Nem todo homem gosta da instituição do casamento. Nem todo homem é adepto do 'crescei e multiplicai'.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Alianças e Tradição Viris não abrigam adeptos do gayismo

Le Travail - Pierre Puvis de Chavannes

Alguns caras, insatisfeitos e que fazem parte de correntes gays, não entendem as antigas Alianças e Tradições Viris. Insistem que elas seriam uma “casa de tolerância” que, eventualmente, os abrigaria. Eternamente entediados, tais caras não seguem seus caminhos e as confundem com alguma aventura; ousam imaginar que elas seriam uma forma de legitimar suas vidas patéticas e sem graça. Alguns, muito maldosos, sempre se metem em debates (observem): destilam seus venenos em pessoas e coisas que não lhes dizem respeito.
Penso sempre nos (muitos) caras casados que me contata desde os primórdios desse blog: homens bacanas, com filhos, que entendem perfeitamente (e como poucos) nossas propostas. Eles gostam de foder com homens; mas de forma ética e digna se recusam a romper o casamento e a criação de seus filhos, cometidos em suas juventudes.
Em princípio, acho que nos misturar com homens casados daria uma grande confusão. Eles não são independentes e fatalmente haveria intervenção das suas esposas, mesmo nos maridos mais discretos, seguidos de uma dispersão dos nossos fundamentos que são voltados exclusivamente aos homens que se relacionam (afeto + sexo) com homens. Mas, que fique claro: prefiro que abriguemos estes éticos caras doq que gays insistentes, que nada têm a ver conosco. Respeitamos muito, mas não abrigamos gays de espécie alguma. Entre nós não há correntes, facções ou dissidências: ou se é um dos nossos ou não; ou fica ou cai fora.

Só escrevo sobre o que li, estudei, vivenciei “in loco” cá no Brasil e estrangeiro. No início da década de 1990 surgiram os "bears" em países formadores de opinião gay (EUA, seguidos do Canadá - Europa Ocidental - Austrália). Com uma pretensa aparência natural de macho (não depilados), este segmento gay seria (grosso modo) um contraponto às "barbies" depiladas e “bombadas”, entre outras muitas correntes do gayismo.
No final desta mesma década surgiram as comunidades ursinas brasileiras, razoavelmente organizadas. Neste distante período, muito curioso, eu conheci alguns destes grupos (Porto Alegre, Curitiba, SP, Rio, BH) em bares, saunas, clubes noturnos. Eram lugares que nada diferiam dos congêneres gays tradicionais: muita bichice e pouca virilidade; droga rolando à vontade e distribuída por facções criminosas locais; pick-ups pilotadas por (com honrosas exceções) péssimos DJs com o lixo comercial da música eletrônica / disco; muito viado travestido ou fantasiado de macho.

No início da 1ª década do séc. XXI aconteceram rachas definitivos nesta corrente gay, versão brasleira. O que se vê atualmente são pastiches de “pseudos encontros bears” comerciais com bichinhas (e suas indefectíveis sobrancelhas depiladas) + mariconas metidas a macho + sujeitos com perigosíssima obesidade mórbida. Todos se dizem bears (claro) ou simpatizantes; raros são os que possuem os (outrora exigidos) "fisique-de-rôle" e postura (estéticos, bem entendido). A maioria, colonizada e desinformada, com biótipo bem brasileiro (a bela miscigenação portuguesa + indígena + africana), se fantasia de "lenhadores do Oregon e Oeste Canadense" (brutamontes machos descendentes de imigrantes do norte europeu, loiros ou ruivos) ou de “motociclistas easy-readers Route 66”, sem nunca ter enfiado a mão na graxa (quem é ou foi motociclista, sabe do que falo).
Muitos são tão descuidados com sua saúde, comem tanta porcaria e comida industrializada, que não encontram vestimentas que lhes sirva. Vários obesos gays, que se abrigam no movimento ursino, estão na fila de cirurgias bariátricas sem uma assessoria psicológica, já que "vivem para comer" em vez de "comer para viver" de forma sensata e saudável. É corrente (área médica) que muitos no pós-operatório acham que estão liberados e comem potes (e + potes) de sorvete e (pasmem) latas de leite condensado com canudinho, já que alimentos sólidos não "descem". A obesidade provoca hipertensão e diabetes, doenças graves (que se não tratadas) levam a graves consequências: derrames, cegueira, disfunção erétil, e dependência definitiva de terceiros para continuar vivendo. Sem contar o constrangimento de: não caber em automóveis comuns, transportes coletivos, aviões (classe econômica); a difícil locomoção para descer e subir em ônibus, ir ao banheiro destes veículos (ônibus interestaduais e aviões); dificuldade de toalhas + roupões que sirvam numa sauna, "encontrar foda" e por aí vai. Obesidade é uma grave doença e não vejo, no Movimento Gay, nenhum apoio aos caras que padecem deste mal; apenas falam das doenças sexualmente transmissíveis como se todos fossem macacos bonomos (que fodem o tempo todo).

Nossos fundamentos além de nos fortalecer, reiteram continuamente a seus adeptos que tenham uma vida equilibrada e saudável. O fato de um homem ser naturalmente parrudo (muito diferente do obeso), com ou sem pelos, não faz dele um "bear" (termo gay, repito). Nossos adeptos não possuem estética ou biótipo definidos; são naturalmente másculos, discretos, calados, equilibrados; não chamam atenção; só dão sua opinião quando necessário, em assuntos pertinentes e emergenciais.

The Fruits of the Sea - Alexander Rothaug

domingo, 25 de maio de 2014

Gays aceitos pela classe média brasileira


Franz Stuck

Afinal que tipo de homem, que faz sexo com homem, é aceito pelo brasileiro médio? Acertou quem respondeu que é o gay. Mas não qualquer gay, tem que ser (segundos padrões classe-média vigentes): filho (irmão, sobrinho, neto) educado, discreto, culto e elegante; viajado, sensível e bem humorado; trabalhador incansável e bom profissional; querido pelos colegas, amigos e familiares.
É recomendável também que: tenha parceiro fixo e uma casa aconchegante; receba e cozinhe bem; tenha cachorro(s) e/ou gato(s); seja religioso; vote em candidatos queridos e politicamente tradicionais; faça psicanálise (dobradinha psicólogo + psiquiatra); pense em adotar ou já tenha adotado criança(s) orfã(s) ou enjeitada(s).
Ai do homem, que faz sexo com homem, que se opuser a este novo paradigma! Será execrado e banido de todo convívio social, familiar, profissional. Será tachado de muito difícil e crítico, antissocial, de difícil trato, demagógico, desumano, mal-caráter, estranho... e por aí vai. Retroagimos e vivemos numa ditadura de costumes, onde um homem não pode opinar abertamente que ele seja:

I. Contrário ao simples ato da adoção de crianças órfãs ou enjeitadas, já que o Brasil não pratica e não incentiva o planejamento familiar e urbano. Com isto vê-se uma crescente massa da miséria humana que não para de procriar em pleno século XXI. Filhos abandonados por suas mães (meninas e adolescentes), são criados por valorosas avós. Estas fazem o que podem para dar um pouco de dignidade a seus netos, mas estão cientes de que (exceções feitas) eles serão arregimentados pelas poderosas organizações criminosas locais no devido tempo.

II. Contrário ao confinamento cruel de animais domésticos em apartamentos, exceção feita em casas térreas urbanas e propriedades rurais. Normalmente estes “pets” permanecem sozinhos durante o dia, esperando seu dono chegar à noite do trabalho para o fatídico passeio; estes esporádicos passeios estão sendo delegados aos passeadores de cachorros empregadas / faxineiras, como se elas não tivessem mais o que fazer em suas duras labutas diárias.
Convenhamos: o corporativismo criado por alguns inconsequentes comerciantes (pet-shops), veterinários e donos de canis e gatis visam apenas o lucro; vendem e tratam filhotes consanguíneos ou doentes, que terão vida curta e sofrida além de reféns de tratamentos veterinários caros e insolúveis.

III. Contrário ao Gayismo e seus valores fúteis e anacrônicos. Afinal romper com a corrente LGBT+ ocasiona sérias conseqüências sociais, pois (no senso comum e burro) adeptos das antigas Alianças e Tradições Viris não passam de “viados enrustidos”; com isto o cara fica sem alternativa de amigos, lazer, vida afetiva e sexual.
E se o cara não tolera mais clubes noturnos e saunas gays, onde encontra os sujeitos de sempre e suas tolas e inúteis conversas?
E se ele gosta de ser homem e da companhia de outros iguais? Mas, estes sumiram graças à marcação cerrada de seu meio social (família, amigos, colegas, religião) e com isto acabaram se casando, contra sua vontade, procriando e sendo infelizes para sempre.

IV. Contrário à uma possível ida (sob pressão de amigos e familiares) a um consultório psicológico ou psiquiátrico, para se adequar ao meio em que vive. Imagine na consulta, ter que explicar ao profissional a diferença entre: Gayismo, Androphilia, Tradições Viris... que preguiça que dá! Na cabeça majoritária destes profissionais, homem que faz sexo com homem é gay e ponto final. Sua formação acadêmica nunca o alertou que o termo homossexualismo foi criado no século XIX de forma autoritária e fascista.

V. Contrário à obrigação de se viajar para óbvios lugares; de fazer parte de uma rede social invasiva; de aceitar convites de festas e jantares e, pior, ter a obrigação de retribuí-los em sua casa.

VI. Contrário à marcação cerrada dos amigos tentando de tudo para que comece um “relacionamento sério”, caso esteja só, com um cara que eles julgam ser sua “cara metade”. Eles desconhecem que uma parceria viril vai muito alem de pretensos namoros vazios feitos para se passar o tempo e, temporariamente, satisfazer necessidades sexuais.

V. Contrário à decantada estagnação de carreiras profissionais. Em determinados empregos, a falta de esposa e filhos pode ser fatal. Nas forças armadas (aeronáutica, exército, marinha) e na polícia (militar, civil, federal, municipal) haverá certamente convites velados para uma saída honrosa.

VI. Contrário ao boicote que sofre de outros homens, que não o aceita, apesar de ser tão ou mais macho que eles. O fato de não se relacionar com mulheres, e de não procriar, cria uma barreira imutável. Os caras ficam sem graça em tomar banho juntos conosco após um jogo; não se trocam perto de nós, pois na cabeça deles somos gays; não nos convidam para jogar bilhar e/ou tomar cerveja.

Afinal tudo isto (Tradições Viris) pode ser “muito subversivo” para suas vidinhas sem graça e já definidas.

Conclusão:
Não existe receita para se sair deste aparente imobilismo, que homens como nós, somos reféns. O ideal é que se faça uma divulgação discreta e vigorosa das Tradições Viris, com caras que você creia que seja de nossa cepa. Não adianta falar para seu amigo ou colega gay: gay é gay, tem seus padrões comportamentais e culturais definidos, são felizes e orgulhosos com isto; mas definitivamente não são dos nossos. Espero que lideranças sinceras e discretas surjam naturalmente em todos os rincões do Brasil, e com isto o número de adeptos aumentará. Mas não se iludam e não sejam imediatistas, isto leva muito tempo. Estamos arando o terreno para que as novas gerações, talvez, concretizem nossos sonhos.

Em tempo:
- Sou bom filho e amigo, profissional correto; fui criado em cidade pequena; aprendi a cavalgar e a nadar com menos de 5 anos; tomava banho de chuva nos aguaceiros de verão; fui “arteiro” e fiz tudo que um moleque de minha geração tinha direito.

- Gosto de animais e da natureza, apenas não concebo animais domésticos trancafiados: um animal tem que ter um pouco de terra e tomar sol, chuva e vento.

- Casais gays que adotaram crianças têm toda minha solidariedade e respeito, mas não vejo os homens adeptos das Tradições Viris com esta missão.

- A maioria de meus amigos homens é gay: são sujeitos bem resolvidos e satisfeitos com esta escolha; nunca tentei cooptá-los às Tradições Viris.

- Todo meu respeito aos profissionais da psicologia e psiquiatria. Tenho profunda admiração por 2 grandes nomes desta área, infelizmente falecidos, que conheci pessoalmente (não como paciente) e cujas obras e vidas me nortearam e me fizeram feliz: os psiquiatras (ambos paulistas / brasileriros) Roberto Freire e José Ângelo Gaiarsa.