta possível.”
TRAVASSOS, Patricya. Alternativas de A-Z. Rio de Janeiro: Editora Senac-Rio, 2003.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Sagrado Batalhão de Tebas e Ordem da Queronéia



I. O filme 300 é uma licença poética, um excelente entretenimento. Porem tem visões históricas e morais muito distorcidas, bem ao gosto do fundamentalismo cristão da classe média norte-americana.
150 pares de soldados (os 300), com vínculos afetivos e da mesma idade, eram a elite do exército de Tebas (cidade-estado da antiga Grécia) no séc. IV aC. Conhecidos como Sagrado Batalhão de Tebas eram temidos, admirados, ferozes, disciplinados. A ligação amorosa entre estes pares de soldados era crucial, pois a proteção mútua (juramento) os tornavam imbatíveis.
Górgidas (418-362 aC) era o comandante deste emblemático exército, onde implantou novas táticas de batalha. Ele tambem redesenhou o mapa político grego e Tebas substituiu Esparta no poder regional.
Após sua morte, seu batalhão foi vencido (Batalha de Queronéia - 338 aC) pelo exército de Alexandre o Grande (Alexandre Magno), que combatia em nome de seu pai Filipe II da Macedônia.

II. Ordem da Queronéia (hoje extinta) foi uma sociedade secreta britânica de combate à perseguição ao homossexualismo masculino, tendo o termo “Causa” como referência a esta opressão.
Foi criada (1897) por George Cecil Ives (1867-1950) e naturalmente esta ordem possuía códigos, senhas, rituais, selos próprios. O extraordinário poeta Walt Whitman era considerado seu profeta.
Teve como membros, entre outros: Charles Kains Jackson, Samuel Elsworth Cottam, Montague Summers, Laurence Housman, John Gambril Nicholson, Oscar Wilde, Charles Robert Ashbee...
Após a morte de Ives, seus arquivos foram comprados e divulgados pelo Harry Ransom Research Center.