Nem todo homem gosta da instituição do casamento. Nem todo homem é adepto do 'crescei e multiplicai'.

domingo, 1 de novembro de 2015

Sascha Schneider e a arte homoerótica na Alemanha pré nazista


Triumph of Darkness - Sascha Schneider - 1896

Sascha Schneider (1870 - 1927), russo de nascimento e criado na Alemanha, é um dos artistas que venero. Colaborou com o “Der Eigene”: vide página “Adolf Brand - Der Eigene - Männerbund - Wandervogel“ (menu horizontal superior deste blog). Foi um dos pioneiros da estética homoerótica nos séculos XIX e XX; sem seu trabalho, não haveria Tom of Finland e outros brilhantes artistas gráficos posteriores. Foi denunciado por sua homossexualidade (proibido pelo “artigo 175 - código penal alemão”) e mudou-se para a Itália, país menos repressivo na época.
Retornou à Alemanha pouco antes da República de Weimar (1919-33), período muito liberal e politicamente turbulento. Retomou sua intensa e produtiva atividade profissional. Porem era diabético: sentindo muita sede, ele tomou por engano um liquido de limpeza... sofreu um colapso e faleceu.
Neste retorno de Sascha Schneider, a Alemanha viveu uma curta Era de liberdades democráticas, onde enfrentou: Acordo de Paz de Versalhes, perda de seu território continental e colônias ultramarinas, gigantesca dívida de reparações de guerra (I Guerra Mundial), desemprego, desvalorização da moeda (marco) e hiperinflação. Estes graves problemas aliados aos temores do comunismo soviético foram o combustível perfeito para que grupos políticos antidemocráticos se unissem ao partido nazista de Hitler. Nas eleições presidenciais (1932), o presidente Hindenburg foi re-eleito. Hitler ficou em 2º lugar e conseguiu ser nomeado (manobra política) como Chanceler. O Reichstag (parlamento) sofreu grave incêndio e Hitler declarou estado de emergência... Hidenburg morreu... Hitler assumiu a presidência e proclamou o III Reich (1933-45). Começou o horror nazista, só comparável ao período stalinista russo. A II Guerra Mundial veio como conseqüência e por pouco não destruiu o continente europeu.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Sejamos resistentes ou “tá tudo dominado”?


Antonio Parreiras - Fim de Romance - 1912

1. Assisti (maio 2015) à estréia teatral de nova montagem de “Esplêndidos” - Jean Genet. Apesar do elenco desigual, gostei da sonoplastia baseada em tangos antigos. Coreografia bacana de tangos dançados somente entre homens, coisa real até 1910 no “basfond” do circuito Buenos Aires - Montevideo - Paris. Depois disto: mulheres + religião + moral + “bons costumes” tanto tramaram que transformaram o belo tango viril numa “dança lasciva entre machos e fêmeas”. Não é incomum encontrar na web, antigas fotos de homens dançando entre si, em acampamentos de trabalho ou militares. Não confundir com os clubes noturnos de Berlim e Paris, frequentados por homens homossexuais, nas décadas de 1920-30 (entre as 2 guerras mundiais).

2. “Nem todo homem gosta de brincar de casinha”. Alguns, fracos / programados / dominados em pleno século XXI, se deixam engabelar pelo medo da solidão e pelo batido bordão religioso “crescei e multiplicai”. E num momento que países laicos e bacanas defendem, e cumprem, ardorosamente o planejamento familiar e urbano. Tais homens vivem e perpetuam costumes familiares, padrões do século XX de seus pais e avós. Resultado: violência imperando com homens infelizes (sem nenhum caráter, criminosos) estuprando e assassinando namoradas - noivas - esposas - amantes.

3. Mutilação ou transexualismo? Genética ou herança da miséria humana? A transexualidade é coisa muito séria e deve ser tratada com todo rigor científico e humanismo. Mas, existem homens e mulheres brasileiros claramente mutilando seus órgãos genitais e mamas, por razões puramente estéticas... em nome de um novo padrão sexual (?!). Estas aberrações são expostas na mídia de forma corriqueira... a miséria cultural chegou ao limite em nosso vulgar país. 

Sejamos resistentes!